... Com Vida...
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As escolas são lugares muito propícios a aprendizagens, mas não apenas às aprendizagens escolares, os relacionamentos interpessoais, a partilha de emoções, a necessidade de mediar interesses e conflitos, questionar situações e conviver com justiças/injustiças acontece dentro dos muros escolares, dentro e fora da sala de aula e para além dos muros, através da convivência social.
Portanto, a escola é um lugar que fervilha de emoções, porque uns amigos se zangaram, alguém trouxe um objeto novo, ouve-se uma música nova, alguma coisa foi roubada, andaram à ‘bulha’, deram o primeiro beijo…….
Para além disso as notícias correm apressadamente… nada se consegue esconder… não existem segredos bem guardados, ninguém controla a vivacidade das crianças e jovens.
As escolas são micro sociedades que incubam pessoas, preparam-nas para a vida adulta, fazem parte da realidade de todos os alunos de forma muito grudada… de tal forma que eles adoram e detestam a escola… sem medida certa, de onde começa um sentimento e acaba outro… Na escola tudo acontece!
Este blogue já existe há alguns anos e, não me recordo se algum dia escrevi sobre o seu nome: Educar(Com)Vida… Parece-me que não! E porque mais vale tarde do que nunca, cá fica uma breve contextualização deste nome, para tal blogue:
O nome Educar(Com)Vida surgiu por várias razões, primeiro porque o blog é um convite a conversarmos e refletirmos sobre o vasto tema da Educação.
Depois porque é com a experiência, com a vida e as vivências que, de facto, aprendemos e crescemos.
Para além disso, um blog é sempre algo pessoal, que exprime pensamentos, opiniões e aprendizagens e quando o editei, o objetivo era primordialmente esse, deixar pequenas experiências pessoais, profissionais e formativas de mim… já que dediquei tantos e tantos anos a aprender dobre Educação e a procurar as melhores estratégias para formar outros/as…
Porque nunca é demais, este Educar convida-vos a Viver, a Experimentar e Refletir neste atual mundo da blogosfera!
Por vezes deparo-me com conversas de encarregados de educação que me deixam inquieta, quando me respondem que a criança não quis, não escolheu, ou optou por.. tendo sido elas a tomarem decisões com as quais a família não concorda, mas aceitou por ser decisão da criança… com isto não quero dizer que, as crianças não possam tomar decisões e fazer escolhas… isso é saudável e faz parte do desenvolvimento integral de qualquer ser humano.
Contudo, em muitas e determinadas situações não me parece que se deva ceder às escolhas de quem é ainda pequeno e não tem capacidade de escolher o que é melhor para si mesmo… essa responsabilidade e decisão cabe inteiramente a quem educa, a quem protege e orienta.
Portanto, a minha inquietação de hoje é um pedido de reflexão… diga ‘_Não!’ sempre que necessário ou, ‘_Sou eu que decido!’… sem muitas explicações ou definições, quando é importante…
Ou corremos o risco de não educar da melhor forma possível!
Viver é aprender, seja nos bancos da escola ou nos caminhos da vida, por essa razão o provérbio “Burro velho não aprende línguas” está completamente ultrapassado! Nunca devemos virar as costas ao saber, nem inibir a vontade de conhecer que todos temos.
Por isso devemos lembrar a importância do conceito: Aprender ao Longo da Vida… Assumir que a educação não se pauta apenas pelos primeiros anos de vida, e que a educação ao longo da vida é uma realidade, não apenas confinada à educação formal, mas também presente na educação não-formal e informal, sublinha-se a ideia de que todos os contextos da vida adulta, pessoal, social e profissional contribuem para desenvolvimento integral do ser humano. O proporcionar e refletir sobre momentos de educação e formação de adultos torna-se, por esta razão, cada vez mais, uma motivação para os entendidos na área da educação.
Na sociedade atual podemos assistir a mudanças aceleradas em vários sectores, principalmente ao nível das tecnologias, colocando os indivíduos perante uma grande diversidade de novos problemas e de novas complexidades que exigem, a jovens e adultos, novas competências e novos saberes para uma adaptação constante ao mundo, estas exigências e tantas outras, que a sociedade nos empele devem ser olhadas como desafiantes e motivadoras, das quais conseguiremos retirar-lhes o melhor partido, uma vez que cultivamos o nosso espírito crítico e uma análise reflexiva permanente.
(Imagem retirada da internet)
Quantas crianças, que comigo se cruzaram, já me perguntaram: _E se não existisse escola?
Hoje gostaria de deixar aqui mais uma das minhas respostas, constantemente, incompletas: _Se não existisse escola, não existiria os lápis e as canetas novinhas, prontas a estrear… não existia a ansiedade do primeiro dia e a nostalgia do último dia… metade das belas histórias de infância não existiriam… os lanches não eram partilhados… os sorrisos não eram multiplicados… as descobertas eram solitárias… e os professores não passariam de estranhos a fixes a cada semana… eram desconhecidas as ansiadas visitas de estudo… e perdiam-se as emocionas entregas de teste… não se recebiam prémios pelas boas notas e os melhores amigos não seriam os da escola…
Senão existisse escola, a vida não mudava a cada intervalo…. As paixões platónicas eram um mito… o não ter trabalhos de casa não seria o maior prazer do mundo… e as boas classificações não seriam as primeiras conquistas!
Sem escola….eu não seria quem sou hoje! E tu?
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