Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Já vivemos uma pandemia e as escolas estiveram meses fechadas… podemos viver outras tragédias semelhantes… estará a escola preparada? Estarão os alunos preparados para continuarem a aprender em qualquer lugar, em condições muito diversas?
Após a pandemia, várias medidas foram tomadas para desmaterializar as avaliações, ou seja, provas de aferição e exames estão a ser preparados nas escolas, através do digital. Várias escolas já optaram por facultar a Escola Virtual e a Aula Digital aos alunos, para alguns alunos estas aplicações informáticas tornam-se um complemento ao estudo, para outros alunos, tudo é concretizado por estas plataformas, sejam os manuais, ou outros exercícios.
A antiga Caderneta, com informações relevantes ao dia a dia escolar e que faziam uma ‘ponte’ entre a escola e a família também há muito que se extinguiu, tudo se encontra na plataforma da escola, mais conhecida como: Inovar…
No entanto, os alunos não podem viver apenas com um ensino online, este método não poderá ser a solução porque ‘longe da vista, longe do coração’ e existem tantas relações sociais que ficarão por viver, aprender e experienciar, se mantivermos os alunos cativos em suas casas!
Tantos ensinamentos que nos trouxeram os anos pandémicos, muitas questões se levantaram, mas poucas foram respondidas com assertividade. Esta é mais uma: Onde será necessário melhorar o ensino? A resposta estará só na internet???….
Quantas vezes ouvimos falar sobre ‘a escola da vida’ as aprendizagens feitas pela experiência do quotidiano, pela pesquisa curiosa, pelo autodidatismo… sem dúvida que não é apenas em ambientes formais de educação ou de formação que o conhecimento se adquire.
As mais variadas formas de saber surgem, portanto, das mais variadas experiências. Tudo isto pode e deve ser incentivado já nas crianças, que vão melhorando competências e conhecimentos quando confrontadas com situações, lugares e pessoas.
Estudante: _Tenho… Só me porto mal na disciplina de Português, porque não gosto da stora.»
Os professores têm o dom de transformar as disciplinas em incríveis ou horríveis… a forma como preparam e transmitem a matéria, a forma como cativam e motivam os alunos, o quanto conseguem ser comunicativos, conciliando o comportamento, a atenção e curiosidade é um dom de muitos professores.
Quantas vezes já me contaram situações em que, até os alunos menos bem comportados se transformam naquela disciplina, porque o professor conseguiu cativar a todos, com o seu jeito de ser e estar em sala de aula…
Quantas vezes já me contaram situações de professores que não conseguem manter a turma atenta e motivada para a aprendizagem, porque o método de ensino pelo qual optaram, não desperta o interesse dos estudantes…
É claro que, os estudantes irão conhecer imensos professores, com características diferentes e formas de ensino também bastante diferentes e, por esta razão, têm mesmo de se adaptar e procurar auto motivar-se à aprendizagem, independentemente de quem ensina e de como ensina.
No entanto, é maravilhosos quando temos professores que conseguem marcar uma diferença tão positiva, no ensino!
“O aluno pode não se lembrar do que lhe foi ensinado, mas lembra-se, certamente, de como lhe foi ensinado.”
Ao realizar uma pergunta destas recordo sempre duas defesas usuais da política e da sociedade:
1ª – sem apoios financeiras nada se consegue fazer….
2ª – não é apenas a escola o agente educador, cabe a toda a sociedade educar…
Perante ambas as críticas, quero afirmar que, quando coloco tal questão refiro-me ao que faz falta aos nossos estudantes e que a escola pode ser a maior agenciadora de tal necessidade, já que apresenta as melhores condições estruturais para o fazer…
Assim sendo, o que faz falta à educação e também às escolas e aos seus estudantes, na minha opinião, são momentos de ensino/aprendizagem, de temas que inquietam a sociedade e que os inquietam… que conduzam à construção de pensamento crítico e criativo, a novas capacidades de inter-relacionamentos, à sensibilização de novos conceitos para mundo e para uma sociedade comunitária… ao melhor entendimento sobre si mesmo e respeito pelo outro…
Para tal é necessário profissionais sensibilizados para tal educação, reestruturação de horários escolares, desenvolvimento de novos métodos e técnicas… ou seja, repensar a escola com um papel diferente, que não forme apenas técnicos, mas também pessoas com desejos e vontades!
E vocês educadores (pais, professores, etc) concordam com esta opinião?
O que faz falta às escolas? O que faz falta à Educação?