Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
As crianças pequenas demoram a desenvolver o seu conceito de noção de Tempo. Aos poucos, as famílias e os educadores vão ensinando este conceito tão básico e tão importante na vida de todos nós.
Se está, neste momento, a tentar desenvolver esta noção de Tempo na sua criança, ficam aqui algumas sugestões para ajudarem neste sentido.
Nunca se esqueça que as crianças são únicas no seu desenvolvimento e não realizam as mesmas aprendizagens nos mesmos momentos de vida, portanto, não faça comparações de aprendizagem com outras crianças, seja neste ou noutros temas/contextos.
Algumas sugestões, em acrescento:
Mantenha sempre as rotinas, de forma constante e estruturada; sempre que estas se alterem procure explicar-lhe de forma simples essas alterações;
Defina tempos para a realização de tarefas, opte por tempos curtos e objetivos concretos;
Faça comparações de tempos diferentes e mostre exemplos: planta a crescer; bolo no forno; tomar banho; arrumar; …
Controle o tempo definido para ver TV e para as brincadeiras e exija que seja cumprido;
Façam jogos que impliquem tempos limitados de ação e resposta;
Adquira uma Ampulheta do Tempo, se considerar um apoio a esta aprendizagem;
Observem os astros… o sol e as estrelas, como os maiores responsáveis pelo Tempo;
Mas muitas das brincadeira e travessuras continuam a fazer divertir os mais novos, tal como nos divertia a nós… Se não acredita perguntem-lhes se reconhecem as seguintes atitudes:
Fazer bolinhas de cola;
Fazer bolinhas de papel, colocar na caneta e soprar o mais longe que se conseguir;
Cortar a borracha em pedacinhos, com x-ato, para atirar aos colegas;
Fazer passar papelinhos com recados, em plena sala de aula;
Deixar recados amorosos nas mochilas ou porta lápis sem que ninguém veja;
Usar os elásticos como fisgas improvisadas;
Juntar os bocadinhos de borracha usada para fazer bolinhas;
Usar as calças para limpar a borracha;
Usar a régua como catapulta todo o tipo de objetos;
Montar e desmontar o compasso, até não mais funcionar;
Tentar escrever mensagens com a calculadora;
Pintar as unhas com corretor;
Fazer bolas de fita cola;
Jogos de Sim ou Não em dobragens de papel;
…
Que outras diversões ‘impensáveis’ faziam na infância e adolescência???
Estudante: _ Sim, tenho treino quase todos os dias e jogos aos fins-de-semana…
Eu: _ Isso não te prejudica nos estudos?
Estudante: _Um pouco… fico com pouco tempo e não consigo fazer diretas para estudar…»
O desporto ou qualquer outra atividade extracurricular é uma forma de desenvolvimento e aprendizagem bastante importante e saudável. No entanto, por vezes é levado muito a sério pelos estudantes, o que os faz dispensar muitas horas por dia nessa atividade. Mais tarde ou mais cedo, os receios de que a atividade retire tempo ao estudo surgirá!
Pela minha visão, se existir muita motivação e boa capacidade de gestão, tudo se consegue com esforço, dedicação e imensa responsabilidade, não havendo a necessidade de abandonar algo tão prazeroso e importante para o estudante.
O apoio da família equilibrado com a exigência de bons resultados escolares é também uma mais valia para os momentos de grande exigência e também uma constante necessidade.
Como se diz: ‘é difícil, mas não é impossível…’
Existem, por aí, leitores com experiência nesta situação que queiram partilhar a sua opinião?
«Eu: _O ano passado também andavas nos trampolins, não era?
Estudante: _ Sim, mas este ano saí.
Eu: _Porquê?
Estudante: _ Era muita coisa, muitas atividades… os meus pais disseram que não podia ser! Porque eu andava a sempre a correr de um lado para o outro..»
Cada vez mais as crianças desejam participar em atividades extra escolares, pode ser a música, o desporto, os escuteiros e tantos outros grupos que ensinam a crescer de uma forma diferente daquilo que a escola apresenta.
O espírito de equipa, os novos conhecimentos, o desenvolvimento de outras competências, o gosto pela arte… estas participações tornam-se excelente práticas que ajudam os mais novos a crescerem em pleno, seguindo as várias variantes da Educação.
Contudo, como sempre, tudo o que é excesso torna-se incomportável, tanto para crianças como para os pais. O exemplo que aqui apresento é de uma criança que participava três ou quatro destas atividades extra escolares, ao longo da semana, sendo que os pais, no final do ano letivo, consideraram que seriam muitas atividades e havia necessidade de reduzi-las.
Não considero que exista um limite máximo ou mínimo neste género de participações, contudo, cabe à família refletir com bom senso e decidir tais opções, pois, diariamente as crianças devem ter tempo para fazer os trabalhos de casa, estudar e também para brincar, pois brincar, para uma criança é algo de muito sério e importante, que contribui, em muito, para o seu desenvolvimento integral!