Diálogos... Com Vida...
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Nos dias de hoje, para adolescentes e jovens, os locais mais íntimos e sagrados são, de facto, os telemóveis. Lá eles e elas guardam as fotografias mais pessoais, as conversas mais intimas, as redes sociais que não partilham com a família, ‘conta dos friends’, fazem pesquisas pessoais e guardam muita informação particular.
Sem dúvida que as famílias que queiram descobrir segredos e informações privadas, irão vasculhar os telemóveis, tablets e computadores. E muitos são os pais que o fazem com regularidade… alguns jovens sabem-no perfeitamente e tratam de arranjar estratégias para manter algumas informações escondidas… e/ou… simplesmente: apagam-nas. Outros são ‘apanhados’ um pouco de surpresa e aí revelam-se alguns segredos, sendo que os estudantes sentem a sua intimidade exposta e sentem-se desrespeitados.
Ora, este é o grande dilema: até que ponto a intimidade e o respeito pode e deve ser salvaguardado, num telemóvel, com acesso ao mundo exterior e repleto de perigos, o respeito pela privacidade… onde o objeto, em si, pouco tem de privado?
Acredito que seja o dilema e a constante mediação de muitas famílias que se preocupam com as redes sociais e a exposição dos seus educandos, em relação ao respeito e à privacidade de cada um.
É, sem dúvida um tema difícil, onde não existem respostas corretas, onde é necessário uma gestão coerente e sensata de cada atitude. Existem sempre famílias mais condescendentes que não avaliam os telemóveis dos seus educandos e existem aquelas que controlam o máximo que conseguem, tal objeto.
Algo é necessário e importante assumir, o acesso à internet é o acesso a um mundo real, onde existe muito de bom e muito de mau… é necessário que, quem cresce tenha essa noção e não é estando distante desse mundo, que irá aprender a conhece-lo e a defender-se… no entanto, sem apoio e orientação é possível que, facilmente, entre em problemas difíceis e desnecessário.
Assim, cabe às famílias aprenderem a lidar muito bem com este mundo chamado de internet, precavendo-se a si e precavendo quem cresce. Para além disso, a Polícia da Escola Segura tem promovido muitas ações de esclarecimento neste sentido, em escolas e noutras instituições… não considere que já sabe tudo… vá, aprenda, discuta, leia… para conseguir, depois, ensinar e orientar!
Quando as crianças vão para a escola, no 1º ano, as famílias ficam preocupadas com o material escolar que devem adquirir. Para que não estejam a gastar dinheiro desnecessariamente, as escolas elaboram um lista completa de todo o material escolar e ser comprado, cabe depois às famílias procurarem entre as várias opções de marcar, gostos das crianças e orçamentos…. Esta gestão deixa muitas famílias preocupadas com as suas contas mensais que, em setembro ficam sempre desequilibradas: são os materiais escolares, os livros, as roupas e tanto mais que é preciso adquirir.
Para além disso, as crianças querem sempre um ou outro material escolar que não consta da lista predefinida pelas escolas. De entre esses pedidos, deve saber que os seguintes materiais não poderão ser usados em sala de aula de 1º ciclo:
Pessoalmente, acrescento os telemóveis pois não são necessários nem na sala de aula, nem em nenhum contexto escolar, irão limitar as brincadeiras das crianças e só perturbam o seu desenvolvimento!
Basta cruzarmos com um adolescente ou jovem na rua, para percebermos o quanto o telemóvel é importante…. Parece-me que até em demasia, para alguns!
Levam o telemóvel para todo o lado, usam imensas redes sociais, para toda e qualquer conversa. Em muitas conversas falam sobre nada e coisa nenhuma e a escrita está repleta de erros ortográficos e abreviaturas.
Ouvem música, constantemente através de phones ou colunas móveis. Perguntam qual é o TPC e o que sai para o teste. Criam grupos de festas e aniversário. Desabafam com os amigos. Vêm os seus youtuber’s favoritos e jogam online/offline…
Se esta tecnologia tem de ser utilizada com peso e medida, os encarregados de educação estão na linha da frente perante esta educação. Assim, deixo algumas propostas para que estes telemóveis não sejam sempre ‘os maus da fita’:
O leitor, tem mais alguma dica ou experiência a acrescentar???
Por cá já escrevi sobre a importância das tecnologias para quem cresce e aprende, e defendi também o quanto moderado esta utilização deverá ser…
Se, em tempo de aulas, os estudantes devem deixar os telemóveis e afins porque têm de estudar e frequentar outras atividades, durante estas longas férias a tentação de se agarrarem a estes equipamentos deve ser mais forte e presente!
Acredito que o uso destes objetos deva ser alvo de muito diálogo e negociação constante nas famílias. Que mais poderá querer um estudante fazer, em casa, para além de ver TV, ou usar PC/telemóvel/tablet? Conseguem eles divertirem-se com outras coisas? Terão de sair de casa para não utilizar estes equipamentos?
A maioria dos profissionais aconselha uma média de 2h diárias de utilização, para a maioria das idades… tenho uma pequena ideia de que isso não consta na maioria das casas…
Querem partilhar a vossa experiência? Como é a negociação aí em casa?
Obrigada pela partilha!!!
(imagem retirada da internet)
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