Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Alguns jogos que podem ser divertidos e educativos em simultâneo, podem educar para as emoções, podem melhorar o desenvolvimento físico, podem exercitar capacidades intelectuais. Por estas razões, hoje traga-vos uma proposta de uma atividade pedagógica que pode ser realizada em famílias e/ou por educadores/as.
Este jogo pedagógico deve ser realizado da mesma forma que outros semelhantes, já aqui partilhados, basta encontrarem um pote ou frasco e decorar a gosto. Nele devem escrever as seguintes questões:
Porque te Amo?
O que mais adoro em ti?
Porque me deixas feliz?
….
Sempre que as famílias sentirem necessidade de demonstrar tais sentimentos de amor/amizade, podem escrever estas mensagens, de forma individual ou em conjunto, basta responder a uma das questões apresentadas.
Cada papelinho deve ser dobrado e, do lado de fora devem escrever o nome a quem se dirige. Assim, sempre que um elemento da família festeja momentos especiais, podem recorrer ao objeto como forma demonstrar sentimentos felizes. Podem também definir momentos específicos para abrir os papelinhos que lhe correspondem e ler junto da família, como forma de festejar o amor/amizade/felicidade/carinho.
Este jogo tem como objetivo apoiar o desenvolvimento emocional e ajudar a expressar sentimentos bons de forma mais complexa, reflexiva e profunda, que nem sempre são fáceis de exteriorizar, principalmente, pelos elementos mais pequenos da família.
Os professores são seres humanos iguais a todos os outros, mas os alunos consideram-nos uns seres bastante diferentes, portanto, quando lhes detetam um qualquer erro ou gralha, sentem-se num completo 'mar de injustiça'.
Mas, de facto, é normal que os professores cometam um ou outro erro e depois o corrija com alguma normalidade que uma situação destas deve ter, no entanto, quando os professores se enganam a corrigir os testes, raramente há alunos que fiquem descontraído e aceitem tal situação com normalidade.
A maioria dos professores opta por corrigir as fichas de avaliação em aula, no dia da entrega destas, se os alunos estiverem atentos a tal correção, podem tirar dúvidas e analisar a sua ficha, mesmo detetando algum possível erro e pedindo a alteração desta situação, assim, o professor terá a oportunidade de reaver os cálculos e colocar a verdadeira nota, com o maior respeito pelo trabalho de ambos!
Eu propunha às famílias que, em casa, explicassem aos seus alunos que, os professores podem cometer um ou outro erro na correção das fichas de avaliação e que isto ao acontecer pode retirar pontuação como acrescer pontuação e que, devem sempre rever com o professor, é uma questão de manter a justiça da nota.
É importante que o estudante aprenda também a gerir tais situações e, em simultâneo, perceba que não existe diferenças entre pessoas… todas podem falhar!
Quantas vezes os estudantes começam a apresentar maior dificuldades e piores resultados nas avaliações e as famílias não percebem porque será a falta de aproveitamento, que nunca teve e agora manifesta!?
Por vezes as respostas são simples: a emoção está a interferir na razão, ou seja, situações pessoais da vida do estudante estão a preocupá-lo, retirando-lhe a atenção e a motivação em sala de aula e no estudo individual.
Portanto é necessário estar atento:
Existe alguma situação familiar específica, que traga (direta/indiretamente) tristeza ou ansiedade ao estudante?
Existem situações de conflito ou bullying na escola ou em outro espaço?
A vida pessoal do estudante está ou esteve recentemente em mudança?
Ocorreu a morte/nascimento/doença de alguém próximo que influenciou as emoções?
O estudante viveu alguma situação de stress ou trauma que exija atenção e cuidados psicológicos?
Estão a ocorrer mudanças de escola, amizades, namoros, que interfiram com a concentração e dedicação ao estudo?
Está a viver a puberdade ou algum problema de saúde com maior dificuldade?
…
Por vezes, as dificuldades escolares podem ser um alerta para outras situações emocionais ou sentimentais, pelas quais as famílias devem estar alerta, de forma a poderem ajudar, orientar ou procurar apoio, sempre que for necessário.
_ Estudante: Para casa dos meus avós, eles vivem longe, no campo…
_ Eu: E gostas?
_ Estudante: É espetacular… temos piscina, baloiço… podemos fazer o que quisermos…»
Escrever sobre educação é também escrever sobre afetos, sobre inteligência emocional, sobre sentimentos compreendidos. Escrever sobre tal tema implica lembrar dos Avós… aqueles que sabem bem educar no afeto, no carinho e no respeito… aqueles que maior alegria não têm, do que, a de que partilhar o seu tempo com o(s) seu(s) neto(s).
Muitas das vezes os pais afirmam que eles mimam em quantidade excessiva, que tudo permitem e que isso pode prejudicar a educação de quem cresce. Em minha simples opinião, permitam-me discordar… para as crianças o papel de avô/avó está bem definido: são quem os mima e são amor pleno e constante… todas as permissões são apenas deles e só podem ser pedidas a eles… é uma relação individualizada… única! E aprende-se tanto: o conceito de tempo, de diferenças geracionais, de tradições, de família…
Os avós sabem contar histórias como mais ninguém, sabem ensinar jogos tradicionais como se fossem prémios valiosos, sabem demonstrar amor como verdade!