Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Este é um tema que parece simples: todos nós sabemos que, num percurso de formação, seja ele para que idade for, torna-se necessário avaliar aprendizagens e aquisição de conhecimentos, de forma a comprovar que estas competências foram, de facto, adquiridas.
No sistema habitual esta avaliação irá ser traduzida numa classificação, ou seja, num catalogar de saberes e conhecimentos em números, valores que podem estar entre o 0% e o 100%… considera-se, assim que, facilmente se pode catalogar desenvolvimento cognitivo, de forma básica e simples.
Nem sempre este processo é tão básico e simples e, certamente, professores e alunos, sentirão estas dificuldades, diariamente, nos momentos de avaliação e que inquietam aqueles que olham o conhecimento e o desenvolvimento como algo que vai muito para além de uma grelha de análise organizada por números…
Muitas vezes os estudantes questionam-me sobre o porquê dos testes serem obrigatórios. Explico-lhes que é uma forma de demonstrarem que sabem a matéria estudada em aula e, em alguns casos, estes mesmos estudantes enumeram muitas outras formas de avaliação que não passa pelos testes, nem por esta forma de classificar e catalogar saberes… e que eles consideram bem mais interessantes…
Mas será assim tão fácil mudar esta forma de avaliar saberes sem classificar ou catalogar tão restritamente???
Nos dias de hoje, os estudantes frequentam muitas atividades extracurriculares, no desporto, nas artes e também na religião. Com o peso e medida certa, estas atividades trazem muito de bom para quem cresce.
O desporto escolar, traz muitos benefícios, mas não é o suficiente para uma vida ativa e saudável, para uma criança ou jovem praticar um desporto com que mais se identifica e onde se sente bem, traz muitos benefícios físicos e mentais!
As artes, seja dança, música, pintura, desenho, escrita, teatro…. Alguns alunos apresentam, desde muito pequenos, uma aptidão e um gosto por algum destas artes, o que o motiva a aprender mais e a dedicar-se algumas horas por semana à aprendizagem. Aprender arte também traz muito de bom a quem cresce, desenvolve excelentes conexões cerebrais, aumenta a criatividade e a imaginação. Faz dos alunos crianças e jovens concentrados e perspicazes, o que apoiará outras aprendizagens.
A religião, como a catequese, os escuteiros, ou outros grupos, desenvolvem também grandes benefícios… não se aprende só religião, aprendem-se valores como amor, respeito, solidariedade, caridade… primordiais nos dias de hoje, mas que a sociedade não tem tempo para ensinar. Para além disso, desenvolve a empatia e o conceito de grupo, de amizade e de partilha de experiências importantes para um crescimento consciente e espiritualmente saudável.
Façam as escolhas em família e definam bem a(s) atividades(s) que fazem a criança/jovem mais feliz!
Na escola os estudantes valorizam as fichas formativas como único método de avaliação em sala de aula, no entanto, esquecem que diariamente estão a ser avaliados pelos professores das mais variadas formas e que, essa avaliação terá um peso nas notas de final de período/semestre e de final de ano.
Para relembrar que a avaliação tem muito mais que um teste, aqui ficam algumas informações vindas de um Documento Orientador de Avaliação de Escola:
«O conceito de avaliação contínua prevê que a mesma represente a evolução dos conhecimentos adquiridos pelos alunos (…). A sua operacionalização só se consegue com a utilização diversificada de instrumentos de avaliação, (…) Fichas sumativas individuais, em grupo, comunicações escritas e orais de trabalhos, trabalhos individuais e de grupo, respetivos debates, e (…) grelhas de registo de atitudes e comportamento na sala de aula, entre outras.»
Nunca se esqueçam disso em todas as aulas, todos os dias!!!
Quando as crianças são pequenas, antes de entrarem para a escola, a preocupação de educar não se prende com as capacidades escolares, a educação informal deve ser direcionada para o desenvolvimento emocional e relacional.
A partir do momento que as crianças começam a ter consciência da existência do outro, como um ser igual a ela, devem-se estimular algumas aprendizagens:
A utilização de ‘palavras mágicas’, como (obrigada, bom dia, adeus);
O assumir dos erros e os pedidos de desculpa;
O respeito pelos gostos e vontades dos outros, mesmo diferentes dos seus;
O aceitar da palavra ‘Não’;
Cuidar e zelar pelos seus pertences e pelos pertences dos outros;