Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Tal como prometido, volto a escrever sobre as controversas Provas de Aferição que, este ano letivo, foram realizadas em formato digital, numa tentativa de ‘desmaterializar’ estas formas de avaliar as aprendizagens dos alunos, em alguns anos escolares (2º, 5º e 8º anos). As provas decorreram entre 2 maio e 20 de junho. Os resultados e relatórios serão divulgados até ao início do próximo ano letivo (2023/2024).
Pelo que percebi, os problemas técnicos foram vários, a instalação da aplicação não era assim tão fácil… o sistema falhou várias vezes, o que levou os alunos a momentos de muito nervosismo.
Em termos práticos, as respostas não serão todas corrigidas automaticamente, já que a avaliação exige ponderação e análise, por parte dos professores… se o objetivo era retirar trabalho aos professores, avaliar em formato digital… na minha opinião… é bem mais cansativo!
Se para os mais crescidos do 5º e 8º ano, a prática de utilização de computadores é mais intuitiva, até porque todos tiveram aulas de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), no entanto, a prova de matemática exigia a realização de cálculos, outro desafio acrescido que levou a um pré-momento de formação… mesmo assim, pelo que percebi nem todos os alunos aprenderam o correto uso desses símbolos…
Já para os mais pequenos, (2º ano) que ainda estão a aprender a escrever de forma manual, os problemas foram diferentes. Muitas escolas fizeram greve e os professores manifestaram assim o seu descontentamento político e a discordância com estas provas, sendo que é neste ano escolar que se demonstra maior descontentamento pela realização das mesmas, em suporte digital…
Na minha opinião, embora estas provas tenham por objetivo aferir as aprendizagens escolares, não irão espelhar nenhuma realidade, porque os alunos não se empenharam minimamente, como disse um aluno: «uns colegas meus acabaram a prova 1h antes do tempo previsto…»
Para além disso, é de lembrar que os alunos mais pequenos desenvolvem mais ansiedade por estarem a realizar uma prova em sistema informático, o que também influencia o seu desempenho e os resultados!!!
Famílias, alunos, professores, explicadores, (…) sintam-se todos/as convidados a acrescentar informação e opinião a este tema tão novo e tão controverso!
A Inteligência Artificial é um tema debatido há anos, que volta a ficar com maior evidência volta e meia… novas descobertas, novas estratégias… colocam novas questões à sociedade atual. Estas questões são transversais a todas as pessoas, portanto, alunos e professores não passam sem estas influências.
Hoje decidi trazer uma destas situações, pela força das evidências! Os alunos, ultimamente, dizem-me que vão fazer ‘o trabalho com o ChatGPT’ e afirmam que os professores não sabem o que é!
Esta ingenuidade de quem considera que encontrou a solução para muitos dos seus problemas escolares, coloca - a nós adultos/educadores - outros enormes problemas éticos e reflexivos:
Como avaliar os trabalhos realizados pelos alunos se eles não os executaram?
Como ensinar a utilizar, de forma correta, ferramentas de pesquisa, se outro equipamento procura por eles?
Será que toda a formação poderá ser facultada pela Inteligência Artificial?
Será necessário repensar todo o conceito de educação/formação, desde os métodos de ensino até às formas de avaliação?
São muitas as questões que me inquietam, nesta sociedade em plena mudança e em ritmo de mudança alucinantemente rápido!
Aproveito para deixar uma pequena amostra do que este dito ChatGPT escreve sobre educação, ‘em jeito de’ Educar(com)Vida!
Ao longo do ano letivo, sabemos que os estudantes poderão ficar doentes, ou faltar às aulas por estas ou outras razões importantes, que exigirão tal situação.
Mesmo que o aluno falte apenas um dia de aulas, algumas matérias ficarão por aprender, trabalhos de casa por marcar, ou até avaliações por realizar. O que deve exigir atenção por parte das famílias e responsabilização, por parte do aluno. Portanto, sempre que o aluno falta, um ou mais dias às aulas, deve tomar as seguintes atitudes:
Os professores são seres humanos iguais a todos os outros, mas os alunos consideram-nos uns seres bastante diferentes, portanto, quando lhes detetam um qualquer erro ou gralha, sentem-se num completo 'mar de injustiça'.
Mas, de facto, é normal que os professores cometam um ou outro erro e depois o corrija com alguma normalidade que uma situação destas deve ter, no entanto, quando os professores se enganam a corrigir os testes, raramente há alunos que fiquem descontraído e aceitem tal situação com normalidade.
A maioria dos professores opta por corrigir as fichas de avaliação em aula, no dia da entrega destas, se os alunos estiverem atentos a tal correção, podem tirar dúvidas e analisar a sua ficha, mesmo detetando algum possível erro e pedindo a alteração desta situação, assim, o professor terá a oportunidade de reaver os cálculos e colocar a verdadeira nota, com o maior respeito pelo trabalho de ambos!
Eu propunha às famílias que, em casa, explicassem aos seus alunos que, os professores podem cometer um ou outro erro na correção das fichas de avaliação e que isto ao acontecer pode retirar pontuação como acrescer pontuação e que, devem sempre rever com o professor, é uma questão de manter a justiça da nota.
É importante que o estudante aprenda também a gerir tais situações e, em simultâneo, perceba que não existe diferenças entre pessoas… todas podem falhar!
Estudante: _Tenho… Só me porto mal na disciplina de Português, porque não gosto da stora.»
Os professores têm o dom de transformar as disciplinas em incríveis ou horríveis… a forma como preparam e transmitem a matéria, a forma como cativam e motivam os alunos, o quanto conseguem ser comunicativos, conciliando o comportamento, a atenção e curiosidade é um dom de muitos professores.
Quantas vezes já me contaram situações em que, até os alunos menos bem comportados se transformam naquela disciplina, porque o professor conseguiu cativar a todos, com o seu jeito de ser e estar em sala de aula…
Quantas vezes já me contaram situações de professores que não conseguem manter a turma atenta e motivada para a aprendizagem, porque o método de ensino pelo qual optaram, não desperta o interesse dos estudantes…
É claro que, os estudantes irão conhecer imensos professores, com características diferentes e formas de ensino também bastante diferentes e, por esta razão, têm mesmo de se adaptar e procurar auto motivar-se à aprendizagem, independentemente de quem ensina e de como ensina.
No entanto, é maravilhosos quando temos professores que conseguem marcar uma diferença tão positiva, no ensino!
“O aluno pode não se lembrar do que lhe foi ensinado, mas lembra-se, certamente, de como lhe foi ensinado.”