Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Fazer uma adequada gestão dos tempos de estudo é, sem dúvida, um enorme desafio para os estudantes de hoje. O que leva muitas famílias a deduzirem que o aluno não sabe métodos de estudo, não estuda o suficiente e não sabe como estudar.
Estas dificuldades vão-se agravando, ano após ano, quando as fichas de avaliação ficam marcadas para dias consecutivos, com muita e complexa matéria. Os estudantes que teimam em estudar apenas para uma disciplina de cada vez, e apenas no dia anterior, terão certamente resultados mais baixos.
O primeiro princípio é, realizar um estudo diário das novas matérias, mesmo em semanas que não exista nenhuma avaliação marcada.
O segundo princípio é definir uma semana de estudo mais intensa antes do teste, o que supõe estudar mais do que uma disciplina em simultâneo.
O terceiro princípio tirar todas as dúvidas relativas às novas aprendizagens, tentando não acumular dúvidas ou dificuldades a uma ou mais disciplinas.
O quarto princípio, como em tudo na vida, existem momentos que é necessário abdicar de algum lazer para estudar, como por exemplo, reduzir o tempo em frente a ecrãs.
Autoavaliar-se constantemente e procurar melhorar sempre o teu estudo, é base fundamental para o sucesso!
Alguns jogos que podem ser divertidos e educativos em simultâneo, podem educar para as emoções, podem melhorar o desenvolvimento físico, podem exercitar capacidades intelectuais. Por estas razões, hoje traga-vos uma proposta de uma atividade pedagógica que pode ser realizada em famílias e/ou por educadores/as.
As crianças começam cedo a tentar lidar com sentimentos muito fortes, como por exemplo a raiva e a frustração. Esta técnica pode ajudar neste desenvolvimento e controlo, de forma a poder direcionar emoções e sentimentos voltando a acalmar e a relaxar.
Como proceder:
Utilize uma caixa que possa decorar com imagens de monstros chateados e de aspeto furioso, preso em grades de metal, essa caixa servirá para guardar desenhos.
Assim, quando a criança estiver com esses sentimentos deve ser aconselhada a transferir para um desenho tudo aquilo que está a viver, tornando as emoções conscientes e claras. No decorrer dessa contemplação é convidada a fazer o desenho do seu monstro que transmita tais sentimentos, tendo assim a personalização da sua frustração.
No final deve colocar o seu desenho na caixa, sendo-lhe explicado que o monstro será preso... um processo que ajuda a acalmar a criança… ao longo do desenho a criança irá começar a sentir-se mais calma e paciente. Ensine-a a utilizar a caixa de forma mais autónoma e sempre que sentir necessidade, explique que estes sentimentos fazem parte da vida e que é importante aprender a controlá-los o melhor que conseguimos.
Nos dias de hoje, os estudantes frequentam muitas atividades extracurriculares, no desporto, nas artes e também na religião. Com o peso e medida certa, estas atividades trazem muito de bom para quem cresce.
O desporto escolar, traz muitos benefícios, mas não é o suficiente para uma vida ativa e saudável, para uma criança ou jovem praticar um desporto com que mais se identifica e onde se sente bem, traz muitos benefícios físicos e mentais!
As artes, seja dança, música, pintura, desenho, escrita, teatro…. Alguns alunos apresentam, desde muito pequenos, uma aptidão e um gosto por algum destas artes, o que o motiva a aprender mais e a dedicar-se algumas horas por semana à aprendizagem. Aprender arte também traz muito de bom a quem cresce, desenvolve excelentes conexões cerebrais, aumenta a criatividade e a imaginação. Faz dos alunos crianças e jovens concentrados e perspicazes, o que apoiará outras aprendizagens.
A religião, como a catequese, os escuteiros, ou outros grupos, desenvolvem também grandes benefícios… não se aprende só religião, aprendem-se valores como amor, respeito, solidariedade, caridade… primordiais nos dias de hoje, mas que a sociedade não tem tempo para ensinar. Para além disso, desenvolve a empatia e o conceito de grupo, de amizade e de partilha de experiências importantes para um crescimento consciente e espiritualmente saudável.
Façam as escolhas em família e definam bem a(s) atividades(s) que fazem a criança/jovem mais feliz!
Quando as crianças vão para o 1º ano escolar, obrigam a que os pais tenham muita atenção a todas estas novas exigências, as crianças ainda não sabem memorizar recados e o contacto direto com o professor é uma necessidade constante. Para além disso, a realização dos trabalhos de casa são, a maioria das vezes, auxiliados pelos pais que ajudam e orientam.
Os anos vão passando e muitos pais continuam a dar apoio escolar aos filhos: tiram dúvidas nos TPC’s, ajudam a estudar para os testes e a fazer trabalhos escolares. Mas isto, que parece assim tão simples, nem sempre o é:
Muitos pais já estão longe dos conceitos escolares há muitos anos, os métodos de ensino já mudaram e têm, portanto, muita dificuldade em ajudar;
Os estudantes desleixam as orientações dos pais, não respeitam algumas ordens e os momentos de estudo tornam-se em terror;
Os pais já chegam exaustos a casa, depois de um difícil dia de trabalho e já não têm memória nem paciência para estarem mais umas horas a ensinar e a estudar;
Colocam o irmão/ã mais velho/a a explicar, mas ele também tem pouca vontade e motivação para o fazer;
…
Claro que, estudar com os pais nem sempre resulta… e, quando assim é, não me parece que faça sentido continuar a forçar algo que não corre bem, que não motiva a família nem o estudante… pode seguir outros caminhos, promova mais autonomia e responsabilidade, passando o estudante a desenvolver praticamente todo o seu estudo, sozinho.
Se for necessário procure um apoio ao estudo, em explicações ou centros de estudo, para este apoio escolar… não desespere, porque esta situação é bem mais comum do que possa imaginar!
Finalmente sem a sombra de uma pandemia que volte a encerrar os alunos em casa, desejamos que este ano letivo tenha um início bem mais tranquilo e normalizado.
Os primeiros dias de aulas são sempre de grandes dificuldades, é necessário adaptar toda a família a novas rotinas, novos horários e novos percursos.
Para que a vida, neste mês não se torne tão caótico, deixo aqui algumas propostas, simples:
Os horários de dormir e acordar são os mais importantes, adapte essa nossa realidade com tempo;
A escolha das atividades extra curriculares podem ficar para mais tarde, não vale a pena sobrecarregar com todas as novas rotinas de uma só vez;
Adquiram apenas o material escolar básico, o restante vão adquirindo conforme as solicitações da escola;
Os livros de fichas devem ser adquiridos e deve ser incentivado o seu uso, mesmo que não o façam na escola;
As explicações devem começar em setembro, como um apoio contínuo;
Alguns momentos de lazer e de descanso, em família, devem ser mantidos, para não sentirem a escola como a culpada do fim de outras experiências;
Usem e abusem do diálogo, porque no início de um novo ano pode trazer vivências mais difíceis e que precisem de maior acompanhamento
Reestruturem horários sempre que necessário, procurando evitar ansiedade e stress…