Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Não querendo aprofundar, neste blogue, termos técnicos que poderão ser estranhos para alguns leitores, gostaria apenas de realizar mais uma referência, muito superficial, sobre conceitos como Neuroimagem e Neurociência, já que estes poderão facultar novos procedimentos e técnicas de ensino/aprendizagem evolutivos para a Educação contemporânea. Assim, de uma forma muito breve irei expor a minha visão sobre o assunto:
A neuroimagem define-se como sendo um conjunto de técnicas que permitem a obtenção de imagens do encéfalo de forma não-invasiva, tornando, assim, possível melhorar a compreensão da atividade cerebral, sob o ponto de vista biológico, psicológico e comportamental.
«A descoberta de novas técnicas de imagiologia cerebral são as grandes contribuições contemporâneas com a intenção em relacionar as áreas cerebrais às funções cognitivas e emocionais» (Ellen Ximendes, 2010). Assim, a neuroimagem apoia a neurociência num aprofundar de conhecimento sobre o cérebro e suas respostas.
Ao ‘olharmos’ para a forma como o cérebro funciona conseguiremos teorizar melhor e refletir sobre a forma como aprendemos, memorizamos e raciocinamos, sendo este um complemento excelente para a Educação, dentro e fora das salas de aula.
Sendo algo ainda recente, a Neurociência poderá contribuir para novas descobertas e novos caminhos educativos. Assim, se aliarmos os conhecimentos da neuroimagem, à neurociência, à psicologia e à educação teremos uma nova perspetiva interdisciplinar, a Neuroeducação…. Ou seja, um futuro para a Educação!
Se já aqui expliquei qual a base deste conceito tão recente, torna-se importante voltar a referir porque tal me parece tão primordial, para mim Educóloga. Quando o nosso objetivo (pais/ professores/ educadores/ etc), é ensinar, sejam crianças sejam adultos, torna-se imprescindível entender como o cérebro aprende, ou seja, como este órgão tão indispensável ao desenvolvimento, decora, memoriza, interpreta, reage, etc, logo cabe a quem educa conhece-lo para melhor trabalhar com ele. Para o conhecimento do cérebro o contributo das Neurociências são, assim, fundamentais.
Além desta ciência, os comportamentos e sentimentos devem ser também bem interpretados através do apoio da Psicologia, isto porque a Educação necessita de compreender o ser humano na sua totalidade: mente, comportamento, cultura, sociedade, história, etc, etc.
Estes importantes contributos interdisciplinares apoiarão melhores práticas educativas e pedagógicas, melhores reflexões teóricas e intervenções mais adequadas, contextualizadas e individualizadas.
Segundo as autoras Hardiman e Denckla (2009), os próximos educadores deverão utilizar nas suas práticas conhecimentos desenvolvidos pelas Neurociências de modo a melhorarem os seus projetos de ensino/aprendizagem.
É portanto, neste sentido que procuro constantemente estudar e refletir sobre este novo Paradigma atual, pois será, certamente, muito enriquecedor para as minhas práticas profissionais e académicas.
Neste e no próximo Post irei escrever sobre um tema que, ultimamente, muito me faz ler, ouvir, pesquisar e refletir: a NEUROEDUCAÇÃO, este é um novo campo científico que procura combinar três ciências importantes no desenvolvimento humano: a neurociência, a psicologia e a educação e tem como objetivo primordial reconstruir novos métodos e técnicas de ensino, com base nesta interdisciplinaridade de conhecimentos que contribuem para a melhor forma de educar indivíduos.
A neuroeducação está a surgir como um novo campo de intervenção para melhorar métodos de ensino/aprendizagem, através do apoio da neurociência cognitiva em diversas áreas, tais como a aprendizagem, a memória ou a linguagem. Neste sentido procuram-se melhorar técnicas e métodos de ensino, assim como, em situações mais específicas, as doenças nervosas e mantais que alteram as formas de aprender.
Este novo campo de investigação apoia a troca teórica e metodológica entre vários conhecimentos científicos, levando a novas descobertas sobre o desenvolvimento cognitivo, atenção, motivação, emoção, aprendizagem, memória e linguagem, entre muitos outros e que são essenciais para a constituição da pessoa e de uma sociedade em contante evolução e aprendizagem.
A Neuroeducação tem por base a máxima de que “aprender é modificar comportamentos”, isto significa que se respeita a educação como inclusiva, em que o ser humano evolui de acordo com a sua aprendizagem, mudando os seus comportamentos e melhorando-os de acordo com os novos conhecimentos adquiridos, sejam eles de ordem psicomotora, cognitiva ou emocional.