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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Votos de um Feliz Natal

Natal… mais do que ter… é SER!!!

Mais importante do que oferecer presentes é ESTAR PRESENTE

Mais importante de que comer doces e chocolates é SER UM DOCE PARA OS OUTROS

Mais importante do que felicitar é ABRAÇAR COM AMOR

Mais importante do que desembrulhar presentes é ESPALHAR CARINHO E ALEGRIA

Mais importante do que oferecer objetos é PARTILHAR SOLIDARIEDADE

Mais importante do que o ter é SER!

natal.jpg

 

Conto de Natal: o presente menos esperado!

O convite é realizado nestes últimos anos: escrever um Conto de Natal - e vem pela mão da nossa ImSilva, do blogue: Pessoas e Coisas da Vida. Quem, por cá anda há anos, sabe que estes belos Contos escritos por bloggers têm resultado em fantásticos livros.

Este ano, eu tinha de manter a minha presença, com mais um Conto original!! Leiam e vejam se gostam?!!

Conto de Natal: o presente menos esperado!

Era uma bela noite de Natal, como tantas outras belas noites de Natal! Numa família bela, como tantas outras famílias, que se juntam para celebrar uma noite de amor e carinho!

A Aurora, a criança mais pequena daquela grande família, já tinha perguntado inúmeras vezes:

_ Já podemos abrir os presentes?

Aquelas fantásticas caixas e caixinhas, cuidadosamente embrulhadas com laços carinhosos e cores natalícias convidavam as crianças a se aproximarem-se para as abrirem!

_ Ainda não, Aurora! Ainda não jantamos e os presentes só se abrem pela meia noite.

_ Falta muito? _ continuava Aurora.

_ Ainda são 19h… _ disse Paulo, o irmão mais velho.

_ E isso é assim… muito… muito… tempo? Ou só um bocadinho de tempo?

Enquanto todos se riam a campainha tocou… àquela família de um pai, uma mãe e quatro crianças: Aurora, Filipe, Laura e Paulo, juntavam-se os dois avós paternos, que acabavam de chegar.

Com os avós vieram também mais caixas e caixinhas repletas de conteúdo que provocavam aquela ansiedade aos mais novos… a vontade de abrir presentes aumentava, aumentava e aumentava!

Os avós arrumaram as suas magníficas caixinhas junto de todas as outras, debaixo da Árvore e em frente ao Presépio! Aquele cantinho ocupava agora um grande espaço na sala, com tantos presentes acomodados.

No quentinho desta casa, a azáfama era maravilhosa: uns ajudavam na preparação da mesa, outros conversavam animadamente enquanto preparavam o jantar, os restantes ajudavam nos últimos pormenores dos doces e sobremesas!

Era o Natal de 2023… finalmente, toda a família tinha-se juntado neste Natal. A casa que outrora parecia grande para aquela família de seis pessoas, agora era pequena para tantos visitantes, mas ao mesmo tempo ficava mais feliz e aconchegante, porque nela estavam conversas calorosas, gargalhadas divertidas e novidades fantásticas! Os abraços apetados e colos demorados eram o melhor do reencontro.

Já passavam das 20h30 quando todos se começaram a sentar à mesa… uma mesa improvisada e aumentada, para que todos tivessem lugar. Havia tanta comida deliciosa e tanto para provar, entre sorrisos e conversas que, por algum tempo, já ninguém se lembrava daquelas caixinhas embrulhadas em papel colorido, com laçarotes pomposos, nem mesmo a curiosa da Aurora.

Como se fosse um momento mágico… o jantar aconteceu… a comida aqueceu o estômago e a conversa alimentou a alma. A lareira aquecia o coração e o crepitar do lume tornava aquela noite de Natal numa mágica noite de inverno, para toda a família!

Seguido do jantar todos decidiram escolher um jogo para se divertirem e prolongarem o tempo de alegria, até ao momento de abrirem os presentes.

Mesmo muito impacientes, as crianças aceitaram a aventura do Jogo da Mímica, fizeram-se equipas e definiram-se regras. Era preciso uma preciosa atenção para acertar nos gestos feitos a preceito, pois só assim se conseguia desmascarar aquela palavra escondida por gestos e movimentos, tão divertidos.

Aurora é a mais impaciente… enquanto olhava o gestos de cada um, na sua vez, sonhava acordada com o que estaria naqueles embrulhos: seria a boneca que tanto pedira à mãe? Ou aquela cozinha que descrevera na carta ao Pai Natal? O que seria que os avós tinham trazido… o ano passado tinham oferecido uns livros para pintar que ela adorou imenso! Os avós eram tão carinhosos a escolher as prendas para todos e por isso sempre acertavam!!!

Queria saber se ainda faltava muito para a tal meia noite… tinha sono… queria ir dormir com o ursinho Tobias… mas nem se atrevia a perguntar outra vez: falta muito para abrir os presentes? Estavam todos tão divertidos que ela ficou com muita vergonha de dizer, seja o que for… a frase não saía, assim, do pensamento…

O jogo da mímica estava a funcionar tão bem, quando num repente se ouvem uns agudos latidos: au… au… au…

Alguém entusiasmado com o jogo, grita: _ cão!!!

Nisto acontece uma mistura de risos e espantos… ninguém tinha imitado um cão… ninguém sabia de onde vinha tal barulho, já que esta família não tinha nenhum animal em casa!?

Depois da gargalhada geral, ficaram todos espantados e quietos…

_Que barulho foi este? _ perguntou o pai Francisco.

Todos se olharam… mas ninguém respondeu. Em vez disso, fizeram silêncio! Afinal, mais algum barulho se poderia ouvir!

_ Au.. au…au…

Voltou a ouvir-se os latidos vindos de longe. A Aurora, misturando aquilo que ouvia com o seu desejo de abrir os presentes, correu para a árvore e disse: _está um cãozinho nas caixas dos presentes…

Toda a família se olhou…. Será que alguém colocou um cão dentro dos presentes??? Como assim??? Não se podem colocar animais vivos em caixas fechadas…

Ninguém respondeu… ao que parecia ninguém tinha cometido tal loucura, porque naqueles rostos se notava grande confusão!

_ Au… au… au…

Numa atitude muito decidida o pai Francisco dá um salto do sofá e dirige-se para a porta, saindo de rompante, sem que ninguém conseguisse ainda compreender o que se estava a passar.

Toda a família continuava sentada sem saber o que fazer… ir ter com o Francisco lá fora? Começar a abrir os presentes à procura de qualquer coisa? Perguntar se os vizinhos tinham algum cão?...

A Aurora começou a abanar presente a presente, para perceber se algum deles latia… depois de os abanar encostava o seu ouvido à caixa… mas não se atreveu a abrir nenhum deles, com medo de algum raspanete e de ficar de castigo e sem presentes nenhuns!

A restante família limitou-se a olhar Aurora e a esperar que algo mais acontecesse.

Passaram alguns minutos… que pareciam uma eternidade e um grande momento de suspense, em plena noite de Natal… quando o pai Francisco volta pela mesma porta, com um pequeno cão ao colo.

_ Como assim? _ perguntou Paulo? _Onde foste buscar esse cão, pai?

_ Estava no jardim aqui de casa. Não sei como veio aqui parar?! _ respondeu o pai enquanto fazia umas festinhas ao cão, que parecia estar a adorar toda aquela situação, podia perceber-se pelo animado abanar de cauda.

Aurora acabara de largar um presente e deixou-o simplesmente cair, sem pensar em mais nada… correu em direção ao pai e tirou o cão feliz, das mãos do pai.

_Oh! Tão bonito que é este cãozinho. É o meu presente de Natal, pai?

Francisco olhou para ela, para o cão e depois para a restante família, que continuava sem perceber metade do que se estava a passar…

_ Não… acho que não… os teus presentes estão ali, na árvore…

_ Mas podemos ficar com ele, não podemos? _ Perguntou o Paulo, já a imaginar adotar aquele bichinho peludinho, de pelo branquinho e patas castanhas.

Como o pai Francisco estava tão confuso, mais nada respondeu. Aquele enorme momento de suspense para toda a família acabou.. a pouco e pouco, todos se começaram a levantar e a dirigirem-se para o novo elemento chegado. Todos lhe quiseram pegar, fazer mimos… brincar… alimentar… certificar-se de que estava feliz…

E assim, tocaram as doze badaladas, sem que ninguém desse qualquer importância… já ninguém se lembrou de abrir os presentes e a Aurora já não tinha sono. Aquele animal fofinho acabava de se tornar o mais importante da noite porque trazia com ele mais felicidade e ainda mais ternura.

O presente mais inesperado tinha acabado de chegar e era mais importante do que qualquer objeto que pudesse existir naquelas lindas caixinhas!

Entretanto, muito tempo depois… muitas brincadeiras depois… o pai Francisco já se tinha recuperado do achado que tinha feito, no seu próprio jardim, e disse:

_ Cara família, compreendo que estejam muito felizes com a chegada deste pequeno… mas não sabemos se tem dono e se anda perdido!! Podemos cuidar dele esta noite, mas amanhã vamos levar ao veterinário para verificar se tem microchip, assim podemos encontrar o seu dono.

Ficaram todos em silêncio, de novo… o pai tinha razão…

_ E se não tiver dono, podemos ficar com ele? _ Perguntou o Paulo.

_PODEMOS? _ perguntaram os quatro irmãos em coro…

Sem saber bem o que dizer…após olhar para a restante família e ver sorrisos na cara de todos, respondeu:

_ Acho que sim…  

 

FIM

conto natal.jpg

 

versão em PDF para impressão: 

Conto de Natal_2023.pdf

 

Calendário de Advento, em família!!!

O mês de Dezembro aproxima-se e com ele, todos nós, só pensamos no Natal e em tudo de bom que eles nos traz.

Tem sido hábito partilhar aqui um Calendário de Advento para motivar ainda mais este caminho divertido, até ao dia 25 de dezembro.

 

Já experimentou fazer este desafio em família? Aceite-o este ano… verá que é divertido e irá partilhar, ainda mais, este espírito de Natal entre todos, aí em casa!!!

calendário do advento_2023.jpg

Para imprimir, use este versão em PDF: 

calendário do advento_2023.pdf

 

Uma Epifania de Natal

O meu Conto de Natal

Este ano, e após dois livros editados pelos bloggers, o desafio de escrever contos de Natal continua motivador e seguro!

Eu não iria faltar a este desafio que sempre respondi afirmativamente. Mas, este ano a inspiração surgiu por caminhos diferentes, talvez efeitos da sociedade atual e das minhas inquietudes…

A verdade é que este Conto de Natal está muito longe daqueles que partilhei, em anos anteriores. Se existem Contos e Histórias preferidas e por cá partilhadas, só os leitores saberão! Portanto, permitam-me que vos desafie à leitura do novo Conto de Natal e teçam as vossas opiniões e comentários!

Boa leitura: 

Uma Epifania de Natal!

 

Era a manhã de 25 de dezembro. Parecia uma manhã diferente de todas as outras, não pelo frio que se fazia sentir, não porque alguma da comida do jantar de ontem ainda permanecia na sala de jantar.

Era diferente porque o coração estava diferente, não o órgão que trabalha a ritmo controlado para fazer viver, mas o coração da alma, de cada alma que habitava no ser humano!

 

Cada pessoa estava diferente… como por magia, a alma de cada ser humano movia-se por sentimentos diferentes, por uma compaixão e solidariedade nunca antes sentida, impregnada por valores éticos e morais que nunca deveriam ter sido descuidados…esquecidos…

 

Afinal, que humanidade é esta, que se transformou num segundo?  Às 0:00 horas do dia 25 de dezembro de 2022?

 

Adão andava pela cidade, como se fosse pela primeira vez, não pela roupa que vestia, porque era a mesma de sempre, nem pelos presentes que recebera na noite anterior, dos quais já nem se lembrava!

Sentia-se diferente, olhava para o mundo de forma diferente e o mundo olhava para ele de forma diferente… caminha pela rua de sempre, sem saber se desejava fazer o mesmo de sempre!

Cruzou-se com a mesma vizinha de sempre, que hoje fazia a sua caminhada matinal com um saco onde recolhia o lixo que encontrava espalhado pela rua… realmente, como é possível alguém deixar lixo espalhado pelas ruas, se é nossa esta casa, esta rua, este mundo?

 

Adão dirigiu-se à padaria de sempre para comprar o pão de sempre - como sempre - mas na padaria ninguém mais vendia pão, o pão era oferecido. Adão agradeceu, sentiu a enorme partilha desta dádiva e um enorme desejo em retribuir a partilha… mas como? Como poderia ajudar o padeiro? Como poderia ajudar as outras pessoas, o mundo inteiro?

 

Voltou para casa, nesse profundo pensamento, num trajeto tão curto que não durou mais de cinco minutos! Cada vez mais triste por ainda não ter conseguido ajudar ninguém! Nesta tristeza impotente, ligou a TV, que notícias surgiriam em dia de Natal?

 

O pivô do noticiário, falava com uma voz bondosa afirmando que, finalmente, as guerras tinham terminado… porque nunca fizeram qualquer sentido… novas decisões tinham sido tomadas, era urgente cuidar das pessoas que passavam fome, era esse o desejo dos políticos, dos economistas, dos advogados, dos entendidos em todas as matérias do mundo! Era urgente cuidar do meio ambiente, tão desleixado pelo ser humano…. Era urgente pôr fim às desigualdades sociais, raciais, emocionais… era urgente a solidariedade, o apoio mutuo, o cuidado, a proteção e a compaixão…

 

Sentando-se no sofá, ouvia as notícias de uma vida, as únicas que faziam sentido neste mundo: o Ser era mais importante que o Ter, a humanidade deixara de se mover por Poder e por dinheiro, passara a mover-se por sentimentos nobres de respeito, amor e interajuda. Adão vivia, junto com toda a humanidade uma verdadeira epifania… esta mudança humana só poderia ser divina!!! Num caminho sem desejo de volta, numa nova realidade que faz imenso sentido!

 

Adão sentiu que tinha muito por onde contribuir, tanto que poderia fazer, por ele e pelos outros: dar o que não precisa; partilhar o que tem e dar o seu tempo, tornando a sua vida realmente rica… finalmente, Adão começava a sentir-se feliz… uma felicidade que nunca sentira antes… a felicidade de toda a humanidade cabia-lhe no coração e na alma!

 

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