... Com Vida...
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Desde os quatro, cinco anos que as crianças podem começar a aprender muito com jogos, sejam jogos entre pares ou em família, sejam jogos individuais. Não estou a referir-me aos jogos interativos em ecrãs, que estão na moda, mas sim jogos mais tradicionais que se podem comprar, fazer, inventar ou emprestar.
Existem jogos que direcionam a aprendizagem para a gestão de conflitos entre crianças e para a aprendizagem do saudável convívio… outros ajudam a memorizar objetos, palavras, conceitos, outros ainda procuram trabalhar as emoções e a criatividade, e também o desenvolvimento motor (motricidade fina e grossa)… existem tantos jogos e para um sem fim de objetivos.
Aqui ficam alguns que, facilmente, pode adquirir ou construir em casa:
Todos eles são forma de aprendizagem, desenvolvem competências e em simultâneo divertem e deixam as crianças e jovens motivados na conquista de novas capacidades.
Não querendo aprofundar, neste blogue, termos técnicos que poderão ser estranhos para alguns leitores, gostaria apenas de realizar mais uma referência, muito superficial, sobre conceitos como Neuroimagem e Neurociência, já que estes poderão facultar novos procedimentos e técnicas de ensino/aprendizagem evolutivos para a Educação contemporânea. Assim, de uma forma muito breve irei expor a minha visão sobre o assunto:
A neuroimagem define-se como sendo um conjunto de técnicas que permitem a obtenção de imagens do encéfalo de forma não-invasiva, tornando, assim, possível melhorar a compreensão da atividade cerebral, sob o ponto de vista biológico, psicológico e comportamental.
«A descoberta de novas técnicas de imagiologia cerebral são as grandes contribuições contemporâneas com a intenção em relacionar as áreas cerebrais às funções cognitivas e emocionais» (Ellen Ximendes, 2010). Assim, a neuroimagem apoia a neurociência num aprofundar de conhecimento sobre o cérebro e suas respostas.
Ao ‘olharmos’ para a forma como o cérebro funciona conseguiremos teorizar melhor e refletir sobre a forma como aprendemos, memorizamos e raciocinamos, sendo este um complemento excelente para a Educação, dentro e fora das salas de aula.
Sendo algo ainda recente, a Neurociência poderá contribuir para novas descobertas e novos caminhos educativos. Assim, se aliarmos os conhecimentos da neuroimagem, à neurociência, à psicologia e à educação teremos uma nova perspetiva interdisciplinar, a Neuroeducação…. Ou seja, um futuro para a Educação!
(imagem retirada da Internet)
Tal como prometido no Post anterior, aqui ficam algumas propostas de técnicas de memorização. Relembro que algumas podem funcionar melhor do que outras, de acordo com as capacidades e facilidades de cada indivíduo, contudo, com o tempo e a prática, conseguem-se melhorar resultados.
Repetição: um método pouco motivante para os estudantes mas, em determinadas situações, eficaz, e consiste na repetição da informação várias vezes seguidas. Para tornar este método mais interessante pode optar-se por fazê-lo é jeito de canção.
Rimas e jogos: memorizar através da realização e jogos ou de esquemas rimáticos, poderá ser mais fácil, criando-se com a matéria uma relação afetiva e mais divertida. Funciona melhor com matérias mais simples, por exemplo, do primeiro ciclo.
Imagens mentais: para os estudantes que têm uma boa memória fotográfica, podem recorrer a imagens como forma de memorização. Trata-se de uma estratégia com melhores resultados em algumas disciplinas, como por exemplo a Ciências da Natureza.
Técnica dos espaços: de uma forma associativa, o estudante pode associar um determinado lugar ou espaço a determinada matéria, assim, ao relembrar o espaço irá relembrar a informação associada. Esta técnica funcionará bem se o estudante tiver uma boa capacidade de conhecimento espacial.
Elaboração progressiva: esta técnica tem por objetivo encadear as informações de tal maneira que elas sigam uma ordem lógica que nos permita recordar as informações que elas encerram. Desta forma supõe-se que a aprendizagem anterior foi claramente reconhecida e memorizada, só assim se evoluirá na memorização.
Palavra-Chave: esta técnica propõe que o estudante memorize várias aprendizagens para cada palavra-chave, bastando lembrar a palavra-chave para relembrar todos os outros conceitos e conhecimentos associados. Pode ser bastante útil para descrever processos, mas para enumerar listas de características ou outras informações que pretendemos decorar.
Técnica dos números: para os estudantes que têm grande capacidade em memorizar números, podem associar informações a números, codificando, assim, a informação. Esta estratégia deve ser utilizada em pequena escala para ser mais eficaz.
E para vocês, qual a técnica que melhor funciona? Que outras estratégias de memória utilizam?
Quantas vezes os estudantes ficam preocupados quando têm muita matéria escolar para compreender e memorizar. Acham que não conseguem decorar tudo, que se vão esquecer ou trocar informações. Contudo, é fascinante a forma como o nosso cérebro funciona e a sua capacidade para armazenar informação de uma forma bastante rápida. Para que a informação chegue ao cérebro e fique retida apresentam-se várias formas de memorização:
Memória Sensorial – esta memória recebe toda a informação advinda dos cinco sentidos:
Memória Visual: recebe informações advindas da Visão
Memória Auditiva: recebe informações advindas da audição
Memória Tátil: recebe informações advindas do tato
Memória Olfativa: recebe informações advindas do olfato
Memória Gustativa: recebe informações advindas do paladar
«O interessante é que a maioria das informações que são utilizadas através dos nossos sentidos são armazenadas no nosso cérebro por, pelo menos, dois segundos. Sendo necessário um tempo curto o suficiente para processar, analisar e interpretar a mensagem que chega até o nosso cérebro. Quando a informação é muito importante ela já chega para o próximo tipo de armazenamento, que é a Memória de Curto Prazo.» (In: www.portaleducacao.com.br).
Vários cientistas assumem que a memória não está centrada apenas numa parte do cérebro, ela implica todo o cérebro, para além disso, afirmam que a capacidade de memorização pode ser treinada e melhorada, aperfeiçoando-se assim técnicas.
Seguindo estas perspetivas podemos assumir que os estudantes devem desenvolver as suas próprias técnicas de memorização sem receios nem pressas.
No próximo Post facultarei algumas técnicas de memorização que poderão ajudar no estudo diário.
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