Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Para além do privilégio de pertencer a este grupo de bloggers da Sapo, que muito acrescentam em escrita, vida e criatividade! Volta e meia, surge um miminho como este, um livro escrito por dedos que também teclam… este último de nome: ‘O fim dos Baltasares’, escrito por João-Afonso Machado é uma pequena maravilha.
O João-Afonso escreve bem, aprofunda as palavras e preenche-as de leves metáforas. O livro não é de leitura leve nem fluída, é complexo, denso e exige pensamento aprofundado, no enredo e no vocabulário!
«A morte é o diálogo constante de cada um consigo…(p.15)» assim é este livro: um caminho para o desaparecimento, ou um diálogo sobre caminhos?
Aconselho a leitura, agradeço imenso ao João, pela partilha desta escrita e guardo a esperança de ainda ler novos livros deste autor!
Aqui no ‘charco’ todos conhecem o querido José da Xã, é um dos bloggers mais ativos e mais agregadores desta gente interessante!
Para além da amizade que fomos desenvolvendo neste meio virtual, o José brindou-me com o seu segundo livro: Des(a)fiando Contos que eu tive o privilégio de ler calmamente e de saborear cada conto, página após página!
Este é um livro de curtas histórias, cada história é um drama, cada drama tem um final imprevisível, um final dramático, divertido, hilariante, inesperado… ou, simplesmente, subentendido!
Assim se fez este livro… de curtas histórias, mas complexas, repletas de moralidade e de bons desafios em pensamento crítico!
Parabéns José, este livro mostra que estás a conseguir afinar a tua escrita, a tua sensibilidade criativa e a tua identidade enquanto escritor. Agora fica o desafio: uma só história com toda esta carga dramática que empregas nas palavras e com uma final que te é muito particular…
Portanto… Fico a aguardar um novo livro!
A minha maior gratidão pela partilha desta paixão que é a escrita e pela amizade!
Foi com muito carinho que recebi de oferta e li o livro do nosso blogger e escritor José da Xã, com o título “Quatro Desafios de Escrita!”
Tal como havia prometido, depois da leitura atenta, venho apresentar a minha opinião sobre o livro.
É necessário começar por dizer que, este não é um livro comum, é bastante diferenciador do que habitualmente lemos, porque apresenta uma compilação dos vários desafios que eram realizados aqui neste ‘charco’ chamado Sapo Blogs.
Assim, o livro apresenta-se dividido em três histórias: O Malaquíades, um rapaz bastante divertido e que nos deixa um sorriso, no final de cada episódio. O Elizário, ex-combatente na guerra das colónias, que nos emociona a cada momento. Por fim, o Valdemar, um polícia, com uma vida repleta de ação e suspense.
Após estas diferentes histórias, surge um novo capítulo repleto de variados episódios que têm em comum obras de arte, bem conhecidas da sociedade e que são o mote para os mais diversificados acontecimentos. Por tudo isto, já se está a perceber que não é um livro nada aborrecido e que nos transporta para milhares de lugares e de vidas.
A história que mais me tocou foi, de facto, o Elizário, pelo carrossel de emoções que nos proporciona em cada virar de página, adoraria ter mais e mais episódios da vida deste Açoriano para ler.
Mais uma vez, obrigada José por nos proporcionares estes belos momentos de leitura, seja com o livro, seja com a escrita diária enquanto blogger.
Fico a aguardar por novos livros… e parece que não sou a única!
É com todo o entusiasmo que anuncio, também, a chegada de mais um livro escrito a muitas mãos: Os Contos de Natal escritos por vários bloggers da comunidade Sapo Blogs.
Este segundo livro conta com a especial participação de célebre escritora: Alice Vieira e abre com o prefácio de João-Afonso Machado. E, é com todo o orgulho que faço parte desta escrita, partilhando o meu Conto: A Escolha do Presente!
As minhas maiores felicitações a todos/as os/as que participaram na sua escrita e na sua produção/edição. Transformar tantas histórias blogosféricas num livro único, é um ato de pura magia!
São momentos como este que me tornam feliz por pertencer a este ‘Charco’, repleto de gente bonita, com uma paixão em comum: a escrita!
«… o Natal é tempo de Paz e de Família. É um quente momento no frio que nos chama aos nossos!» (In: Contos de Natal, 2022)
Este ano, e após dois livros editados pelos bloggers, o desafio de escrever contos de Natal continua motivador e seguro!
Eu não iria faltar a este desafio que sempre respondi afirmativamente. Mas, este ano a inspiração surgiu por caminhos diferentes, talvez efeitos da sociedade atual e das minhas inquietudes…
A verdade é que este Conto de Natal está muito longe daqueles que partilhei, em anos anteriores. Se existem Contos e Histórias preferidas e por cá partilhadas, só os leitores saberão! Portanto, permitam-me que vos desafie à leitura do novo Conto de Natal e teçam as vossas opiniões e comentários!
Boa leitura:
Uma Epifania de Natal!
Era a manhã de 25 de dezembro. Parecia uma manhã diferente de todas as outras, não pelo frio que se fazia sentir, não porque alguma da comida do jantar de ontem ainda permanecia na sala de jantar.
Era diferente porque o coração estava diferente, não o órgão que trabalha a ritmo controlado para fazer viver, mas o coração da alma, de cada alma que habitava no ser humano!
Cada pessoa estava diferente… como por magia, a alma de cada ser humano movia-se por sentimentos diferentes, por uma compaixão e solidariedade nunca antes sentida, impregnada por valores éticos e morais que nunca deveriam ter sido descuidados…esquecidos…
Afinal, que humanidade é esta, que se transformou num segundo? Às 0:00 horas do dia 25 de dezembro de 2022?
Adão andava pela cidade, como se fosse pela primeira vez, não pela roupa que vestia, porque era a mesma de sempre, nem pelos presentes que recebera na noite anterior, dos quais já nem se lembrava!
Sentia-se diferente, olhava para o mundo de forma diferente e o mundo olhava para ele de forma diferente… caminha pela rua de sempre, sem saber se desejava fazer o mesmo de sempre!
Cruzou-se com a mesma vizinha de sempre, que hoje fazia a sua caminhada matinal com um saco onde recolhia o lixo que encontrava espalhado pela rua… realmente, como é possível alguém deixar lixo espalhado pelas ruas, se é nossa esta casa, esta rua, este mundo?
Adão dirigiu-se à padaria de sempre para comprar o pão de sempre - como sempre - mas na padaria ninguém mais vendia pão, o pão era oferecido. Adão agradeceu, sentiu a enorme partilha desta dádiva e um enorme desejo em retribuir a partilha… mas como? Como poderia ajudar o padeiro? Como poderia ajudar as outras pessoas, o mundo inteiro?
Voltou para casa, nesse profundo pensamento, num trajeto tão curto que não durou mais de cinco minutos! Cada vez mais triste por ainda não ter conseguido ajudar ninguém! Nesta tristeza impotente, ligou a TV, que notícias surgiriam em dia de Natal?
O pivô do noticiário, falava com uma voz bondosa afirmando que, finalmente, as guerras tinham terminado… porque nunca fizeram qualquer sentido… novas decisões tinham sido tomadas, era urgente cuidar das pessoas que passavam fome, era esse o desejo dos políticos, dos economistas, dos advogados, dos entendidos em todas as matérias do mundo! Era urgente cuidar do meio ambiente, tão desleixado pelo ser humano…. Era urgente pôr fim às desigualdades sociais, raciais, emocionais… era urgente a solidariedade, o apoio mutuo, o cuidado, a proteção e a compaixão…
Sentando-se no sofá, ouvia as notícias de uma vida, as únicas que faziam sentido neste mundo: o Ser era mais importante que o Ter, a humanidade deixara de se mover por Poder e por dinheiro, passara a mover-se por sentimentos nobres de respeito, amor e interajuda. Adão vivia, junto com toda a humanidade uma verdadeira epifania… esta mudança humana só poderia ser divina!!! Num caminho sem desejo de volta, numa nova realidade que faz imenso sentido!
Adão sentiu que tinha muito por onde contribuir, tanto que poderia fazer, por ele e pelos outros: dar o que não precisa; partilhar o que tem e dar o seu tempo, tornando a sua vida realmente rica… finalmente, Adão começava a sentir-se feliz… uma felicidade que nunca sentira antes… a felicidade de toda a humanidade cabia-lhe no coração e na alma!