Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Verdade é que, a escola é a base das aprendizagens cognitivas e também sociais. É um lugar de estadia prolongada que apoia o desenvolvimento, para além da família.
Certo é também que, a escola deveria ter acompanhado mais e melhor o processo evolutivo da sociedade e se adaptado às novas necessidades de um mundo em constante mudança.
Muito deveria ser pensado para melhorar todo o contexto escolar. Mas, mesmo assim, esta instituição continua a ser a primeira sede do conhecimento e, por conseguinte, funciona como um elevador social por excelência, apoiando a conquista de saberes como caminho para uma conquista por meritocracia.
Continuo a sonhar com uma escola melhor e melhorada, mas continuo a lhe reconhecer o maior mérito e o melhor caminho para transformar sonhos em realidades. É nisto que cada aluno deve acreditar, ao estudar para cada avaliação e ao procurar adquirir o maior conhecimento!
No meu tempo era assim, as turmas A e B eram sempre as que obtinham os melhores resultados e as que beneficiavam dos professores com mais anos de escola. Parecia que os alunos eram escolhidos a dedo, de forma a ficarem os melhores todos juntos… para o final do alfabeto ficavam os que apresentavam mais dificuldades de aprendizagem, os que reprovavam, também… Com isto, alguns, defendiam que era uma promoção de condições de aprendizagem, onde uns incentivavam os outros na obtenção de melhores resultados…
Agora coloco-vos a questão:
Isto ainda acontece nas vossas realidades, nas vossas escolas, nas escolas dos vossos filhos? Parece-vos a melhor opção, fazer esta seleção de competências? Será que existe uma efetiva promoção das melhores condições para aprender? Será esta a melhor estratégia? Existirão outras estratégias mais adequadas?
É algo que me inquieta, desde dos meus tempos de 3º ciclo, quando percebi que tal situação estava presente, no meu quotidiano escolar… Inquieta-vos hoje?
Vivemos numa sociedade em que a competição é algo comum e diário. Cedo, as crianças aprendem a competir, pelas melhores avaliações, pelos lugares de destaque, pelos elogios e valorizações. E esta competição permanecerá ao longo da vida, vai ser exigida pela profissão, pela família, pela sociedade… estas competições trarão lucros e ganhos, contribuem para a felicidade procurada nos dias de hoje, pela grande maioria da população.
Mas será que conseguimos educar para uma competição saudável? Será que conseguimos fazer uma boa mediação: entre o ensinar a competir e o respeitar das diferenças? Será fácil encontrar estes pontos de equilíbrio, para nós mesmos e para transmiti-los a quem cresce?
A sociedade atual faz, aos educadores, uma exigência brutal sobre este assunto, diariamente as famílias têm de ensinar a realizar uma competição saudável, ao mesmo tempo que têm de ensinar valores fundamentais, como respeito, solidariedade, partilha, ética, moral…
Então, a pergunta base será esta: como pode uma família fazer a educação da melhor forma? Que contributos poderá dar a escola neste assunto? Não, não existe uma solução concreta, milagrosa, ou definida… deve é existir uma reflexão e ponderação constante a cada decisão, a cada atitude… a cada valor que se ensina. As famílias devem pensar constantemente sobre aquilo que querem transmitir, com diálogo e exemplo… só com muita ponderação e sensatez se poderá Educar… assim, com amor e sem livro de instruções!
Tal como prometido, volto a escrever sobre as controversas Provas de Aferição que, este ano letivo, foram realizadas em formato digital, numa tentativa de ‘desmaterializar’ estas formas de avaliar as aprendizagens dos alunos, em alguns anos escolares (2º, 5º e 8º anos). As provas decorreram entre 2 maio e 20 de junho. Os resultados e relatórios serão divulgados até ao início do próximo ano letivo (2023/2024).
Pelo que percebi, os problemas técnicos foram vários, a instalação da aplicação não era assim tão fácil… o sistema falhou várias vezes, o que levou os alunos a momentos de muito nervosismo.
Em termos práticos, as respostas não serão todas corrigidas automaticamente, já que a avaliação exige ponderação e análise, por parte dos professores… se o objetivo era retirar trabalho aos professores, avaliar em formato digital… na minha opinião… é bem mais cansativo!
Se para os mais crescidos do 5º e 8º ano, a prática de utilização de computadores é mais intuitiva, até porque todos tiveram aulas de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), no entanto, a prova de matemática exigia a realização de cálculos, outro desafio acrescido que levou a um pré-momento de formação… mesmo assim, pelo que percebi nem todos os alunos aprenderam o correto uso desses símbolos…
Já para os mais pequenos, (2º ano) que ainda estão a aprender a escrever de forma manual, os problemas foram diferentes. Muitas escolas fizeram greve e os professores manifestaram assim o seu descontentamento político e a discordância com estas provas, sendo que é neste ano escolar que se demonstra maior descontentamento pela realização das mesmas, em suporte digital…
Na minha opinião, embora estas provas tenham por objetivo aferir as aprendizagens escolares, não irão espelhar nenhuma realidade, porque os alunos não se empenharam minimamente, como disse um aluno: «uns colegas meus acabaram a prova 1h antes do tempo previsto…»
Para além disso, é de lembrar que os alunos mais pequenos desenvolvem mais ansiedade por estarem a realizar uma prova em sistema informático, o que também influencia o seu desempenho e os resultados!!!
Famílias, alunos, professores, explicadores, (…) sintam-se todos/as convidados a acrescentar informação e opinião a este tema tão novo e tão controverso!
A Inteligência Artificial é um tema debatido há anos, que volta a ficar com maior evidência volta e meia… novas descobertas, novas estratégias… colocam novas questões à sociedade atual. Estas questões são transversais a todas as pessoas, portanto, alunos e professores não passam sem estas influências.
Hoje decidi trazer uma destas situações, pela força das evidências! Os alunos, ultimamente, dizem-me que vão fazer ‘o trabalho com o ChatGPT’ e afirmam que os professores não sabem o que é!
Esta ingenuidade de quem considera que encontrou a solução para muitos dos seus problemas escolares, coloca - a nós adultos/educadores - outros enormes problemas éticos e reflexivos:
Como avaliar os trabalhos realizados pelos alunos se eles não os executaram?
Como ensinar a utilizar, de forma correta, ferramentas de pesquisa, se outro equipamento procura por eles?
Será que toda a formação poderá ser facultada pela Inteligência Artificial?
Será necessário repensar todo o conceito de educação/formação, desde os métodos de ensino até às formas de avaliação?
São muitas as questões que me inquietam, nesta sociedade em plena mudança e em ritmo de mudança alucinantemente rápido!
Aproveito para deixar uma pequena amostra do que este dito ChatGPT escreve sobre educação, ‘em jeito de’ Educar(com)Vida!