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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

E ainda… sobre os manuais escolares…

Hoje, partilho um excerto de duas conversas com diferentes alunos, de diferentes escolas, que nos ajudam a refletir sobre a atualidade do uso de manuais escolares, que podem ajudar a ponderar:

 

Estudante de 3º ciclo:

 «_ Não me aceitaram dois livros…»

Por esta altura, os alunos que receberam manuais emprestados pelo Estado têm de os devolver, entregando-os às escolas em boas condições. Isto implica que, se algum aluno não os entregar na data prevista, ou se algum manual estiver em más condições (escrito, sublinhado, ou rasgado) terá de os pagar.

Emprestar manuais aos alunos, parece-me uma excelente medida, exigir que estes sejam bem cuidados e devolvidos impõe responsabilidade aos estudantes, que também me parece bem. No entanto, assumo que é difícil para os alunos não fazerem os exercícios, sublinharem ou fazerem apontamentos neles. Por esta razão, existem famílias que optam por comprar um ou outro manual, dependendo da disciplina!

 

Outro/a Estudante de 3º ciclo:

 «_ Para o ano, os livros vão voltar a ser em papel…»

Este excerto de diálogo refere-se a uma escola que optou por manuais digitais. A estratégia é semelhante à anterior… não é possível ter os próprios manuais, eles estão disponíveis em duas plataformas, Escola Virtual e Aula Digital a que o aluno tem acesso… (Já cá refleti sobre manuais digitais, nesta publicação: aqui).

No entanto, pelo que consegui perceber, esta escola considera que os alunos estiveram desatentos nas aulas por utilizarem os computadores portáteis de forma indevida e por este ser mais um meio de distração. Assim, no próximo ano letivo voltarão a receber os manuais em papel, como no ano letivo anterior! Os portáteis facultados pela escola serão para uso esporádico…

 

Portanto, espelham-se realidades diferentes por este país… certamente, ainda mais do que estas que aqui partilho!!! Mais alguém deseja partilhar… escrever a sua opinião???

 

manuais escolares.jpg

 

‘A minha mãe vasculha tudo no meu telemóvel…’

Nos dias de hoje, para adolescentes e jovens, os locais mais íntimos e sagrados são, de facto, os telemóveis. Lá eles e elas guardam as fotografias mais pessoais, as conversas mais intimas, as redes sociais que não partilham com a família, ‘conta dos friends’, fazem pesquisas pessoais e guardam muita informação particular.

Sem dúvida que as famílias que queiram descobrir segredos e informações privadas, irão vasculhar os telemóveis, tablets e computadores. E muitos são os pais que o fazem com regularidade… alguns jovens sabem-no perfeitamente e tratam de arranjar estratégias para manter algumas informações escondidas… e/ou… simplesmente: apagam-nas. Outros são ‘apanhados’ um pouco de surpresa e aí revelam-se alguns segredos, sendo que os estudantes sentem a sua intimidade exposta e sentem-se desrespeitados.

Ora, este é o grande dilema: até que ponto a intimidade e o respeito pode e deve ser salvaguardado, num telemóvel, com acesso ao mundo exterior e repleto de perigos, o respeito pela privacidade… onde o objeto, em si, pouco tem de privado?

Acredito que seja o dilema e a constante mediação de muitas famílias que se preocupam com as redes sociais e a exposição dos seus educandos, em relação ao respeito e à privacidade de cada um.

É, sem dúvida um tema difícil, onde não existem respostas corretas, onde é necessário uma gestão coerente e sensata de cada atitude. Existem sempre famílias mais condescendentes que não avaliam os telemóveis dos seus educandos e existem aquelas que controlam o máximo que conseguem, tal objeto.

Algo é necessário e importante assumir, o acesso à internet é o acesso a um mundo real, onde existe muito de bom e muito de mau… é necessário que, quem cresce tenha essa noção e não é estando distante desse mundo, que irá aprender a conhece-lo e a defender-se… no entanto, sem apoio e orientação é possível que, facilmente, entre em problemas difíceis e desnecessário.

Assim, cabe às famílias aprenderem a lidar muito bem com este mundo chamado de internet, precavendo-se a si e precavendo quem cresce. Para além disso, a Polícia da Escola Segura tem promovido muitas ações de esclarecimento neste sentido, em escolas e noutras instituições… não considere que já sabe tudo… vá, aprenda, discuta, leia… para conseguir, depois, ensinar e orientar!

 

jovens adolescentes.jpg

 

Ensinar a distinguir informação: não sejas ‘Maria vai com as outras’…

Lembro-me que, há poucos anos atrás, precisar de explicar a muitos estudantes que, a internet não iria acabar….  Eles ouviram tantas informações nas redes sociais sobre o dito ‘artigo 31’…. A maioria das informações partilhadas pretendiam apenas ter milhões de visualizações, nem que para isso ‘se deturpasse um pouco a realidade’ … e a grande maioria dos estudantes não percebeu isso, considerava de forma convicta a hipótese de ‘a internet acabar’…

Esta (in)capacidade de saber distinguir informações verdadeiras de informações falsas, no mundo virtual é uma virtude pouco existente na realidade dos nossos adolescentes e jovens…

Dificilmente sabem distinguir quais as fontes de informação mais fidedignas, ou filtrar até onde acaba a realidade e começa a ficção, num mundo onde os objetivos são apena as visualizações, as partilhas e os likes.

Para ajudar as crianças e jovens a tornarem-se sensíveis e atentos a tudo isto é necessário:

  • Explicar tais conceitos e desmistificar as verdades da internet;
  • Ensinar a pensar e a refletir sobre o mundo que nos rodeia;
  • Educar para a autonomia e para o livre pensamento;
  • Exemplificar formas de pesquisa e investigação que trarão informação correta;
  • Promover o espírito crítico e a criatividade…

aprender2.jpg

 

O COMPUTADOR: entra em casa e na escola

O Projeto Minerva foi considerado um dos primeiros e mais relevantes projetos portugueses que contribuíram para a introdução das TIC nos ensinos básico e secundário, iniciou-se em 1985 e viria a finalizar em 1994. Vários programas se seguiram, o mais recente denominado Programa e-iniciativas, sustentado pela criação de um fundo para a Sociedade da Informação, permitia o acesso a um computador portátil e à banda larga móvel perante um contrato de fidelização de estudantes ou formandos.

Este, tinha como objetivo facilitar um acesso mais equitativo, pela população portuguesa, aos equipamentos técnicos necessários ao desenvolvimento das TIC, assume-se assim, uma estratégia para mobilizar os Portugueses para a Sociedade da Informação e do Conhecimento, permitindo um acesso massivo a computadores e à banda larga, por parte de estudantes do ensino básico e secundário, docentes e adultos, inseridos na Iniciativa Novas Oportunidades. Este programa termina em 2011, sendo que muitos foram os portugueses que usufruíram desta iniciativa.

Atualmente a grande maioria da população já convive diariamente com um computador de acesso à internet, facilitando também este acesso a crianças e jovens que rapidamente desenvolvem conhecimentos em TIC.

Cabe aos educadores orientarem para o melhor uso das novas tecnologias…propostas surgirão em temas próximos.

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