Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Tal como referi no Post anterior, a Inclusão precisa de ser ensinada e entendida desde terna idade. Para tal deixo aqui algumas dicas de atividades que promovam uma educação para a inclusão:
Contem pequenas histórias de situação concretas;
Façam grupos de crianças através de sorteio;
Promovam brincadeiras com várias crianças, para além da escola;
Conversem sobre as diferentes capacidades de cada criança, como sendo normal essa diferença;
Façam trabalhos coletivos e individuais, onde cada criança tem um contributo diferente, de acordo com a sua capacidade;
Expliquem que as dificuldades são desafios e que podem sempre ser superados;
Nunca seja exemplo de uma atitude de discriminação ou exclusão;
Se assistiu a uma atitude discriminatória com ou do seu filho/educando converse individualmente com ele e calmamente esclareça as atitudes certas e erradas;
Procure na internet jogos direcionados para a inclusão.
Diálogo entre mim e uma criança do ensino Pré-escolar:
«_ Criança: Preciso do cor de pele.
_Eu: Podem ser muitas cores, todos nós temos cores de pele diferentes…»
A maioria da sociedade luta, diariamente, para combater a discriminação, a desigualdade e os estereótipos. Penso que, a melhor forma de alcançar este objetivo é educar as novas gerações para a inclusão, a solidariedade e para a liberdade com respeito pelos outros.
Assim sendo, desde a idade pré-escolar, as crianças devem ser confrontadas com a diferença numa educação e formação direcionada para um espírito crítico de respeito e aceitação do outro, como diferente na sua condição e opinião, mas igual no direito e na dignidade.
É imprescindível ensinar que a discriminação e a crítica racial ou social são erradas, é necessário explicar que existem crianças com tons de pele diferentes, com necessidades especiais e com ideias diferentes e, acima de tudo, que o normal é sermos todos diferentes logo, é preciso aceitar e respeitar o outro, tal como é!
Podemos realizar com estas crianças, mais pequenas, vários jogos de inclusão, para que melhor interiorizem e aprendam.
No próximo Post deixarei sugestões de alguns atividades que poderão ser trabalhadas com vista à educação para a Inclusão.
Quando a sociedade refere que na Educação deve trazer em si uma Igualdade de Oportunidades, não se assume apenas que, todas as crianças tenham acesso à escola pública.
Quando refletimos sobre Igualdade de Oportunidades devemos aceitar cada criança/estudante como um ser único, que necessita de cuidados específicos que lhe permita ter o mesmo nível se sucesso escolar, independentemente do seu contexto social e familiar, das suas limitações físicas/psicológicas, do seu desenvolvimento emocional e das capacidades financeiras do seu encarregado de educação.
Por esta razão, não chega permitir que todas as crianças possam ir à escola, é necessário também proporcionar-lhes meios para que este acesso ao ensino e à educação seja igual e que as barreiras e entraves existentes sejam minimizados diariamente, por uma escola que se quer Inclusiva.
Seguindo esta linha de reflexão que sempre me acompanha, já aqui apresentei o conceito de Necessidades Educativas Especiais, este ano revisto e alterado e que, de forma legislativa, procura ser um apoio a estudantes que precisem de apoios especiais que lhes garantam o mesmo nível de aprendizagem, desenvolvimento e oportunidade.
Como nunca será demais lembrar este Tema tão primordial, mesmo em tempo de férias escolares, fica aqui uma pequena reflexão que distingue:
Já ouvi em vários debates televisivos a referência à escola como promotora de ensino sobre igualdade, solidariedade, inclusão, etc… concordo em pleno com tais informações, pois a escola é lugar de permanência de crianças e jovens em crescimento e desenvolvimento integral, um lugar que deve propiciar tais momentos e aprendizagens…
Muito embora, deva assumir que, analisando de forma mais prática e concreta me surjam várias dúvidas e questões que gostaria de partilhar com o leitor… se em cada disciplina existe um plano de estudos que o professor deve seguir escrupulosamente, ao longo do ano, e neste plano em nada se fala sobre temas como inclusão/exclusão, tolerância/discriminação…. Passarão para onde estes momentos de ensino/aprendizagem?
Mesmo com professores sensibilizados para tal educação, serão alguns minutos, dentro de uma sala de aula, entre o ensino de uma Equação e da Formação de Rochas, que se sensibilizam estudantes para tais questões?
Será nos meandros dos intervalos, entre pares e com a supervisão de poucos Auxiliares de Ação Educativa que se proporcionam tais momentos? Ou será necessário estruturar novos horários, novas equipas e novos métodos de Educação para o Saber Ser?