Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Conversa entre mim e um/a estudante de Secundário:
«Eu: _ A preparação para o Exame Nacional na escola, se for só com um aluno, é como se fossem explicações!
Estudante: _«Não, nada disso! A relação professor aluno é muito diferente da relação explicador aluno… Estamos muito mais à vontade, nem há comparação!»
O papel de um/a explicador/a é, de facto, muito particular e pode ser de enorme apoio para quem estuda. Não consegue, de todo substituir o papel dos professores e da escola, mas pode ser um complemento a todo este processo de aprendizagem e um facilitador de desenvolvimento na aquisição de conhecimentos.
Com este profissional o estudante sente-se mais à vontade para colocar as suas dúvidas, muitas vezes, repetir estas dúvidas até se sentir mais seguro.
Por vezes existe alguma dificuldade, por parte dos alunos, em organizar e definir um programa de estudo adequado e completo, tarefa que se torna mais fácil com o apoio constante do explicador.
Para além disso, não menos importante, volta e meia o explicador passa a ter um papel de confidente, com necessidade de oferecer um pouco de apoio psicológico/motivacional, apelando à responsabilidade e melhorando a autoestima de quem estuda.
Aproveito este artigo também para felicitar e incentivar todos os explicadores que fazem o seu trabalho com imenso amor e dedicação é um trabalho mais particular e menos visível, no entanto, tão importante e fundamental para quem estuda.
As férias de verão são o sonho de todo o ano letivo, para qualquer estudante… não apenas pela praia e pela piscina, mas também pelos longos dias sem aulas, que permitem as mais variadas brincadeiras e experiências.
Para os mais novos brincar deve ser primordial, pois é bastante importante para o desenvolvimento emocional e cognitivo. Nestas férias permita que a criança utilize muito do seu tempo livre para brincar.
Para isso, muitas famílias terão de travar uma luta constante contra os ecrãs, já que passar horas em frente a estes está muito longe do conceito saudável de brincar.
Para melhorar o desenvolvimento das crianças, permitir as brincadeiras em conjunto é muito proveitoso e enriquecedor, principalmente, se privilegiar as brincadeiras entre pares, ou seja, entre crianças da mesma idade. Neste sentido, se tiver oportunidade de convidar outras crianças para brincarem entre elas, será uma mais valia nestas férias de verão.
Deixe apenas uma proibição: nada de ecrãs enquanto estão juntos…. Certamente que não irão sentir a falta!
Os avós, em muitas famílias têm um papel imprescindível, são motoristas, baby-sitters, educadores, avós e amigos dos mais pequenos… recebem-nos em suas casas, muitas vezes, como um horário de trabalho a cumprir. Têm todas as responsabilidades de cuidadores e de gestão de tempos. Muitas vezes levam os estudantes à escola e a muitas outras atividades extra curriculares… entre todas estas tarefas, procuram educar, regrar e dar o exemplo.
Sem dúvida que facilitam a vida a muitos pais, através de um apoio diário e continuo. Para além de tudo isto, são fonte inesgotável de amor e carinho. Algo que, nem sempre, os mais novos reconhecem ou agradecem. Por vezes, o choque entre gerações, os valores diferentes e a visão educativa diferente faz com que surjam birras e aborrecimentos, em vez de reconhecimento e compreensão.
Está na altura de motivar mais, quem cresce, para a valorização e cuidado com esta geração… é muito importante que as crianças e adolescentes reconheçam a importância dos avós, como exemplo e inspiração de vida, sejam estes avós mais ou menos presentes no quotidiano.
Ouvir as histórias e peripécias dos mais velhos é um privilégio que, muitas vezes, só assumimos quando nos faltam, porque não nos ensinaram a valorizar… e é tão importante esta aprendizagem!
Hoje, deixo este desafio e esta sensibilização… é um privilégio gigante ter avós para ouvir e para abraçar…lembrem isso a quem cresce!!! Reconheçam-no em gestos e atitudes!
Estudante: _ Estava a vir para aqui e falava com o meu pai: agora como vou dizer à explicadora que só tirei 10,5!!???»
Só quem frequenta explicações individuais, ou famílias que têm os seus estudantes a frequentar sabem o quanto esta ajuda é preciosa!
As razões e vantagens são inúmeras e tenho vindo a referi-las imensas vezes, no entanto, hoje gostaria de salientar as duas razões que, para mim, são fundamentais no apoio ao aluno:
Primeira: tal como se percebe pelo diálogo transcrito, a responsabilidade que o/a explicador/a exige ao aluno é diferente, porque lhe demonstrou confiança, facultou-lhe todas as ferramentas que conseguia e acreditou que ele iria conseguir. Quando o aluno obtém uma avaliação pela qual não lutaram juntos, a responsabilidade torna-se clara!
Segunda: o facto do aluno trabalhar com o/a explicador/a semanalmente, proporciona laços de confiança e segurança que, em plena aula e em momentos de avaliação se demonstram, como uma maior motivação para participar e menos receios em momentos de avaliação. O estudante sabe que, naquelas horas com o/a explicador/a, pode expor dúvidas sem vergonha, colocar-se à prova as vezes que precisar e falar sempre abertamente!
Estas não lhe parecem ser razões mais do que suficientes para proporcionar à criança/jovem, tal oportunidade de aprendizagem?
Por isso concluo: não deixe para mais tarde a opção de procurar apoio escolar… este apoio deve ser iniciado em setembro de cada ano letivo e deve ser mantido, ou aumentado, ao longo dos anos escolares seguintes!
Não é uma oferta para alunos com dificuldades de aprendizagem, nem para alunos que precisam de ocupar os tempos livres, é um privilégio para qualquer aluno: sentir esta confiança e responsabilidade!