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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Todas as gerações educam!

É verdade, todas as gerações podem contribuir de forma positiva para um educação completa de quem cresce… o contato com várias pessoas, de várias idades trazem muita riqueza social e emocional e muito conhecimento, seja pela aprendizagem na forma de lidar com o outro, seja pela responsabilidade social, seja pelas histórias e experiências que ouvimos das outras pessoas.

Ainda hoje, nós adultos, conhecemos algumas pessoas com quem adoramos conversar e partilhar experiências, seja pela disponibilidade do outro, seja pela riqueza de diálogos que conseguimos ter.

Por esta razão, deixar que as crianças e jovens contatem e estabeleçam relações sociais e emocionais com outras pessoas, de gerações diferentes é uma mais valia e uma forma de educação impar.

Senão, vejamos:

  • Contato com os estudantes da mesma idade:

Aprendem a conviver entre pares, a fazer cedências a conviver com colegas de opiniões diferentes e gostos diferentes, que têm de aprender a respeitar para conseguir manter um convívio saudável e divertido;

 

  • Contato com gerações mais velhas:

Aprendem a respeitar os mais velhos, em simultâneo escutam histórias de vida diferentes e com outras riquezas. Para além disso, muitas pessoas mais velhas têm um demonstrar de carinho e afetividade muito especial que enriquece os mais novos;

 

  • Contato com gerações mais novas:

 Aprendem a reconhecer as diversas etapas do desenvolvimento humano e a aceitar as limitações relativas a cada idade. Para além disso, desenvolvem o sentido de responsabilidade e de cuidado com o ser mais novo, que exige uma atenção constante.

 

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As tatuagens e os piercings… quando o adolescente quer…

Começa o início da adolescência e, a maioria dos estudantes, muda bastante a sua personalidade, muda os gostos, as vontades, a forma de estar e de pensar… Muda tanto que as famílias sentem que estão a conviver com um desconhecido lá em casa.

A aparência é algo que os adolescentes começam por valorizar imenso, demoram muito tempo a escolher roupa (de acordo com modas e marcas), querem usar acessórios pelos quais antes não demonstravam interesse, querem mudar o estilo e o penteado e, muitas vezes, querem também usar brincos, piercings e tatuagens…

Tudo isto deixa as famílias inseguras, para além de influenciarem o orçamento familiar com estas roupas e objetos de marcas caras, também colocam questões estéticas e de saúde em confronto.

Na minha opinião, esta forma de afirmação parece-me saudável, um corte de cabelo diferente, umas roupas de estilo próprio (que não leve a família à falência) são formas de experimentar papeis e posições na sociedade próprio desta idade.

Quanto aos brincos e piercings depende muito das ideologias da família, que deve conversar em conjunto e definir que permissões… em alternativa, existem sempre brincos falsos (que não é necessário furar a orelha) que podem ser comprados em qualquer centro comercial. Até porque, nestas idades, não existem gostos permanentes e esta alternativa pode facilitar a mediação familiar…

Quanto às tatuagens, não me parece que as famílias devam autorizar antes dos 18 anos. Até porque, se falarem com tatuadores entendidos e sinceros irão explicar que, como o corpo está ainda em formação, a tatuagem vai ficar deformada com o crescimento do jovem e mesmo aos 18 anos é bem provável que tal aconteça. Logo, ficarão com um desenho deformado na pele que não dá para retirar de forma simples. Para além disso, como eu já escrevi, os gostos mudam e seguem muito as modas… as modas são efémeras, portanto, não devem deixar marcas eternas. 

 

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Que tarefas domésticas as crianças podem fazer?

Agora que começaram as férias da Páscoa escolares, de uma forma pouco atípica, as crianças e jovens não devem sair de suas casas, portanto, outras tarefas devem ser incutidas para viverem de forma harmoniosa e produtiva.

Os estudantes devem continuar a:

  • realizar algum estudo diário, com exercícios de fichas, leituras e revisão de matérias;
  • devem manter algum exercícios físico, existem muitas propostas de aulas online, basta escolher;
  • fazer alguns trabalhos manuais que possam ajudar na organização do espaço;
  • brincadeiras diferentes, que podem elaborar de forma muito original;
  • controlar os horários em frente aos ecrãs;
  • realizar as tarefas domésticas, para apoio à família.

Para ajudar na orientação e definição das tarefas domésticas, em anexo, deixo uma tabela que sugere alguns exemplos de tarefas, por idades.

Sendo que, as famílias têm a clara noção daquilo que a criança já é capaz de fazer e, neste momento, em que estão todos em casa, podem também optar por desfiar a criança a realizar tarefas mais responsáveis e complexas, motivando a novas competências e aprendizagens.

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Já podemos ter um periquito? A importância dos animais de estimação

Já lhe começa a parecer uma boa ideia, esta de adotar um animal de estimação, contudo está a questionar se será a idade certa para que o seu filho(a) tenha um… posso referir que, a maioria dos especialistas apontam para que, a partir dos 3 ou 4 anos, a criança já tenha capacidade para conviver com animais como um cão, gato ou roedor, contudo isto depende muito do animal que pretende escolher, se optar por um pássaro, por exemplo, este já não apresenta limite mínimo de idade.

O importante será permitir que a criança conviva com o animal e, acima de tudo, apoie nos cuidados a ter, seja com mimos, alimentação e/ou cuidados de higiene, até mesmo levar ao veterinário… incentivando-se para os cuidados a ter com horários e rotinas…

Entre os 12 e os 14 anos os estudantes já têm a capacidade de cuidar quase autonomamente do seu animal de estimação, sendo que os adultos apenas devem supervisionar essas tarefas.

Com bom senso e reflexão a sua família ficará mais feliz ao partilhar o lar com um agradecido ‘bichinho’… e nunca se esqueça, terá de ser ‘Para Toda a Vida!’

 

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“_Ele não me empresta os lápis de cor”

RELAÇÃO ENTRE PARES

 

Em paralelo com a escola, as crianças e jovens, deparam-se com outro grande momento de desenvolvimentos social e cognitivo, a construção da relação com o Outro. Aqui torna-se fundamental atribuir grande importância ao relacionamento entre os Grupo de Pares, considero este Grupo como crianças que partilham o mesmo espaço, brincam e aprendem juntas, de idades bastante próximas, entre dois ou três anos, no máximo, de diferença.

O estimulo e promoção destes momentos deve ser promovida por todos os educadores, pois este contato desenvolve, nos estudantes, novas capacidades sociais e emocionais, cultiva a auto estima, a afirmação pessoal e promove novas capacidades de resolver problemas, sendo que, relações, entre pares, problemáticas podem desencadear algumas formas de fracasso escolar, como por exemplo, a rejeição ou conflito podem ser inibidores na participação e empenho em contexto sala de aula, ou dificultar trabalhos em grupo.

Estes níveis de interação iniciam-se desde muito cedo nas crianças e desenvolvem-se continuamente até à idade adulta. Assim sendo podem-se estabelecer níveis de desenvolvimento relacional e as diferentes idades:

 

Até aos 4 anos, a maioria das crianças é capaz de ter um melhor amigo e de conhecer os parceiros de quem gosta ou de quem não gosta. No entanto, entre 5% e 10% das crianças experimentam, nesta altura, dificuldades na convivência entre pares, tais como rejeição ou hostilidade. No sentido de melhorar este convívio, o educador deve proporcionar e apoiar momentos de jogos, brincadeiras e partilhas.

 

Entre os 7 e os 11 anos, definido por Piaget, como a ‘Idade da Razão’, chega o momento em que a criança entra para o 1º Ciclo e facilmente consegue estabelecer um conceito de cooperação com os outros e aumenta a capacidade de se colocar no lugar do outro. Surge nesta idade conflitos na partilha de pertences e a culpabilização do outro. Procurando-se aumentar estímulos positivos, devem-se proporcionar às crianças a participação em diferentes grupos de pertença extra escolares e permitir brincadeiras com uma menor supervisão de adultos.

 

Entre os 11 e os 16 anos, a criança começa o caminho da adolescência e desenvolve a consciência clara de que pessoas diferentes têm pensamentos diferentes sobre a mesma ideia ou situação, muitas vezes designada pela ‘idade do armário’ surgem conflitos nos relacionamentos, seja entre pares ou entre gerações. Comportamentos, por vezes, justificados pela necessidade de afirmação ou pedidos de atenção. Neste momento deve-se maturar melhor conceitos de: igualdade, solidariedade, tolerância, justiça e multiculturalismo e, principalmente, sublinhar o conceito de educador como autoridade e segurança.

 

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