Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Existem crianças e jovens com personalidades mais tímidas e com mais dificuldade em se adaptarem às novas rotinas escolares, alguns porque mudaram de escola e com isso apresentam mais dificuldades de integração, outros porque mudaram de turma e já não se sentem tão à vontade, mesmo estando no mesmo estabelecimentos… outros porque, mesmo sem grandes alterações, têm dificuldades nestes processos iniciais de rotina.
Estas questões são muito importantes, a capacidade de adaptação emocional é fundamental para que um estudante se sinta bem em contexto escolar , capaz de aprender e com motivação para adquirir novos conhecimentos.
Em casos mais dramáticos, os estudantes podem viver situações difíceis e complexas, como por exemplo: fobia escolar, depressão, bullying, ansiedade, etc. Portanto, mantenha-se atento, em especial nesta época de início de ano letivo.
Para ajudar à integração do estudante em contexto escolar, pode sempre:
Conversar abertamente sobre estas questões e orientar;
Convidar os colegas de escola para festinhas ou lanches;
Apresentar alunos de outras turmas, mas da mesma escola, conhecidos da família;
Proporcionar momentos de iteração entre estudantes da mesma idade, fora do contexto escolar;
Inscrever em atividades extra curriculares que proporcionem trabalho em grupo;
Reunir com o diretor de turma, sempre que seja necessário;
Conversar com algum colega de turma para perceber alguma realidade que suscite dúvidas, sempre com autorização do respetivo encarregado de educação;
Ajude e oriente nos trabalhos de grupo;
Solicitar apoio psicológico, sempre que se justifique;
Se na publicação anterior fiz referência a várias atitudes que não aconselho as famílias a fazerem, agora que as aulas iniciam, hoje, venho trazer o outro lado destes conselhos, ou seja, venho apresentar algumas propostas daquilo que poderão fazer para apoiar a integração dos estudantes nas novas rotinas de um novo ano escolar, que agora se inicia.
Assim, devem:
Conversar sobre as experiências e vivências do dia de aulas, em família, ao jantar ou num outro momento dedicado às conversas familiares;
Seja muito exigente na responsabilização por organização, tarefas e horários, é algo que tem de ser iniciado já, e só acabará no final do ano letivo;
Controle os horários em frente aos ecrãs, como jogos, chats, vídeos, etc., são hábitos que agora terão de ser muito mais regrados;
Defina horários diários de estudo, existam ou não testes, TPC’s, fichas, etc., é necessário estudar todos os dias;
Controle horários de sono, hábitos de higiene e cuidados alimentares, tudo isto tem uma influência enorme no quotidiano escolar e nas capacidades de aprendizagem;
Se existiu uma mudança de escola, conheça as novas instalações, os novos amigos e reúna com o diretor de turma, para reconhecer a nova realidade do estudante;
Supervisione os cadernos diários, a organização e os cuidados com os materiais escolares, esta responsabilização é primordial, ao longo de todo o ano.
Se considera que serão necessárias explicações ou apoio escolar, comece já, não deixe essas opções para depois dos resultados menos bons.
Seja benevolente, nos primeiros dias é normal os esquecimentos de materiais escolares, TPC’s e alguma desorganização.
Estamos prestes a (re)iniciar um ano letivo, as famílias deparam-se com uma gigante alteração de rotinas e uma nova gestão de horários, que se devem conciliar entre a escola, as explicações, o desporto e umas quantas atividades extra curriculares. Para as famílias numerosas, tudo isto de multiplica deixando todos ‘à beira de um ataque de nervos’…
Como, neste momento, todas as ajudas são bem vindas, aqui ficam algumas dicas do que não deve fazer, ao seu educando, nos primeiros dias de aulas:
Não o inscreva em todas as atividades extra curriculares, antes de conhecer horários e rotinas, para não sobrecarregar um início, já por si cansativo;
Não esteja constantemente a ligar-lhe para perguntar se está tudo bem e o que já aconteceu durante as aulas, terão tempo ao jantar para essas conversas;
Não o deixe deitar tarde, nem levar o telemóvel para o quarto à noite, ou de manhã será o caus para acordar e andará o dia todo cansado;
Não lhe organize a mochila e os materiais… e não faça por ele aquilo que ele já deve ser capaz de fazer, muito embora, no início aconteçam falhas, é sempre melhor começar já a responsabilização;
Não acredite em todas as histórias que lhe contam, seja do próprio estudante ou de outro interveniente, cada pessoa tem sempre a sua versão própria, portanto mantenha-se imparcial e crítico;
Não seja demasiado controlador, é necessário demonstrar confiança e respeito por quem cresce, mantenha a atenção de forma discreta e calma.
Não compare estudantes, nem com os irmãos nem com outros colegas ou amigos, todos somos diferentes e temos o direito a ser respeitados nessa diferença.
Não use os chat’s de encarregados de educação para criticar alunos ou professores...
Agora que a escola terminou, os estudantes sentem uma liberdade tal que, nestes primeiros dias de férias, os transformam… querem fazer tudo o que lhes apetece, teimam em não querer respeitar horários ou obrigações. No entanto, as famílias terão de ser ponderadas e exigir algumas regras e responsabilidades, para que as férias de uns não interfiram com o bem estar e o respeito por todos os outros elementos familiares.
Assim, em tempo de férias estabeleça alguns limites:
Limite os tempos de utilização em frente a ecrãs;
Estabeleça horários para dormir e acordar;
Estabeleça horários de refeições;
Proporcione momentos de qualidade, em família;
Exija momentos de estudo e de leitura;
Permita momentos de diversão com amigos, com regras definidas;
«Eu: _ Se tirares negativa os teus pais podem deixar-te de castigo?
Estudante: _Sim… tiram-me tudo… Não há nada pior que se possa fazer a uma criança do que lhe tirar tudo…»
Algumas famílias propõem determinadas exigências aos mais pequenos, que nem sempre conseguem ver concretizadas, isto leva a que seja necessário tomar medidas, entre elas surgem os castigos, é-lhes retirado objetos, tempos em frente aos ecrãs, etc., por norma, estes castigos acabam por surtir o efeito desejado e as crianças, ou jovens, moderam ou alteram as suas atitudes, pois perceberam que não estão a ser corretos e com isso recebem estímulos nada agradáveis.
No entanto, existem famílias que referem que esta forma de castigar não funciona com o seu estudante, pois ele não demonstra grande preocupação em ficar privado de momentos que aprecia, logo, os castigos não se apresentam práticos ou punitivos.
Nesta situação, antes que as família desesperem, posso sugerir dois simples conselhos, com o objetivo de surtir o mesmo efeito, ou seja, a mudança de atitude:
Apelar aos estímulos emocionais e de responsabilização, sempre que o criança ou jovem não tem a atitude mais correta e existe a necessidade de esclarecer e orientar, demonstre que o estudante o/a desapontou, que está muito triste, com grande desilusão e torne-se emocionalmente mais distante… algumas crianças e jovens responsabilizam-se mais rapidamente interpretando estes sinais emocionais e desenvolvem empatia por sentimentos e emoções, tornando-os mais capazes de perceber e se responsabilizarem pelas próprias ações e atitudes.
Exigir uma contribuição maior em tarefas diárias para ajudar a família, como por exemplo, fazer algumas limpezas extra, ou atribuir-lhe algumas funções pouco desejadas pelas crianças/jovens que, por hábito, não são da sua responsabilidade. Para que tal traga o efeito desejado, nunca poderá ser benevolente ou permitir que a tarefa não seja executada na totalidade!
As famílias, melhor do que ninguém, conseguem perceber a melhor forma de orientar, premiar, castigar, e educar os seus… Sem violência ou exageros, mas com muita assertividade nas decisões! Crianças com famílias assertivas tornam-se muito mais seguras e tranquilas!