Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Este título assusta qualquer aluno que esteja, neste momento, a aproveitar as suas merecidas férias… no entanto, é preciso lembrar que estas férias são muito longas e que, facilmente, se perdem ritmos de estudo e motivação para a aprendizagem.
Com tudo isto, não quero afirmar que os estudantes devem estudar nas férias, como se estivessem em tempo de aulas, até porque os momentos de lazer proporcionam, também, excelentes momentos de aprendizagem. Por exemplo, o convívio entre pares, nestes momentos, proporciona um grande desenvolvimento social e emocional:
Aceitar a opinião do outro;
Mediar ideias e opiniões;
Respeitar as diferenças;
Aprender a ceder;
Aprender a impor decisões;
Tudo isto é desenvolvido fora das salas de aula, mas é tão importante como aquilo que lá se aprende, ou seja, aprender a viver em sociedade, defendendo ideias e sabendo mediar interesses.
Portanto, ao longo destes dias de férias, é importante proporcionar, a quem cresce, estes momentos de encontro, de saídas e de brincadeiras com os amigos da mesma faixa etária… sempre com regras e limites que têm de ser respeitados.
A escola é um lugar de aprendizagem por excelência, no entanto, não é o único lugar onde se aprende e onde se forma. Existem variados locais de ensino, seja de desporto, seja de arte, seja de conceitos morais e sociais e, nos dias de hoje, a maioria dos estudantes frequentam mais alguns desses espaços, seja pelo incentivo familiar ou pelo gosto pessoal.
Se estes são momentos de aprendizagem, claramente, não teremos nada a apontar contra…a necessidade é simples, saber balizar todos estes tempos e momentos de forma a que, a cada criança e jovem, reste tempo para descansar, brincar e estudar.
Quando as crianças fazem um ‘corre, corre’ diário para participar em muitas atividades, para além da escola, cabe às famílias iniciar uma reflexão e uma nova tomada de atitude para que não se instale uma rotina stressante e desgastante para todos, ou então, todas estas aprendizagens ficarão pela metade, pelas expectativas não correspondidas, pelo estar sem sentir ou aprofundar….
Este é mais um escrito de alerta, neste início de ano letivo, porque já assisti a situações muito próximas deste limite, que retiram às crianças tempo de serem crianças, aos jovens tempo de o serem… em completo… e às famílias tempo de estarem…