Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Estudante: _Sei… Quer dizer, sei… mas não sei explicar…»
Esta é uma das respostas que ouço com frequência, sempre que o assunto se trata de novas matérias a interpretar e memorizar. Quando a resposta é esta, normalmente significa que os estudantes conseguem identificar a matéria aprendida e adquiriam também algumas noções sobre o assunto.
No entanto, falta muito mais; falta o domínio dos conteúdos, falta a memorização dos termos adequados e falta capacidade de aplicação na prática, através de exercícios.
Isto revela que, o primeiro passo já foi dado, ao encontro de novos conhecimentos, agora com a motivação e interesse por aprofundar o que já está na mente, tudo se consegue.
Então, “se sabes… mas não sabes explicar…” volta a estudar a matéria, faz uns pequenos resumos ou tópicos e, depois, é só realizar alguns exercícios para confirmar que não existem dúvidas…depois sim: saberás e saberás explicar….
«Estudante: Tenho de fazer uma composição sobre uma pessoa famosa… não conheço ninguém e não sei o que escrever….
Eu: Se gostas de tocar guitarra, também gostas de ouvir música, certo?
Estudante: Gosto… bastante…
Eu: O que gostas mais de ouvir?
Estudante: Nirvana…. Ah… posso escrever sobre kurt Cobain???
Eu: Sabes alguma coisa sobre ele?
Estudante: Sei algumas coisas….»
Por vezes, ao longo das explicações, desenvolvia conversas paralelas com o estudante, se alguém ouvisse certamente poderia achar uma perda de tempo este desvio de tema, que fica muito longe da disciplina de Ciências… de História… etc… Lamento, mas discordo! Se concretizo algumas destas ditas ‘conversas paralelas’ é porque me interesso por quem está à minha frente, esse estudante não é apenas importante porque vai tirar boas notas nos testes… para mim importa saber o que o torna ansioso, nervoso, desmotivado, inseguro… aquilo que o motiva, alenta, desperta curiosidade… nestas conversas percebo o estádio de desenvolvimento emocional, as capacidades de raciocínio, de abstração e de memória… reconheço as caraterísticas que fazem o João, o Pedro, a Mariana, único/a e diferente de tantos outros meninos e jovens da mesma idade…
Portanto assumo esta minha necessidade de conversar com as crianças e com os jovens… de aprender com eles tudo aquilo que, diariamente têm para me mostrar.