Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Desenganem-se as famílias que consideram que os seus educandos podem aprender tudo dentro de um recinto escolar. A educação está muito para além das disciplinas e da formação facultada no ensino formal. Ter educação é ter um conjunto de saberes, valores e ideias que se aprendem vivendo intensamente, nos mais diversos contextos de vida. E, neste sentido as famílias têm um papel fundamental na orientação e no proporcionar de tais experiências de vida, para tornarem o seu educando um pleno cidadão, consciente dos seus direitos e deveres.
Estes são alguns dos exemplos de Educação que não se adquirem nos bancos de escola, nem nos manuais escolares:
Educação emocional: é no convívio entre pares (mesmas idades), nos recreios e em outras atividades extra escolares que mais acontece;
Educação financeira: as famílias têm um papel fundamental nestes ensinamentos, através da gestão das mesadas e do ensino da poupança;
Educação para a sexualidade: embora exista legislação para que esta educação ocorra nas escola, tal não acontece, portanto, é imprescindível que a família assuma esta educação;
Educação moral e religiosa: as escolas oferecem apenas uma disciplina e é facultativa, portanto são as famílias que decidem se querem, ou não, acrescentar esta forma de educação a quem cresce, além disso, esta disciplina não contempla todas as religiões;
Educação Política: a consciência política, partidária e cívica não é ensinada nas escolas, a sensibilização deve começar em casa, assim como deve existir uma procura de informação pessoal;
Educação para as tarefas domésticas: não é aprendizagem menor saber limpar, saber cozinhar e saber cuidar da casa de quem nela vive, estas aprendizagens realizam-se em famílias e são fundamentais para um adulto autónomo e responsável.
Já há tantos anos que, por cá escrevo este blogue… na grande maioria das vezes, escrevo sobre educação… às vezes partilho inquietações, muitas vezes apresento sugestões de estudo, e outras tantas vezes, partilho opiniões. Para tal baseio-me na minha experiência e em pesquisas e leituras realizadas, depois de vários anos a estudar na faculdade sobre Educação…
Mas este espaço, sendo simplesmente meu… é público e está partilhado, apenas para quem quiser ler… para quem quiser refletir comigo e valorizar a partilha!
Este blogue, embora direcionado à minha parte profissional é extremamente pessoal, são as minhas experiências que partilho, são as minhas interpretações que escrevo e é através dos meus olhos que as vejo e que as assimilo e, cada olhar pode observar coisas diferentes, ter diferentes formas de interpretação… faz todo o sentido que assim seja… O que aqui podem ler, chega através dos meus olhos e é interpretado com os meus valores e conceitos!
Não quero com isto dizer, que as vossas partilhas em comentários e conversas não me ajudem a desconstruir e reconstruir… Antes pelo contrário, só tenho a agradecer a generosidade com que comentam este Educar(com)Vida e a motivação que constantemente recebo!
Portanto, sempre que não concordar, ou sempre que concordar… pode, ou não partilhar nos comentários… com respeito e liberdade, podemos partilhar tantos e tão diferentes olhares… porque a Educação será sempre pluridisciplinar… e eu ainda tenho muito para partilhar e para aprender!
As escolas de 1º ciclo, são pequenas, facilmente todos se conhecem… mas as escolas de 2º, 3º ciclos e secundários são gigantes construções que albergam centenas de alunos e profissionais educativos.
No entanto, num espaço tão amplo e com tantas pessoas, as novidades e as notícias correm a grandes velocidades… o que acontece na turma Y, em contexto sala de aula, já é do conhecimento da maioria das turmas nos próximos 90 minutos, sendo que, no final do dia já todas as pessoas sabem, mesmo que a verdade já esteja bem deturpada.
Isto traz animação diária ao espaço escolar, mas traz também muita ansiedade, quando a notícia/novidade é o próprio aluno, que se sente desrespeitado e envergonhado… numa situação muito próxima do bullying, porque enquanto as novidades não forem outras aquele aluno será apontado e criticado.
Claro está que, entretanto novas situações aconteceram e o centro das atenções transforma-se rapidamente, mas é necessário que toda a comunidade escolar esteja atenta a tais situações, de forma a controlar e respeitar, o melhor possível, situações de descriminação ou bullying.
Em casa, também é importante explicar ao estudante a realidade destas situações, sendo que tudo tem os seus limites e o respeito deve imperar sempre… ‘porque o que aconteceu ao outro, pode acontecer contigo’!
As escolas são lugares muito propícios a aprendizagens, mas não apenas às aprendizagens escolares, os relacionamentos interpessoais, a partilha de emoções, a necessidade de mediar interesses e conflitos, questionar situações e conviver com justiças/injustiças acontece dentro dos muros escolares, dentro e fora da sala de aula e para além dos muros, através da convivência social.
Portanto, a escola é um lugar que fervilha de emoções, porque uns amigos se zangaram, alguém trouxe um objeto novo, ouve-se uma música nova, alguma coisa foi roubada, andaram à ‘bulha’, deram o primeiro beijo…….
Para além disso as notícias correm apressadamente… nada se consegue esconder… não existem segredos bem guardados, ninguém controla a vivacidade das crianças e jovens.
As escolas são micro sociedades que incubam pessoas, preparam-nas para a vida adulta, fazem parte da realidade de todos os alunos de forma muito grudada… de tal forma que eles adoram e detestam a escola… sem medida certa, de onde começa um sentimento e acaba outro… Na escola tudo acontece!
Hoje, a minha proposta é praticamente um desafio, principalmente, para as famílias que têm em casa adolescentes. Este Post vem propor-vos um dia sem meios de comunicação, em família.
O desafio é desligarem a TV e a internet, deixarem em casa todos os ecrãs e aproveitarem o dia ao ar livre, dando mais importâncias às conversas, ao carinho, aos jogos tradicionais e privilegiarem o ar livre de um jardim ou de uma praia.
Embora seja quase uma ‘guerra aberta’ para os adolescentes e jovens, a proposta deve ser encarada como forma de desenvolvimento intelectual e emocional, já que estas dependências podem tornar-se algo de sério nestas novas gerações…
Escolham o dia da semana que possa ser melhor aproveitado, em família… e experimentem!!!