Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Para os mais distraídos recordo que, este ano letivo, alguns alunos irão ter as suas Provas de Final de Ano em formato digital. Isto acontecerá para os alunos de 4º, 6º e 9º anos.
Como será uma nova experiência, já que nos anos anteriores estas Provas foram concretizadas em papel, o Governo decidiu que, no decorrer deste fevereiro, os alunos irão realizar uma Prova Ensaio para se familiarizarem com esta forma de avaliação.
Em termos concretos, as Provas- Ensaio terão a duração de 45 minutos, os alunos devem executá-la no computador disponibilizado pela escola e caberá à escola decidir se contará, ou não, para a avaliação contínua dos alunos.
Ao conversar com alguns alunos reconheço nervosismo, ansiedade e dificuldades em utilizar os computadores… «não sei como vou fazer em matemática… como faço áreas, volumes e raízes…!?» (estudante 9º ano). Parece-me também que existem dificuldades na escrita, na colocação de acentuação, etc…
Ainda não consegui reconhecer a mais valia que esta mudança trará, já que será sempre necessário a avaliação profissional em cada prova…
Car@s leitores/as passem e deixem as vossas experiências…várias provas ensaio já foram concretizadas...como correu?
No início deste ano letivo fomos confrontados pelas notícias de TV, jornais e revistas, que o Ministério da Educação Português deixava orientações para uma restrição do uso dos telemóveis nas escolas… pois estudos indicavam que estes equipamentos constrangem o processo de aprendizagem!
Eu estive atenta às notícias, não recebi a notícia apenas agora, mas preferi não escrever sobre o assunto, porque queria perceber na realidade, através dos estudantes com quem contacto, como isto se iria desenvolver na prática.
Entretanto, já se passaram muitos dias de aulas e já conversei com vários alunos, aqui desta zona onde vivo, sobre o assunto.
Pelo que percebi, as escolas públicas não apresentaram nenhuma novidade sobre o tema, nem informaram os encarregados de educação de qualquer medida proibitiva, ou mesmo orientadora, relativamente a estes equipamentos.
Nos colégios privados, o uso de computadores ou tablet’s é uma realidade em sala de aula, embora os telemóveis estejam proibidos em todo o recinto escolar, mas esta medida já acontece há anos, sem que tenha surgido alguma novidade!
De facto, não me parece que o impacto de tais orientações tenham chegado fortemente às escolas locais… no entanto, deixo a questão aos leitores, que poderão espelhar e relatar outras realidades!!???
A minha opinião
Claro que, relativamente ao assunto tenho uma opinião concreta e particular que posso aqui partilhar, por ser pertinente o acrescento!
Para mim, não podem ser as escolas a educar para questões tão particulares como esta: o tempo de utilização de tais equipamentos tem de ser gerido em casa, na família!
É fundamental que a família saiba quantas horas o estudante passa com o telemóvel e aquilo que faz nele… sendo que, para além disso terão obrigatoriamente de ser exemplo…
Se o pai/mãe estão ao telemóvel constantemente, claro que a criança também o deseja, é demasiado evidente!
No entanto, não quero com isto dizer que a escola não deva ter uma palavra a dizer sobre o uso de telemóvel no seu recinto!
Obviamente que os telemóveis não são necessários para dentro da sala de aula, nem para os recreios e zonas de convívio!
A pergunta dos pais é sempre a mesma: _ e se o meu filho precisa de me ligar? _ Para mim, um hábito desnecessário e que retira o aprender a ser responsável… a criança tem de se habituar a não ligar para os pais sempre que surge uma nova situação, ou um pequeno problema!
Sendo que, em situações sérias, é a própria escola a ligar com a família… era assim no meu tempo de escola e no vosso tempo de escola também… certo?
Claro que, quando converso com os estudantes sobre o assunto, nenhum deseja ter de deixar o telemóvel em casa, até porque muitos adolescentes têm grande dependência destes equipamentos, sem terem a mínima noção do quanto os prejudica…
No meu tempo era assim, as turmas A e B eram sempre as que obtinham os melhores resultados e as que beneficiavam dos professores com mais anos de escola. Parecia que os alunos eram escolhidos a dedo, de forma a ficarem os melhores todos juntos… para o final do alfabeto ficavam os que apresentavam mais dificuldades de aprendizagem, os que reprovavam, também… Com isto, alguns, defendiam que era uma promoção de condições de aprendizagem, onde uns incentivavam os outros na obtenção de melhores resultados…
Agora coloco-vos a questão:
Isto ainda acontece nas vossas realidades, nas vossas escolas, nas escolas dos vossos filhos? Parece-vos a melhor opção, fazer esta seleção de competências? Será que existe uma efetiva promoção das melhores condições para aprender? Será esta a melhor estratégia? Existirão outras estratégias mais adequadas?
É algo que me inquieta, desde dos meus tempos de 3º ciclo, quando percebi que tal situação estava presente, no meu quotidiano escolar… Inquieta-vos hoje?