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Educar (Com)Vida

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.

A solidão dos adolescentes

Sempre surgiu em conversa a vida nas escolas… agora tornou-se o assunto do momento, porque os média tornam-no evidente, até muito motivados pela mini série do momento, que já aqui escrevi. Mas estes são assuntos que há muito converso e reflito com adolescentes e jovens!

Pelas conversas e convívio, ao longo de anos, denoto que a escola é um outro mundo na vida de quem cresce, um mundo afastado da família, um mundo onde existe solidão e onde estes adolescentes se sentem ‘entregues aos leões’…

Refiro que esta série me faz reconhecer aquilo que eu já sentia há muito: que os alunos se sentem sozinhos, dentro daquela instituição… sem a família para apoiar e, muitas vezes, sem os amigos, porque ‘são muito competitivos’ e nem sempre se valoriza a amizade como se deveria!

Circula entre eles uma espécie de bullying constante, fruto desta competição, fruto da exposição nas redes sociais, fruto da necessidade de serem os melhores, de serem notados… uma vontade de criticar para encontrar o seu próprio ego, um ego por si frágil… ou para receberem uma atenção momentânea!

Pelo que vou conversando, estes duplos significados dos emojis ‘não é tanto assim’, existem sim, os duplos significados… aos anos que existem!!!!… mas a grande maioria não lhe atribui um peso tão negativo, parece-me… parece-lhes!

Contudo os telemóveis e as redes sociais são um perigo para os adolescentes; porque eles passam horas a jogar, se for necessário: ‘a noite toda’… isto não pode ser mentalmente, nem fisicamente saudável. Porque eles ficam horas a ver vídeos que os deixam apáticos, intoleráveis, preguiçosos e sem criatividade. Porque o bullying está por ali, entre ‘conversas venenosas’ e grupos criados apenas para a crítica…

 Sei que as escolas referem grandes avanços pelo facto de terem proibido os telemóveis no recinto escolar… mas em casa, já ouviram os pais? Será que os alunos não chegam ‘sedentos do telemóvel’ e nem se conseguem controlar no seu uso?

As famílias precisam de controlar o acesso e o tempo utilizado em ecrãs, sim! Com muita urgência, pulso firme e consciência! Com um único objetivo: proteção e cuidado!

Se estes adolescentes se sentem sozinhos, porque não falam em casa? (Estará a pensar!) Porque não querem que os pais ‘se sintam maus pais’, que falharam na educação e no apoio… porque embora sejam o seu porto seguro, não querem mostrar esta realidade paralela, não querem preocupar, nem exigir responsabilizações…

Estou com estes adolescentes de forma privilegiada, de forma individual. As conversas são particulares e a confiança é maior. Aqui não está presente o grupo, os outros! Aqui eles são sinceros, tranquilos, dedicados e curiosos. Mostram-me que os seus corações e almas estão repletas com muito de bom! Há esperança no ar!

 

 

Nota: estes trechos que deixo entre aspas são palavras ditas por adolescentes, jovens, famílias, em conversas sobre tudo isto. E mesmo assim, ficou tanto por escrever…

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Quando o professor faz perguntas!

Todos sabemos que a participação nas aulas é fundamental, demonstra atenção na matéria lecionada e interesse, até mesmo tirar dúvidas durante a aula é importante e demonstra que o aluno está, de facto, preocupado em tentar entender e aprender.

Mas, para os alunos mais tímidos, participar e colocar questões perante toda a turma é muito constrangedor e raramente o fazem, mesmo sabendo que o silêncio pode ser mais prejudicial do que benéfico.

O mesmo acontece quando são os professores a interpelarem o aluno, de forma individual. A maioria dos alunos pensa que, ao colocar questões ou propor ir resolver exercícios ao quadro é forma de exposição negativa pois, ao falharem, demonstram as suas fraquezas perante todos os colegas. No entanto, estas são entendidas como estratégias positivas para os professores, pois podem perceber se realmente a aprendizagem está a acontecer e se está a ser contínua. E, também, ao orientarem o aluno na realização de exercícios  torna-se mais fácil esclarecer dúvidas e apoiar na concretização de um novo saber fazer.

É, por isso, importante que converse com o seu estudante sobre este tema, esclarecendo que, o professor sempre que interpela um aluno está a tentar ajudar e a procurar uma avaliação positiva, não está com interesse em envergonhar ou em denegrir a imagem perante os colegas. Por esta razão é que alguns professores direcionam as suas questões para aqueles que apresentam mais dificuldades, até porque, sempre que o aluno está no quadro a resolver algo com o professor memoriza melhor cada passo e cada explicação. Retirem estes receios aos estudantes, certamente sentir-se-ão mais confortáveis em sala de aula!

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O que os pais não devem fazer nos primeiros dias de aulas?

Estamos prestes a (re)iniciar um ano letivo, as famílias deparam-se com uma gigante alteração de rotinas e uma nova gestão de horários, que se devem conciliar entre a escola, as explicações, o desporto e umas quantas atividades extra curriculares. Para as famílias numerosas, tudo isto de multiplica deixando todos ‘à beira de um ataque de nervos’…

Como, neste momento, todas as ajudas são bem vindas, aqui ficam algumas dicas do que não deve fazer, ao seu educando, nos primeiros dias de aulas:

  • Não o inscreva em todas as atividades extra curriculares, antes de conhecer horários e rotinas, para não sobrecarregar um início, já por si cansativo;
  • Não esteja constantemente a ligar-lhe para perguntar se está tudo bem e o que já aconteceu durante as aulas, terão tempo ao jantar para essas conversas;
  • Não o deixe deitar tarde, nem levar o telemóvel para o quarto à noite, ou de manhã será o caus para acordar e andará o dia todo cansado;
  • Não lhe organize a mochila e os materiais… e não faça por ele aquilo que ele já deve ser capaz de fazer, muito embora, no início aconteçam falhas, é sempre melhor começar já a responsabilização;
  • Não acredite em todas as histórias que lhe contam, seja do próprio estudante ou de outro interveniente, cada pessoa tem sempre a sua versão própria, portanto mantenha-se imparcial e crítico;
  • Não seja demasiado controlador, é necessário demonstrar confiança e respeito por quem cresce, mantenha a atenção de forma discreta e calma.
  • Não compare estudantes, nem com os irmãos nem com outros colegas ou amigos, todos somos diferentes e temos o direito a ser respeitados nessa diferença.
  • Não use os chat’s de encarregados de educação para criticar alunos ou professores...

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Como conquistar 25% da nota, em cada disciplina!?

Os alunos preocupam-se muito com as avaliações e notas finais, no entanto, valorizam apenas os resultados das fichas de avaliação e esquecem-se que a avaliação é continua e que, muitas outras coisas são tidas em consideração, no momento de receberem uma avaliação justa, a cada período/semestre escolar.

Por isso, hoje venho lembrar que existe uma parte da avaliação continua chamada de Atitudes e Valores, onde os comportamentos, responsabilidades e atitudes demonstradas são analisadas pelos professores de cada disciplina e que faz ponderar sobre a avaliação final, a cada tempo letivo. Estas Atitudes e Valores têm um valor de cerca de 25% da nota e, podem alterar a avaliação espectável, dependendo de cada aluno.

Assim sendo, se queres receber 25% de boa avaliação, trata de:

  • Ser assíduo e pontual;
  • Manter o caderno diário bem organizado e com toda a matéria;
  • Leva sempre o material e manual solicitado;
  • Mostra-te atento e responsável nas aulas;
  • Não sejas perturbador na sala;
  • Sê amigo e tolerante, dentro e fora da sala;
  • Assume os teus erros e pede desculpa, sempre que necessário;
  • Demonstra que estudas diariamente e tira dúvidas;
  • Respeita professores, auxiliares e colegas;
  • Colabora nas atividades e aceita os desafios dos professores;
  • Se fores chamado à atenção, pede desculpa e ‘refila’ menos;

Vês!!! Se analisares com calma, esta percentagem de excelente avaliação é muito simples de conquistar e um orgulho de apresentar! Ter boas notas passa, também, por seres responsável! 

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O meu teste é igual ao da outra turma… basta decorá-lo…

Diálogo entre mim e um/a estudante de 3º ciclo:

Estudante: _ Já tenho o teste de História que vou fazer amanhã…

Eu: _ Como arranjaste?

Estudante: Um colega de outra turma fez o teste ontem e é igual de certeza, ele tirou fotos à escondidas e mandou-me…»

 

Esta forma que aqui apresento é das mais erradas de se fazerem, mas muitas são as formas de se conseguir um teste, antes de o fazer… porque os testes são iguais entre turmas e eles pedem emprestado, já corrigido… porque alguns ATL’s guardam cópias de testes de anos anteriores e facultam, como forma de estudo, ou porque o professor utiliza as fichas que estão disponíveis na internet e algum aluno encontrou o mesmo site

Certo é que, na minha opinião, decorar uma ficha de avaliação não é, nem nunca será aprendizagem… tirar boas avaliações, sem estudo é realmente um talento, mas não é aprendizagem, nem conhecimento das matérias a estudar.

Para mim, utilizar fichas e outros testes após horas de estudo, de forma a pôr em prática o aprendido e a perceber quais as dúvidas, parece-me uma boa técnica. No entanto, quando se memoriza uma ficha, apenas para a realizar horas depois, é certo que não se aprendeu nada sobre a matéria e, portanto, não terá utilidade no futuro…nem no ano letivo seguinte!

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