Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Todos sabemos que a participação nas aulas é fundamental, demonstra atenção na matéria lecionada e interesse, até mesmo tirar dúvidas durante a aula é importante e demonstra que o aluno está, de facto, preocupado em tentar entender e aprender.
Mas, para os alunos mais tímidos, participar e colocar questões perante toda a turma é muito constrangedor e raramente o fazem, mesmo sabendo que o silêncio pode ser mais prejudicial do que benéfico.
O mesmo acontece quando são os professores a interpelarem o aluno, de forma individual. A maioria dos alunos pensa que, ao colocar questões ou propor ir resolver exercícios ao quadro é forma de exposição negativa pois, ao falharem, demonstram as suas fraquezas perante todos os colegas. No entanto, estas são entendidas como estratégias positivas para os professores, pois podem perceber se realmente a aprendizagem está a acontecer e se está a ser contínua. E, também, ao orientarem o aluno na realização de exercícios torna-se mais fácil esclarecer dúvidas e apoiar na concretização de um novo saber fazer.
É, por isso, importante que converse com o seu estudante sobre este tema, esclarecendo que, o professor sempre que interpela um aluno está a tentar ajudar e a procurar uma avaliação positiva, não está com interesse em envergonhar ou em denegrir a imagem perante os colegas. Por esta razão é que alguns professores direcionam as suas questões para aqueles que apresentam mais dificuldades, até porque, sempre que o aluno está no quadro a resolver algo com o professor memoriza melhor cada passo e cada explicação. Retirem estes receios aos estudantes, certamente sentir-se-ão mais confortáveis em sala de aula!
Estamos prestes a (re)iniciar um ano letivo, as famílias deparam-se com uma gigante alteração de rotinas e uma nova gestão de horários, que se devem conciliar entre a escola, as explicações, o desporto e umas quantas atividades extra curriculares. Para as famílias numerosas, tudo isto de multiplica deixando todos ‘à beira de um ataque de nervos’…
Como, neste momento, todas as ajudas são bem vindas, aqui ficam algumas dicas do que não deve fazer, ao seu educando, nos primeiros dias de aulas:
Não o inscreva em todas as atividades extra curriculares, antes de conhecer horários e rotinas, para não sobrecarregar um início, já por si cansativo;
Não esteja constantemente a ligar-lhe para perguntar se está tudo bem e o que já aconteceu durante as aulas, terão tempo ao jantar para essas conversas;
Não o deixe deitar tarde, nem levar o telemóvel para o quarto à noite, ou de manhã será o caus para acordar e andará o dia todo cansado;
Não lhe organize a mochila e os materiais… e não faça por ele aquilo que ele já deve ser capaz de fazer, muito embora, no início aconteçam falhas, é sempre melhor começar já a responsabilização;
Não acredite em todas as histórias que lhe contam, seja do próprio estudante ou de outro interveniente, cada pessoa tem sempre a sua versão própria, portanto mantenha-se imparcial e crítico;
Não seja demasiado controlador, é necessário demonstrar confiança e respeito por quem cresce, mantenha a atenção de forma discreta e calma.
Não compare estudantes, nem com os irmãos nem com outros colegas ou amigos, todos somos diferentes e temos o direito a ser respeitados nessa diferença.
Não use os chat’s de encarregados de educação para criticar alunos ou professores...
Os alunos preocupam-se muito com as avaliações e notas finais, no entanto, valorizam apenas os resultados das fichas de avaliação e esquecem-se que a avaliação é continua e que, muitas outras coisas são tidas em consideração, no momento de receberem uma avaliação justa, a cada período/semestre escolar.
Por isso, hoje venho lembrar que existe uma parte da avaliação continua chamada de Atitudes e Valores, onde os comportamentos, responsabilidades e atitudes demonstradas são analisadas pelos professores de cada disciplina e que faz ponderar sobre a avaliação final, a cada tempo letivo. Estas Atitudes e Valores têm um valor de cerca de 25% da nota e, podem alterar a avaliação espectável, dependendo de cada aluno.
Assim sendo, se queres receber 25% de boa avaliação, trata de:
Ser assíduo e pontual;
Manter o caderno diário bem organizado e com toda a matéria;
Leva sempre o material e manual solicitado;
Mostra-te atento e responsável nas aulas;
Não sejas perturbador na sala;
Sê amigo e tolerante, dentro e fora da sala;
Assume os teus erros e pede desculpa, sempre que necessário;
Demonstra que estudas diariamente e tira dúvidas;
Respeita professores, auxiliares e colegas;
Colabora nas atividades e aceita os desafios dos professores;
Se fores chamado à atenção, pede desculpa e ‘refila’ menos;
Vês!!! Se analisares com calma, esta percentagem de excelente avaliação é muito simples de conquistar e um orgulho de apresentar! Ter boas notas passa, também, por seres responsável!
Estudante: _ Já tenho o teste de História que vou fazer amanhã…
Eu: _ Como arranjaste?
Estudante: Um colega de outra turma fez o teste ontem e é igual de certeza, ele tirou fotos à escondidas e mandou-me…»
Esta forma que aqui apresento é das mais erradas de se fazerem, mas muitas são as formas de se conseguir um teste, antes de o fazer… porque os testes são iguais entre turmas e eles pedem emprestado, já corrigido… porque alguns ATL’s guardam cópias de testes de anos anteriores e facultam, como forma de estudo, ou porque o professor utiliza as fichas que estão disponíveis na internet e algum aluno encontrou o mesmo site…
Certo é que, na minha opinião, decorar uma ficha de avaliação não é, nem nunca será aprendizagem… tirar boas avaliações, sem estudo é realmente um talento, mas não é aprendizagem, nem conhecimento das matérias a estudar.
Para mim, utilizar fichas e outros testes após horas de estudo, de forma a pôr em prática o aprendido e a perceber quais as dúvidas, parece-me uma boa técnica. No entanto, quando se memoriza uma ficha, apenas para a realizar horas depois, é certo que não se aprendeu nada sobre a matéria e, portanto, não terá utilidade no futuro…nem no ano letivo seguinte!
Mesmo os alunos mais dedicados chegam ao 3º Período escolar já com a manifestação de algum cansaço, com isso chega também a desmotivação para o estudo. Isto, por vezes, reflete-se nas avaliações, eles já estão convencidos que as notas dos Períodos anteriores irão segurar estas ultimas avaliações e, portanto, dedicam menos tempo ao estudo e mais tempo ao lazer… até porque, o calor e a primavera convida a outras atividades mais motivadoras!
Nem sempre as famílias se apercebem desta situação, apenas após um conjunto de avaliações que aparecem, com valores mais baixos, é que denotam que algo tem acontecido!
Para que esta situação não prejudique o empenho realizado ao longo do ano letivo, as famílias devem estar atentas:
Mantenha a atenção e controle as rotinas de estudo, efetivas;
Promova momentos de verdadeiro descanso e passeio no final de semana ou feriados;
Faça questões sobre a matéria, antes das avaliações, para verificar a real aprendizagem;
Controle os momentos com ecrãs e redes sociais;
Ajude na organização da gestão entre lazer e estudo;
Incentive para o estudo, principalmente, quando ainda faltam os Exames Nacionais.