Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Estamos prestes a (re)iniciar um ano letivo, as famílias deparam-se com uma gigante alteração de rotinas e uma nova gestão de horários, que se devem conciliar entre a escola, as explicações, o desporto e umas quantas atividades extra curriculares. Para as famílias numerosas, tudo isto de multiplica deixando todos ‘à beira de um ataque de nervos’…
Como, neste momento, todas as ajudas são bem vindas, aqui ficam algumas dicas do que não deve fazer, ao seu educando, nos primeiros dias de aulas:
Não o inscreva em todas as atividades extra curriculares, antes de conhecer horários e rotinas, para não sobrecarregar um início, já por si cansativo;
Não esteja constantemente a ligar-lhe para perguntar se está tudo bem e o que já aconteceu durante as aulas, terão tempo ao jantar para essas conversas;
Não o deixe deitar tarde, nem levar o telemóvel para o quarto à noite, ou de manhã será o caus para acordar e andará o dia todo cansado;
Não lhe organize a mochila e os materiais… e não faça por ele aquilo que ele já deve ser capaz de fazer, muito embora, no início aconteçam falhas, é sempre melhor começar já a responsabilização;
Não acredite em todas as histórias que lhe contam, seja do próprio estudante ou de outro interveniente, cada pessoa tem sempre a sua versão própria, portanto mantenha-se imparcial e crítico;
Não seja demasiado controlador, é necessário demonstrar confiança e respeito por quem cresce, mantenha a atenção de forma discreta e calma.
Não compare estudantes, nem com os irmãos nem com outros colegas ou amigos, todos somos diferentes e temos o direito a ser respeitados nessa diferença.
Não use os chat’s de encarregados de educação para criticar alunos ou professores...
Quando existem muitas avaliações próximas e os alunos sentem que não tiveram tempo suficiente para estudar sentem-se impelidos a faltarem a algumas disciplinas para melhor se preparem para a avaliação, normalmente, no próprio dia.
Nem todos os encarregados de educação permitem esta situação, até porque serão informados da falta e deverão proceder à sua posterior justificação.
Na minha opinião, se o estudo, até ao dia da avaliação, foi pouco ou nenhum, não se conseguirá melhorar o resultado da avaliação, quer se estude mais algumas horas, ou não.
Para além disso, todas as disciplinas são importantes, não se devem fazer opções por grau de importância entre elas.
No entanto, cabe ao encarregado de educação ter a capacidade e a imparcialidade de decidir em cada situação específica, de forma a apoiar sempre o estudo e a aprendizagem do seu educando e, nunca permitir que tal aconteça sem o seu conhecimento e consentimento…
Sempre que converso com encarregados de educação sobre as ‘reuniões de pais’, é difícil encontrar pessoas com rostos animados. Alguns entendem estas reuniões como uma certa perda de tempo, ou porque não ouvem nada de significativo, ou porque são reuniões pouco produtivas. Lembro, desde já, que estas reuniões são sempre diferentes de escola para escola, de professores para professores e de famílias para famílias.
A grande maioria das famílias afirmam que, estas reuniões deveriam ter momentos mais individualizados, para terem a oportunidade de exporem as suas dúvidas e situações de forma mais intima, numa conversa de maior proximidade…
No entanto, aconselho sempre a que as famílias façam o esforço e tenham alguma motivação para comparecerem a estas reuniões, para mostrarem interesse na educação de quem cresce, seja perante professores e escola, seja perante as vossas crianças e jovens que querem sentir esse apoio constante!
Sempre que surgir uma situação mais específica com o seu estudante deve marcar uma reunião com o diretor de turma, para colocá-lo a par da situação, para definirem juntos ações e para que o apoio ao estudante seja contínuo, dentro e fora da escola. Com respeito por todos, tudo pode ser melhorado e conseguido, chegando-se a uma efetiva aprendizagem!
«Estudante: _ …a professora ameaçou-nos com falta disciplinar para toda a turma…
Eu: _ E tiveram falta?
Estudante: _Acho que não porque ninguém nos pediu a caderneta para apontar a falta…»
Os alunos andam sempre acompanhados por uma caderneta escolar, no entanto, pouca atenção lhe oferecem, nem mesmo as famílias se lembram de a consultar com regularidade. Por isso, hoje, relembro como esta é muito importante, com um meio de comunicação primordial entre a escola e a casa, entre professores e famílias.
Sempre que um professor pretende agendar algo, pode deixar escrito na caderneta do aluno, assim como, as chamadas de atenção ou situações pontuais em sala de aula, tudo pode ficar registado para informação familiar.
A comunicação também poderá ser realizada pela família à escola, confirmando uma informação levada pelo aluno, um pedido especial, ou orientação específica, em que a escola e os professores devem ter conhecimento, de forma a melhor apoiar o aluno.
Assim, na caderneta do aluno está adaptada a cada ciclo de ensino e poderá encontrar espaços para preencher com a seguinte informação: