Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
A maioria das famílias procura apoio, no momento de ajudar as suas crianças e jovens na escola, procuram explicações, ATL’s, que orientem para o estudo e para o apoio aos trabalhos de casa. Tornando assim um pouco mais leve as rotinas diárias em família, com menos horas de estudo em casa e com menos dúvidas para apresentar aos pais.
Contudo, muitos são os estudantes que continuam a pedir/precisar de algum apoio escolar, seja para controlar as horas e tarefas de estudo, seja para esclarecer algumas dúvidas pontuais. Tudo isto deixa, muitas vezes, as famílias receosas sem saberem se estão a facultar o apoio correto, ou se estão a tomar as melhores atitudes de apoio.
Para ajudar, nestas inseguranças, deixo aqui um conjunto de atitudes que, as famílias, poderão seguir nas suas rotinas de apoio ao estudo:
Revejam as fichas de avaliação em conjunto, converse sobre as notas e sobre os erros;
Antes dos testes faça perguntas sobre a matéria, seguindo o manual;
Copiei exercícios já corrigidos e peça que os volte a resolver, assim terá forma de os corrigir, sem erros;
Quando o estudante refere que aprendeu na escola ‘de outra maneira’ não insista muito em ensinar de forma diferente, vai confundir mais do que ajudar;
Analise os cadernos diários e exija organização;
Controle o tempo efetivo de estudo, sem interrupções ou distrações, existem aplicações no telemóvel que podem ajudar;
Adquira livros de fichas, com explicações da matéria, para as disciplinas de maior dificuldade para o aluno;
Ensine a procurar informação e a tirar dúvidas, não dê respostas prontas;
No 2º ciclo, surgem duas opções, de acordo com as vivências do ciclo anterior, ou a criança já consegue distinguir competências e dificuldades, sabendo dar primazia ao que é mais necessário estudar, ou é ainda preciso fazer essa aprendizagem, que já deveria ter sido adquirida no 1º ciclo.
Neste ciclo, supõe-se muita adaptação a um novo conceito de escola, onde existem várias disciplinas e muitos professores. A maior exigência torna-se, assim, a organização de momentos de estudo e a capacidade de estudar para várias matérias em simultâneo.
No 3º ciclo, a inclusão de duas disciplinas complexas: a Físico-Química e uma nova Língua (Francês ou Espanhol), para além de uma maior exigências em todas as disciplinas, pode trazer resultados escolares mais baixos do que os habituais. O início deste ciclo sugere maior atenção familiar e mais apoio no estudo e na orientação deste pois, é necessário organizar muito bem um estudo diário… se, até aqui, para alguns “funcionava estudar apenas antes do teste”, esta realidade deixa de se aplicar a qualquer aluno… estudar de véspera não trará bons resultados, garantidamente.
No secundário, os professores exigem mais autonomia, seja no estudo, seja no momento de aprendizagem em contexto sala de aula. É urgente criar métodos de estudo bastante sólidos, pois agora ensaia-se para uma futura frequência universitária. Saber organizar o estudo diário, saber resumir matérias, saber tirar dúvidas e procurar informação fidedigna tem mesmo de ser uma realidade, ao longo destes três anos.
O estudo do 1º Ciclo, torna-se um pouco diferente dos restantes ciclos, já que nestes anos letivos, as crianças estão, ainda, a aprender a estudar e a perceber métodos de memorização e de aprendizagem.
Inicialmente, é importante que o estudante consiga desenvolver a sua capacidade de autoanálise, refletindo sobre as aprendizagens que conseguiu adquirir facilmente, aquelas que teve mais dificuldades e foram mais complexas e as que ainda não foram adquiridas e que estão em dúvida.
Para tal, a melhor forma será realizar alguns exercícios da matéria aprendida, seja através dos TPC’s, seja com exercícios extra que ajudem a consolidar matérias.
A partir do momento que o estudante já consegue identificar e prever dificuldades, já poderá pedir ajudar e esclarecer dúvidas, até mesmo, definir que exercícios precisa de resolver para auxiliar o estudo.
Ter um caderno de exercícios em casa para ajudar nesta etapa, pode ser de grande apoio… nele refazem-se exercícios, ou desenvolvem-se novos… Muitas famílias optam por comprar manuais de apoio ao estudo, com fichas muito semelhantes aos escolares, seja para desenvolver ao longo do ano, no acompanhamento da matéria, seja para realizar em tempo de férias, para que as aprendizagens não se dissipem entre pausas maiores de estudo.
Esta é uma questão que muitas famílias se colocam: estaremos a ajudar, da forma correta, no apoio escolar? Pois bem, não existem elixires, nem poções mágicas, como resposta a tal questão.
Por cá, posso apenas apresentar a minha opinião, com base na minha experiência nesta área educativa. Começo por referir que, sempre que um estudante apresenta uma necessidade maior de apoio ao estudo, ou de explicações, o núcleo familiar pode relaxar um pouco mais, em oferecer tal ajuda.
Até porque as queixas familiares são sempre semelhantes: os estudantes não ficam tão atentos, procuram facilidades devido ao vínculo familiar e têm dificuldade em distinguir o papel de (pai/mãe/irmão) do de professor/explicador.
Contudo, isto não significa que não possam participar nestes apoios escolares. Deixo aqui algumas propostas onde poderão ajudar a desenvolver responsabilidade e rotinas de estudo:
Verifique a realização dos TPC’s e a organização dos cadernos diários, assim como o cuidado com todo o material escolar;
Utilize as soluções dos manuais para corrigir fichas e exercícios;
Corrija os erros ortográficos;
Exija mais cuidado na escrita e na ortografia;
Ajude na calendarização e agendamento de tarefas;
Oriente nos tempos disponíveis para estudo;
Retire uma ou outra dúvida momentânea;
Ajude na pesquisa de informação;
Faça perguntas sobre a matéria antes do teste;
Reúna com o diretor de turma, sempre que necessário;
Esteja atento aos comportamentos e às avaliações;
Seja assertivo e exigente nas orientações;
Responsabilize-o pelas atitudes e distrações;
Reconheça o empenho e dedicação;
O que não aconselho a que a família faça, neste apoio ao estudo:
Não ofereça respostas prontas;
Não lhe prepare a mochila;
Não seja a agenda/secretária pessoal do estudante;
Para os estudantes que acabam por passar horas sentados nas salas de aulas e outras tantas a estudar, cuidar da postura e manter uma posição correta na cadeira é imprescindível para manter mais qualidade de vida e menor cansaço muscular.
Procuro fazer este alerta assumindo que não tenho conhecimentos científico sobre o assunto, no entanto, através de pesquisas e pela experiência, lembro que se devem manter os seguintes cuidados, quando estão sentados a uma secretária a estudar/trabalhar:
Manter os pés no chão – pernas em ângulos de 90 graus, ajuda a circulação sanguínea e alivia a coluna.
Cadeira de encosto – para ajudar a manter a coluna direita.
Braços e antebraços devem formar também ângulos de 90 graus.
Cadeiras almofadadas podem ser mais confortáveis, no entanto, tenha em atenção a acumulação de ácaros.
A altura da secretária deve ser aproximada à altura dos cotovelos.
Fazer pausas de 1h em 1h, levantando e caminhando um pouco.
Eleve os livros na diagonal para não forçar o pescoço.