Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Dando continuidade à publicação anterior, sobre a educação financeira e a sua importância, venho deixar algumas orientações para que, mesmo em crianças, comecem a sua aprendizagem nestes conceitos. Pois, quanto mais cedo começarem esta aprendizagem, melhores gestores serão, das suas próprias finanças, ou até, quem sabe, de empresas ou projetos…
Assim sendo, aqui ficam algumas propostas:
Mesada/semanada: para começar a aprender a receber um salário que deve gerir com cuidados;
Objetivos de compra: aprender a poupar para adquirir objetos mais caros, com o seu próprio dinheiro;
Pague por alguns trabalhos: defina algumas tarefas mais difíceis e estabeleça um acordo financeiro;
Sensibilize para o não desperdício: explique que não se estraga comida, nem outros objetos, partilhando também, roupas e brinquedos;
Deixe ir às compras: sozinho e acompanhado, a partir dos 10 anos já podem ir à mercearia ao lado de casa, fazer pequenas compras sozinhos e receber troco;
Exija responsabilidade: é muito importante saber cuidar das roupas, dos materiais e equipamentos, tanto seus como dos outros;
O mealheiro: as crianças com três anos já o podem receber, para começarem a aprender a guardar pequeninas quantias;
O tempo: é mais importante que os bens materiais: ensine qua nada é mais valioso do que o tempo para os outros, nada poderá comprar isso e que, na sociedade atual: tempo é dinheiro.
«Estudante: _Acho que estraguei a máquina de calcular!
Eu: _Já, ainda a compraste este ano!?
Estudante: _ Foram só 12 euros…
Eu: _ Não me digas que achas pouco? Sabes quanto tempo os teus pais têm de trabalhar para receber esses 12 euros?»
A escola procura formar indivíduos, no entanto, não os consegue formar em todas as suas vertentes, que são imensas. Portanto, cabe às famílias e à sociedade oferecer momentos e situações de vida que permitam, a quem cresce, obter muitas outras formas de educação e formação.
Uma deles, muito importante é a educação e financeira e económica. As crianças devem aprender muito sobre a importância do dinheiro, aprender a gerir e a poupar. Para tal, devem aprender muitos conceitos económicos e devem poder praticar também alguns desses conceitos. Para isso, é muito importante que os estudantes recebam mesada, semanada, ou mesmo, outra estratégia familiar, que lhes permitam aprender competências relacionadas com a gestão do dinheiro.
Em casa, também é importante perceberem a gestão do orçamento familiar, as despesas que acontecem mensalmente, o peso das despesas pessoais, as estratégias financeiras, assim como, o conceito de trabalho e de salário.
Um exemplo muito claro de que, nem sempre os estudantes têm a noção dos valores implicados é a questão dos telemóveis, muitos jovens têm telemóveis que custam mais do que um salário mínimo nacional e tratam o objeto com pouco cuidado, como se estivessem a utilizar algo de pouco valor, sendo que, por vezes, as famílias fazem um esforço financeiro enorme para comprar tal equipamento, que dura menos de dois anos.
Estas situações podem ser muito graves, pois se uma criança ou jovem não consegue aprender muito sobre economia e finanças, em adultos terão imensas dificuldades em gerir o seu próprio salário, em fazer as suas próprias poupanças e economias.
Estudante: _ Recebo semanada… recebo 1€ por semana, é pouco…. Se calhar vou começar a receber mesada… só 1€ por semana não me chega… não me dá pra comprar nada!»
Procurando dar continuidade ao Post anterior, aqui ficam algumas sugestões de educação financeira que poderá incutir no seu estudante:
Como as crianças aos seis anos têm muita dificuldade em perceber a noção temporal de um mês, deve por isso receber uma semanada. A partir dos dez, doze anos a semanada poderá passar à mesada, este valor deve ser estipulado de acordo com as necessidades do estudante e com as possibilidades da família. Estes valores, contudo, não devem oscilar de mês para mês, deve estar estipulado o dia da entrega e, só deve existir um aumento com o passar dos anos, se esta necessidade se apresentar.
Alguns pais aproveitam para incentivar os estudantes a subirem ou manterem os resultados escolares através de promessas financeiras, ou da compra de determinado objeto… não assumo essa atitude como algo de errado, contudo sublinho que, o prometido é devido e, se os resultados não se confirmaram o incentivo nunca deve ser entregue…
Para finalizar o encarregado de educação não deve ceder a outros contributos financeiros ou adiantar o valor da mesada seguinte. Ainda sobre esta temática importa referir que estas situações merecem o bom senso de quem as pratica, é uma educação praticamente deliberada pelos encarregados de educação e que, portanto, não deve ser descurada ou desvalorizada, pois poderá prejudicar o futuro financeiro de um adulto que cresce!
Gostariam de deixar aqui, as vossas experiências relativas a este tema??? É sempre bom esta partilha....