As tatuagens e os piercings… quando o adolescente quer…
Começa o início da adolescência e, a maioria dos estudantes, muda bastante a sua personalidade, muda os gostos, as vontades, a forma de estar e de pensar… Muda tanto que as famílias sentem que estão a conviver com um desconhecido lá em casa.
A aparência é algo que os adolescentes começam por valorizar imenso, demoram muito tempo a escolher roupa (de acordo com modas e marcas), querem usar acessórios pelos quais antes não demonstravam interesse, querem mudar o estilo e o penteado e, muitas vezes, querem também usar brincos, piercings e tatuagens…
Tudo isto deixa as famílias inseguras, para além de influenciarem o orçamento familiar com estas roupas e objetos de marcas caras, também colocam questões estéticas e de saúde em confronto.
Na minha opinião, esta forma de afirmação parece-me saudável, um corte de cabelo diferente, umas roupas de estilo próprio (que não leve a família à falência) são formas de experimentar papeis e posições na sociedade próprio desta idade.
Quanto aos brincos e piercings depende muito das ideologias da família, que deve conversar em conjunto e definir que permissões… em alternativa, existem sempre brincos falsos (que não é necessário furar a orelha) que podem ser comprados em qualquer centro comercial. Até porque, nestas idades, não existem gostos permanentes e esta alternativa pode facilitar a mediação familiar…
Quanto às tatuagens, não me parece que as famílias devam autorizar antes dos 18 anos. Até porque, se falarem com tatuadores entendidos e sinceros irão explicar que, como o corpo está ainda em formação, a tatuagem vai ficar deformada com o crescimento do jovem e mesmo aos 18 anos é bem provável que tal aconteça. Logo, ficarão com um desenho deformado na pele que não dá para retirar de forma simples. Para além disso, como eu já escrevi, os gostos mudam e seguem muito as modas… as modas são efémeras, portanto, não devem deixar marcas eternas.