Fazer um ditado…
Quando pensamos em ditados escolares, reportámo-nos há anos atrás, no nosso tempo de escola, quando a professora decidia ditar-nos um texto e tínhamos de o escrever em um único erro, com uma letrinha cuidada e sem pularmos das linhas imaculadas. Ao escrever sobre o assunto, algumas questões podem surgir aos leitores:
- Mas afinal, hoje ainda se fazem ditados nas escolas?
Já no primeiro ano se iniciam os primeiro ditados, para auxiliar a memorização da correta escrita das palavras, algumas trabalhos de casa são para que os pais, em casa, realizem o ditado para o seu estudante e o corrija com ele. Como nos refere a investigadora Otília Costa e Sousa, « o ditado é uma das tarefas que permitem observar as zonas de dificuldades dos alunos, no que ao registo diz respeito. Ao observar as hesitações, as dúvidas e os erros, aluno e professor podem ter uma visão mais próxima do que está a ocorrer no processo de aprendizagem e quais as áreas da língua e/ou da escrita que causam mais problemas.» (2014)
- Os ditados não são apenas estratégias de aprendizagem realizadas no 1º ciclo?
Os ditados são comuns em contexto sala de aula, no 1º ciclo, contudo, existem estudantes com características especificas e que podem necessitar que se continue a desenvolver estratégias de aprendizagens na escrita e na compreensão dos fonemas, nesse sentido, pode ser utilizado o ditado, como estratégia continuada, por exemplo em estudantes com dislexia ou disgrafia…
- Os ditados são um bom método de estudo?
Para a autora o ditado «é transformar um texto ouvido num registo gráfico, o que implica conhecimentos linguísticos, ortográficos, caligráficos e de convenções de escrita» (Otília Costa e Sousa: 2014). No 1º ciclo, os ditados são realizados pelos professores como «uma prática corrente e que os tipos de ditado variavam bastante: o ditado tradicional, o ditado a pares, o autoditado, o ditado no quadro, o ditado escrito a pares.» (ibidem).
Que experiência têm, os leitores, sobre este tema?