Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Este ano escolar começou numa aparente normalidade, mas repentinamente, em março tudo se transformou… os alunos deixaram de ir para a escola de um dia para o outro e as aulas passaram a acontecer online, entre síncronas e assíncronas. Tudo necessitou de ajustes e de adaptações… todos os intervenientes no ensino viram-se a braços com um desafio gigante!
Não me parece que tenha sido um ano letivo muito produtivo em aprendizagens, embora com o esforço e empenho de todos, faltaram computadores, acesso a internet, motivação e ficaram muitas dúvidas por esclarecer!
Agora o ano letivo chega ao fim… já por cá refleti sobre todo o processo, já propus dicas para estudar em casa, já refleti sobre uma diferente forma de avaliação… Mas, agora que o ano letivo termina, outra questão se coloca: e em setembro?
De facto, o que colocou em casa todos os estudantes foi o COVID – 19, mas este ainda não está controlado… não existe tratamento… nem vacina… e perspetivas para que em setembro as aulas recomecem com a normalidade habitual parece desvanecer-se… então, como começará o próximo ano letivo?
Manter este ensino à distância, não me parece o mais acertado, porque ficará muito por aprender… no entanto, para recomeçar o ensino presencial, novas regras e comportamentos terão de ser ajustados. Estarão as escolas preparadas para tal desafio?
Haverá a tentativa de colmatar as falhas decorridas do ano letivo que acaba, ou continuaremos a reinventar um ensino adaptado à situação, onde a pressa é inimiga da perfeição?
Em tempos de confinamento social, o meu afastamento dos alunos está a ser apenas físico, porque as explicações online permanecem e, como sempre o fiz, são de forma individual, portanto não denoto grandes diferenças… confesso que sinto mais falta das aventuras relatadas em tempos de escola, que agora não existem e que tanto motivava quem cresce.
Ao manter esta proximidade, continuo a receber o feedback de toda esta nova forma de estudo, das dificuldades e dos anseios, tanto dos estudantes como das famílias.
Com esta pequena experiência de algumas semanas de aulas em casa, percebo que a motivação não é muita e perde-se a cada dia que passa. Os alunos não sentem tanta motivação pela aprendizagem, tendem a desleixar-se na realização dos trabalhos e nas tarefas. Para além disso, têm muitas dificuldades em aprender novas matérias, principalmente, nas línguas e na matemática.
No entanto, não existem apenas situações menos boas, a grande maioria dos alunos procura assistir a todas as aulas, sejam elas a telescola sejam as vídeo aulas e fazem todos os trabalhos recomendados, mesmo que algumas escolas tenham optado por não confirmar a realização dos mesmos.
Os alunos continuam a criar estratégias para manterem-se em contato social com os amigos e colegas, através das redes sociais e dos jogos online e procuram estar ocupados. Os mais velhos procuram também manter uma atividade física regular, o que demonstra uma enorme procura de adaptação à situação atual.
Como ajuda, a grande maioria das outras atividades extra curriculares também se mantém à distância, através das plataformas que permitem reunião de grupos, o que incentiva ao desenvolvimentos de outras competências.
Desejo que esta minha experiência de ensino-aprendizagem à distância não se prolongue por muito mais tempo e que, em setembro, as crianças e jovens voltem a invadir as escolas, com os sorrisos de sempre e com as aventuras pessoais e sociais que muito as fazem crescer!
Estudante: _ A de Português quase era para dormir, mas a de Matemática até gostei…»
Alguns pais das crianças e jovens de hoje foram alunos da telescola, mas essa forma de ensino em nada se comparava à telescola dos dias de hoje.
A telescola dos dias de hoje, entra na casa de cada aluno, oferece um conjunto de matérias para dois anos letivos simultâneos, por vezes até mais e esta é a resposta do Governo para que os estudantes continuem a aprender tendo de ficar em casa.
Esta não é a única forma de aprendizagem, cada escola adotou outras medidas complementares de ensino, todas continuam a enviar trabalhos para o email e outras incluem vídeo aulas através da internet, para além disso, os alunos são convidados a realizarem trabalhos como complemento à avaliação.
No entanto, as matérias dadas através desta telescola não está em consonância com a matéria lecionada pelas escolas, o que traz um grande desfasamento entre esta formação e está a levar algumas escolas ao não incentivo da atual telescola.
Para todos os alunos que assistem diariamente à telescola, aqui ficam algumas orientações:
Assiste às aulas de preferência sozinho;
Retira toda a distração das proximidades, como por exemplo o telemóvel;
Responde às perguntas em voz alta;
Não te preocupes em escrever tudo, algumas propostas de TPC’s passam muito rápido... Para os que têm tv cabo, voltam atrás no final;
Anota as dúvidas no caderno e depois retira-as com a família ou com o teu professor;
Nos intervalos não fiques sentado, faz alongamentos e caminha um pouco;
Procura concentrar-te e estar atento, o melhor que conseguires…
E aí em casa, já desenvolveram novas estratégias para esta telescola?