Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Quase todas as pessoas se lembram das grandes diferenças que existiram na passagem do nível secundário para o ensino superior. Certo é que, as rotinas se alteram, que uns colegas vão e outros chegam… que a responsabilidade é maior e a liberdade, também!
Mas não é apenas isso que se transforma, deixamos de utilizar livros escolares para usar sebentas e resmas de fotocópias, deixamos de ter TPC’s para estudar apenas por iniciativa própria… deixamos de ter professores preocupados com o nossa dedicação à disciplina, o empenho é sempre unilateral… e o lado é todo teu! Muita teoria e menos prática, podes sempre praticar em casa… A única alternativa para a entrega de trabalhos com prazos curtos é fazê-los até à meia noite e enviar ao docente por e-mail, não haverá condescendência.
Muita responsabilidade e exigência, numa altura em que já és maior de idade e o desejo de aprender e te formares torna-se unicamente teu… numa luta muito pessoal!
Que diferenças vocês experienciaram entre secundário e ensino superior?
Ao longo de muitos anos as escolas funcionaram em regime de três períodos, sendo que faziam as suas paragens para avaliação junto com as festas católicas: Natal e Páscoa. Há poucos anos atrás muito se debateu sobre o facto de que a mobilidade da Páscoa trazia um Período muito longo e outro muito curto… em função do calendário.
Com isto criou-se um projeto piloto que testou a utilização de apenas dois semestres, como vinha sendo organizado no ensino superior, há longos anos. Assim, ficariam apenas um primeiro semestre até janeiro/fevereiro e um segundo semestre até junho.
Algumas escolas começaram, então a fazer opções entre uma das duas variantes. Sendo que, cada vez mais surge a opção pelo regime Semestral.
Em termos práticos a situação ficará assim:
Por Períodos: no final de cada Período surge uma avaliação qualitativa e quantitativa e em cada Período são realizados, em média duas fichas de avaliação.
As pausas avaliativas coincidem com as festas: Natal e Páscoa, portanto são pausas mais longas.
Por Semestres: a meio de cada semestre é concretizada uma avaliação qualitativa e no final de cada um deles, uma avaliação quantitativa. Têm portanto, em média, três fichas de avaliação por semestre.
As pausas avaliativas acontecem a meio de cada semestre e também no final deste, portanto no Natal e na Páscoa há menos tempo de férias, já que tiveram uma pausa em novembro e outra no final de janeiro para as avaliações qualitativas.
Claro que, outras características e especificidades se apresentam com estas mudanças… que não são tão evidentes no quotidiano dos alunos.
A minha opinião sobre a mudança para os Semestres?
Na minha opinião, gosto destas pequenas pausas a meio dos semestres, sempre descansam um pouco e recuperam energias.
Não gosto do facto de acontecerem fichas de avaliação próximas no Natal.
Os alunos, principalmente de secundário, referem que apenas têm dois grandes momentos para melhorar resultados, enquanto por Períodos tinham três momentos de possível evolução!
Quase todas as pessoas se lembram das grandes diferenças que existiram na passagem do nível secundário para o ensino superior. Certo é que, as rotinas se alteram, que uns colegas vão e outros chegam… que a responsabilidade é maior e a liberdade, também!
Mas não é apenas isso que se transforma, deixamos de utilizar livros escolares para usar sebentas e resmas de fotocópias, deixamos de ter TPC’s para estudar apenas por iniciativa própria… deixamos de ter professores preocupados com o nossa dedicação à disciplina, o empenho é sempre unilateral… e o lado é todo teu! Muita teoria e menos prática, podes sempre praticar em casa… A única alternativa para a entrega de trabalhos com prazos curtos é fazê-los até à meia noite e enviar ao docente por e-mail, não haverá condescendência.
Que diferenças vocês experienciaram entre secundário e ensino superior?
Eu: _ Já tens pouco tempo e ainda muito para fazer!
Estudante: _ Eu sei… e ainda tenho teste de Inglês… Mas eu para Inglês quase não preciso de estudar, portanto vou dedicar-me só a este trabalho, quero uma boa nota!
Quando os estudantes iniciam o ensino secundário denotam existirem diferenças nas rotinas e nas aulas, comparando com as suas experiências de ensino básico. Uma grande diferença é um acréscimo de volume de estudo e trabalhos, que exige que os estudantes tenham muita capacidade de organização e que abdiquem, em alguns meses da sua vida social para se dedicarem muito mais ao estudo.
Para além disso, nem todas as disciplinas carecem do mesmo tempo e do mesmo empenho, algumas disciplinas exigem que o estudante recorra a explicações, sempre que necessário, outras pela facilidade do estudante em percebe-las, requerem menos dedicação, mas sempre na procura de boas avaliações.
Uma exigência acrescida é a necessidade de assistir a todas as aulas porque, faltar às aulas neste grau de ensino pode prejudicar o acompanhamento da matéria, já que a quantidade de informação recebida por aula é, de facto, bastante.
Outras das grandes diferenças é a forma como os professores ensinam, procurando tornar os alunos mais independentes no estudo, de forma a iniciar uma preparação para o que será o ensino superior, com a necessidade de muito mais autonomia e competência no estudo!
Estudantes de secundário: estudem regularmente, organizem bem as vossas rotinas e valorizem a importância das médias… sem esquecerem que se aproximam os exames nacionais….
Se continuamos a afirmar convictamente que não podemos ser tratados de forma igual, porque todos somos diferentes… se neurocientistas afirmam que o cérebro humano desenvolve-se de forma diferente de criança para criança… se cada estudante tem as suas capacidades e motivações de forma muito subjetiva… então… como poderá uma escola ensinar corretamente e eficazmente com turmas em que o número de alunos é, muitas vezes, próximo dos 30?
Sei que, a maioria dos professores procura fazer o seu trabalho o melhor que consegue dentro desta realidade diária… contudo, acredito que se obteriam melhores resultados escolares e mais motivação pela escola se este número de alunos por turma pudesse ser reduzido, permitindo uma maior oportunidade de olhar cada estudante com as suas competências e dificuldades… maior apoio individualizado… e maior concentração por parte de quem aprende…
Concordará, o leitor, comigo em mais uma das minhas inquietudes? O que gostaria a acrescentar sobre este tema?