Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Se o aluno ainda não tem uma agenda ou uma folha para apontar e organizar as datas de fichas de avaliação e de trabalhos a realizar, está mais do que na altura de comprar, ou imprimir. Se necessita de alguns desses documentos visite aqui.
Lembrar que não se estuda apenas de véspera, que há tempo para tudo e que as primeiras avaliações também são importantes, é uma necessidade urgente.
Preocupe-se agora se, ainda não tem todos os manuais do aluno disponíveis, se ainda não adquiriu todos os livros de fichas e se ainda está alguma aquisição em falta. Também é muito importante resolver tais situações.
Se denota que o seu estudante demonstra dificuldades, está muito desmotivado ou com dificuldade em organizar-se, neste novo ano escolar, e se ainda não definiu lugar para as explicações, pode ser agora o momento certo… quanto mais adiar esta decisão, menos o/a explicador/a o poderá ajudar na aprendizagem.
Estamos ainda no início das aulas e já estou a escrever sobre as decisões finais: que área escolher após o 9º ano, ou que curso fazer na faculdade?
Pode parecer que ainda falta muito mas, se existem alunos que rapidamente tomam as suas decisões, sem demonstrar grandes dúvidas, outros há que ficam até aos últimos dias para realizar a tal escolha, na esperança que algo aconteça para que esta obrigação deixe de existir.
Nas escolas existe este apoio vocacional, para os alunos de 9º ano, no entanto, as escolas fazem o que podem, sem milagres! O número de alunos é enorme, para que seja realizado um acompanhamento adequado e individualizado…
Portanto, se o seu educando demonstra dificuldades em definir-se na sua vocação e na sua profissão, deve começar a desenvolver esse apoio já no início do ano…. Não espere para junho…nem o deixe sozinho nesta decisão!
Antes de avançar, relembro que Vocação é muito mais do que uma profissão, ou um curso. Por vezes, existem estudantes que, na sua vocação, está um enorme projeto de vida, bem diferente da maioria e isso não faz de quem aprende melhor ou pior. Nesta lista estão pessoas que, já bastante jovens sentem o desejo de serem padres/freiras, missionários, voluntários, artistas, desportistas, etc, etc…
Agora, procurando orientar para um auxílio concreto, pode ajudar o seu estudante desta forma:
Procure na internet testes vocacionais para ele realizar;
Pesquise na internet a lista de cursos, áreas e faculdades;
Veja com ele a oferta formativa da própria escola e de outras escolas;
Investiguem, em conjunto, os Planos de Estudo de alguns cursos, para perceber que disciplinas se aprendem;
Visitem outras escolas e façam perguntas na secretaria;
Visitem as Feiras e Mostras de cursos dos vários pontos do país: as mais conhecidas são a Futurália em Lisboa e A Mostra Universitária do Porto;
Procure apoio de um Psicólogo ou Orientador Vocacional especializado;
Criem momentos de diálogo sempre que possível e pertinente.
Em anos anteriores, escrevi uma rubrica no início de cada mês, com reflexões e propostas para perdurarem ao longo do mês.
Este ano voltei a resgatar esta iniciativa, portanto, sintam, neste momento, o inaugurar revivalista desta rubrica mensal, com a chegada deste mês de setembro:
Aproveito para me dirigir, às famílias com crianças e jovens das mais variadas idades:
_ Pré-escolar: sabemos que é mais difícil para os pais do que para os filhos iniciarem a sua experiência no infantário, ou no pré-escolar, mas não tenham receio, façam a vossa escolha relativamente ao melhor lugar e confiem que estará bem entregue… mesmo que nos primeiros dias surjam algumas lágrimas e birras, nos meses seguintes, a aprendizagem e as enormes gargalhadas irão compensar!
_ 1º ciclo: as famílias ficam ansiosas e as crianças também… primeiro conselho é procurarem mostrar à criança que a escola será um lugar interessante e divertido, deixem a responsabilidade para depois do Natal! Os primeiros dias são estranhos: imenso material para comprar e organizar; os TPC’s que não se apontam; os novos colegas e a nova professora… exigências de todos os lados… relaxem um pouco, daqui a um ou dois meses tudo estará em modo rotina!
_ 2º ciclo: chega um desafio gigante, deixar a/o Professor/a e encontrar uma nova escola, vários professores e diferentes desafios trazidos pela nova escola. Procure não incluir as atividades extracurriculares em simultâneo com a escola, ou poderá ser demasiado caótico, deixe essa etapa para outubro. Converse com o aluno para perceber como está a ser a nova adaptação e procure ajudar nas maiores dificuldades.
_ 3º ciclo: Parece uma situação mais calma, alguns alunos nem mudam de escola, mas juntam-se mais disciplinas e mais exigência no estudo. Mas, o que mais complica tudo isto são as hormonas da adolescência e as inúmeras distrações que trazem a estes alunos, porque tudo é bem mais divertido do que estudar e permanecer atento nas aulas! O grau de exigência por responsabilidades e por horas de estudo tem de aumentar…
_ Secundário: agora sim, volta-se a mudar de escola, de curso… perdem-se imensos amigos, encontram-se tantos outros… embora nesta idade já exista mais maturidade e mais responsabilidade, começa um novo desafio para o qual muitos alunos não estão habituados: a luta pelas médias de acesso ao ensino superior! Desde o início do 10º ano, essa deve ser uma preocupação clara, para todos os estudantes que pretendem continuar a sua formação.
_ Faculdade: receber o email com os resultados do concurso, perceber em que faculdade foi colocado e qual o curso selecionado, para uma grande parte dos jovens é uma imensa ansiedade. Mas, para estes estudantes, o desafio não fica por aqui, é preciso escolher a casa onde ficar, conhecer a faculdade e iniciar um método de estudo, completamente adulto e independente. As metas que agora se traçam, são muito mais do que a escola, são a vocação futura! Agora é ser completamente adulto e responsável!!! Voa-se alto!!!
Sempre que existem paragens escolares, sejam elas maiores ou mais pequenas, propiciam a que os estudantes passem mais tempo ligados aos ecrãs, seja nas redes sociais, nos jogos online, ou a ver filmes/séries, etc.
As questões que preocupam muito as famílias de hoje são as seguintes: Está ele/ela dependente das novas tecnologias? Qual será este grau de dependência? Algo que me deva de preocupar?
Na verdade, este é um problema grave da sociedade atual, ao qual não podemos fingir que não existe… são muitos os pais que procuram ajuda psicológica para os seus filhos, quando denotam que esta dependência se torna muito grave.
Por esta razão, partilho aqui algumas situações que podem ser de alerta para famílias e adolescentes:
as necessidades básicas, como dormir, ou comer, passam a ser menos importantes que o ecrã?
a bateria do equipamento, como tablet ou telemóvel, tem de ser carregado mais do que uma vez por dia e, mesmo enquanto está à carga a criança/adolescente continua a utilizá-lo?
torna-se violento se, porventura, tentarmos retirar-lhe os equipamentos por um ou vários dias?
tem dificuldade em sociabilizar com outras crianças/adolescentes da mesma idade e, em férias, não quer passar tempo com os amigos?
tem dificuldades em concentrar-se nas tarefas do dia a dia, como estudar, ou conversar com outras pessoas?
As férias de verão são o momento ideal para mudar estes comportamentos e controlar o uso de ecrãs, se já não conseguem fazê-lo em família, procurem ajuda profissional. Uma dependência é uma doença… não é irrelevante!