Diálogos... Com Vida...
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Diálogo entre mim e um/a estudante de 3º ciclo:
«Estudante: _ Fui pedir à professora para me dar um teste adaptado.
Eu: _ Porquê?
Estudante: _ Porque tenho um colega com teste adaptado e é só de cruzinhas, depois ele tira sempre Bom… eu também queria.
Eu: _ O que foi que a professora te disse?
Estudante: _ Que eu tinha capacidades, que não precisava… »
Esta mudança na legislação, no que refere ao apoio às necessidades educativas tem vindo a sofrer alterações, ao longo dos anos, cada vez mais com a intenção de tornar mais fácil a inclusão de alunos com diferentes necessidades e características. Portanto, facultar fichas de avaliação diferentes, em sala de aula, tem sido uma prática comum, entre alunos e professores.
Sobre este tema, muito se poderia discutir acerca destas implementações da legislação na prática e na reflexão sobre os seus resultados… mas isso daria para uma tese de mestrado ou doutoramento e não para um simples artigo de blogue.
Mais uma vez, venho apenas sensibilizar para a necessidade que existe em explicar a quem cresce que, estas formas diferentes de avaliação estão adaptadas a quem precisa de outros apoios e não tem como objetivo um simples ‘facilitismo’. Porque de facto, nem sempre as crianças entendem o que realmente define tais estratégias de integração, ou seja, podem sentir uma exclusão nesta diferença… ou porque têm uma ficha dita normal, ou porque não têm uma ficha adaptada…
Assim, sem me alongar neste debate, gostaria apenas de relembrar famílias e profissionais de educação, que devem esclarecer bem estes pontos, para que não surjam dúvidas relativas às diferentes formas de avaliação e, nesse sentido, que não existam estes sentimentos de injustiça!
Conversa entre mim e um/a estudante de 1º ciclo:
«Eu: _Vamos fazer contas de multiplicar?
_Estudante: _ Sim, são fáceis… adoro essas!
_Eu: _ A sério? Gostas?
_Estudante: Sim, na escola acertei tudo à primeira, vou mostrar…»
As crianças do 1º ciclo têm mais dificuldades em se sentirem seguras das suas capacidades e competências e a sua autoestima não está completamente assumida. Portanto, explicar constantemente que elas têm capacidades para realizar as tarefas propostas, até aquelas que lhes parecem mais complexas e difíceis é uma necessidade.
Para quem educa, o facto das crianças destas idades terem muito gosto e interesse em continuar a desenvolver novas aprendizagens, pode ser uma grande mais valia no processo e, com vários incentivos positivos a beleza de aprender torna-se uma realidade.
Atitudes simples como palavras de ânimo, de carinho, o demonstrar que se acredita é algo fundamental. Quando as crianças têm mais dificuldades em algumas tarefas, explicar com calma e demonstrar que é possível, é também imprescindível para fazer deste crescimento algo belo e divertido.
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