Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Este mês de fevereiro exige uma conversa com o aluno, principalmente entre a família e o aluno. Pois, estamos a meio do ano letivo e isso deve trazer responsabilidades muito conscientes, tanto para os estudantes, como para as famílias e toda a comunidade escolar. Por norma já se sabem os resultados escolares, os alunos já estão adaptados à realidade educativa, com a experiência de uns meses de aulas, de uma avaliação e de descanso no Natal. Portanto, já sabem quais as dificuldades e que estratégias devem seguir para melhorar resultados e aprendizagens.
Assim sendo, no início deste mês de fevereiro, deve ser concretizada uma conversa séria, entre estudante e família, repensando-se os meses de estudo que se avizinham. É necessário avaliar o que foi proveitoso e o que deve se melhorado, deve ser exigida mais responsabilização e um esforço contínuo, porque alguns alunos acabam por se apropriar das avaliações anteriores e dedicar-se menos, nas avaliações seguintes.
Aos que pouco se dedicaram e empenharam anteriormente, se não são responsabilizados e orientados, será muito difícil atingirem os resultados esperados. Deve ser também o momento de ponderação, para os que ainda não têm explicações, se existe essa necessidade? Se acontecer devem ser definidas agora… mais tarde já não fará muito sentido, pois rapidamente se chega ao final do ano letivo… faltam quatro meses para as férias de verão!
O ano civil é novo, mas o ano escolar já começou há muito, por isso chega o momento de deixar o quentinho da lareira, para dar lugar às cadeiras da escola. Por esta altura já a família sabe os resultados escolares de quem estuda, assim, devem todos refletir, em conjunto, se são os valores desejados, se o empenho no estudo é o necessário e se os métodos de estudo estão a funcionar como desejado.
Para ajudar nesta reflexão e na tomada de decisão devem sempre reunir com o/a Diretor de Turma do/a aluno, no sentido de escutarem o feedback sobre o percurso escolar e ajustarem decisões. Agora é proibido adiar decisões!
Estudante: _ Não muito bem… o meu erro foi não ter repetido o 10º ano…
Eu: _Porquê?
Estudante: _ Devia ter ficado a fazer melhoria, porque a minha média de 10ºano estraga-me a média do secundário…»
Optar por repetir um ano para melhorar as médias, no nível secundário é, cada vez mais, prática recorrente entre os estudantes que pretendem entrar nas universidades públicas.
Muitas vezes a falha está no 10º ano, em que os estudantes não tomaram plena consciência de que as médias dos três anos são bastante importes para o futuro académicos, outras vezes, os estudantes demoram algum tempo a definirem a área profissional que querem e depois necessitam de mudar de disciplinas e de exames nacionais.
Portanto, hoje escrevo em modo de alerta, para os jovens que estão a frequentar o 9º ano ou o secundário, para estarem bem conscientes das suas escolhas e opções formativas.
Para quem frequenta agora o 9º ano, deve começar já a pensar concretamente na opção de entrada do ensino superior. Pois, se este é o objetivo, o projeto deve começar no início do ensino secundário.
Tem em atenção o seguinte:
Quais as médias que precisas para os cursos em que poderás estar interessado e começa já a estudar para elas;
Procura as várias áreas e as várias saídas profissionais, para isso podes ir ao site das várias faculdades e investigar;
Quando tens dificuldade em perceber o que oferece cada curso, vai ao Plano de Estudos e analisa as disciplinas que irias estudar, para consideres o curso como hipótese;
Procura nas universidades públicas, nas universidades privadas e nos politécnicos, não faças escolhas sem informações claras;
Visita a faculdade com que mais te identificas e procura tirar dúvidas na secretaria;
Procura um curso que te apaixone, pois vais dedicar anos da tua vida a essa área…
Cada vez mais a sociedade convida a que crianças e jovens tenham variados desafios, serem os melhores na escola, praticarem variadas atividades e passarem grande parte do tempo a estudar. Por entre as exigências destes horários, que tempo restará para que as crianças decidam, reflitam, manifestem os seus gostos e desejos?
Os vossos estudantes vão a pé comprar pão? Decidem qual a roupa a vestir? Responsabilizam-se por tarefas domésticas? Definem horas de estudo? Sabem como estudar e o que estudar? Considera que ele já tem idade para tomar algumas decisões?
Estas são apenas algumas das questões que me ocorrem e que me parecem pertinentes para auxiliar a reflexão deste tema: Autonomia.
A autonomia é um processo relacionado com o desenvolvimento emocional e caracteriza-se pela construção e consciência do seu próprio EU (self). O desenvolvimento desta complexa competência irá permitir que a criança/jovem consiga realizar escolhas conscientes e sensatas, ter preferências, decidir, apontar critérios e reflexões para as suas escolhas e desejos.
Poderemos auxiliar neste desenvolvimento autónomo? Algumas dicas no próximo Post!