Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Muito se discute sobre Inteligência Artificial, quais os benefícios e malefícios e como ficará o mundo depois de toda esta evolução tecnológica.
A criação do BARD pela Google e outras tantas similares… plataformas que responde ao ser humano com construção de respostas elaboradas e complexas, parecendo que de um ser humano, altamente inteligente se trata… deixa-nos preocupados. Principalmente, quando justificam esta competência como mera capacidade de juntar palavras que normalmente, estão juntas….
Em termos práticos, os alunos já não precisam de passar horas a realizar pesquisas para trabalhos, porque o ‘ChatGPT’, ou outras, já realizaram toda essa pesquisa antes e conseguem produzir todo o trabalho em alguns segundos.
Algumas profissões ficam também ameaçadas, tornam-se facilmente prescindíveis, desnecessárias até! Será que os trabalhos de investigação académicos devem ser avaliados da mesma forma, quando a pesquisa se transforma em uma ou duas perguntas?
Será que está a escola a preparar alunos para estas novidades tecnológicas, pessoais, profissionais ou sociais? Está a educação descontextualizada desta realidade que parece trazer mudanças radicais às nossas vidas diárias? Será urgente reestruturar todo o ensino formal, de forma a responder a desafios gigantes que se avizinham de forma veloz?
Porque estas são perguntas com enorme complexidade para quem ensina e para quem pretende preparar crianças e jovens para um mundo em mudança real num panorama de conceitos repletos de inteligência apenas artificial…
Terá este texto sido escrito por mim, autora do blog, ou por uma destas novas aplicações?
Até me leva a questionar se ainda faz sentido escrever este blog…??? Talvez nada que aqui escreva acrescente muito ás básicas perguntas realizadas ao dito GPT….
Por várias vezes escrevo sobre a Educação num sentido bastante alargado, referindo-me a uma educação formal, não-formal e informal. No entanto, gostaria de explicar estas três vertentes educativas, pelas quais passamos ao longo da vida definindo, assim, algumas dúvidas que o leitor possa ainda ter.
Todos nós vivemos momentos de aprendizagens formais, não formais e informais, vejamos a especificidade de cada uma destas vertentes educativas:
Educação Formal: decorrida em contexto formal de aprendizagem, como por exemplo: a escola, os cursos, as formações, a faculdade, etc. Apresenta-se como momento(s) da nossa vida em que nos dispomos a aprender através de entidades legais privadas ou estatais que oferecem momentos de ensino/formação através de momentos teóricos/práticos de aprendizagem.
Educação Não-Formal: decorre em variados contextos que, embora não sejam instituições com fins educativos, promovem momentos de aprendizagem ricos e conscientes, temos como exemplo o trabalho profissional, o voluntariado, a participação em instituições artísticas, desportivas, religiosas, etc.
Educação Informal: decorre de experiências vividas no quotidiano, que muitas vezes são pontuais mas, mesmo assim, muito ricas pelos conhecimentos que nos trouxeram, são experiências, normalmente, de contexto mais prático, nem sempre conscientemente assumida como aprendizagem, mas imprescindível para uma melhoria da nossa qualidade de vida, por exemplo: saber cozinhar, saber utilizar equipamentos eletrónicos, saber lidar com sentimentos e emoções, etc…
Por esta razão, torna-se necessário assumirmos que a Educação e a Aprendizagem desenvolve-se ao longo de toda a vida e, nos mais variados contextos, para tal devemos de nos apresentar dispostos a romper com os nossos preconceitos e aceitarmos que existem formas alternativas de aprendizagem ao sistema formal e estatal, aceitarmos que a comunidade e a família são locais privilegiados de aprendizagem que ultrapassam em grande escala os ‘bancos de escola’.