... Com Vida...
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Não querendo aprofundar, neste blogue, termos técnicos que poderão ser estranhos para alguns leitores, gostaria apenas de realizar mais uma referência, muito superficial, sobre conceitos como Neuroimagem e Neurociência, já que estes poderão facultar novos procedimentos e técnicas de ensino/aprendizagem evolutivos para a Educação contemporânea. Assim, de uma forma muito breve irei expor a minha visão sobre o assunto:
A neuroimagem define-se como sendo um conjunto de técnicas que permitem a obtenção de imagens do encéfalo de forma não-invasiva, tornando, assim, possível melhorar a compreensão da atividade cerebral, sob o ponto de vista biológico, psicológico e comportamental.
«A descoberta de novas técnicas de imagiologia cerebral são as grandes contribuições contemporâneas com a intenção em relacionar as áreas cerebrais às funções cognitivas e emocionais» (Ellen Ximendes, 2010). Assim, a neuroimagem apoia a neurociência num aprofundar de conhecimento sobre o cérebro e suas respostas.
Ao ‘olharmos’ para a forma como o cérebro funciona conseguiremos teorizar melhor e refletir sobre a forma como aprendemos, memorizamos e raciocinamos, sendo este um complemento excelente para a Educação, dentro e fora das salas de aula.
Sendo algo ainda recente, a Neurociência poderá contribuir para novas descobertas e novos caminhos educativos. Assim, se aliarmos os conhecimentos da neuroimagem, à neurociência, à psicologia e à educação teremos uma nova perspetiva interdisciplinar, a Neuroeducação…. Ou seja, um futuro para a Educação!
(imagem retirada da Internet)
Quando refletimos sobre as infinitas características e possibilidades cerebrais, apercebemo-nos do quanto a aprendizagem se torna um método complexo e diferente de pessoa para pessoa.
Atualmente, uma nova disciplina chamada Neuroeducação, procura na neurociência apoio para fundamentar e adaptar novas formas de ensino/aprendizagem dentro e fora das salas de aula.
A neuroeducação tenta usar os novos conhecimentos sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para produzir as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, reconhecer o que é necessário para que os estudantes aprendem e memorizam as informações ensinadas é um grande desafio e motivação para os Educadores.
Para além disso, o cérebro não se desenvolve em cada ser humano, no mesmo momento de vida, logo, algumas crianças apresentam capacidades diferentes ao longo do seu percurso escolar, situação que toda a comunidade educativa também deve ter em linha de conta.
Assim sendo, todos nós apresentamos capacidades e competências diferentes, que devem ser desenvolvidas e estimuladas como sendo dons especiais, que nos tornam pessoas únicas e especiais.
A neurociência é algo que me desperta necessidade de continuar a aprender e a conhecer… pois, não nos podemos esquecer o quanto o cérebro é imprescindível no processo de aprendizagem.
O cérebro é capaz de processar as informações recebidas, analisá-las com base nas experiências de uma vida inteira e avalia-las, apresentando respostas em apenas alguns segundos.
Para o autor Buzan as principais funções do cérebro são:
Receção: O cérebro recebe a informação através dos sentidos.
Armazenamento: O cérebro armazena a informação de forma a conseguir ter-lhe acesso, mais tarde.
Análise: O cérebro reconhece padrões e organiza informações de modo a que façam sentido através de interligações.
Saída: O cérebro acede às informações e transmite-as de diferentes formas: pensamento, escrita, oral, desenho, movimento, etc.
Para auxiliar todas estas funções, as conexões criadas entre as várias partes do cérebro facilitam o processo.
A existência dos dois hemisférios e as suas interligações são também peça chave na compreensão de como a capacidade cerebral funciona.
O hemisfério esquerdo é caracterizado por ter áreas responsáveis pelo raciocínio lógico, como a fala, a matemática, etc. Alguns autores intitulam-no de “cérebro académico”.
O hemisfério direito possui áreas responsáveis pelo gosto e pela emoção, como por exemplo capacidade musical, arte, dança, criatividade, etc. Alguns autores intitulam-no de “cérebro artístico”.
Assim sendo, quanto maior forem as ligações entre os dois hemisférios, maior capacidade existe em raciocinar rapidamente e mais facilmente acontece a memorização.
(continua no próximo Post...)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.