Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
As escolas de 1º ciclo, são pequenas, facilmente todos se conhecem… mas as escolas de 2º, 3º ciclos e secundários são gigantes construções que albergam centenas de alunos e profissionais educativos.
No entanto, num espaço tão amplo e com tantas pessoas, as novidades e as notícias correm a grandes velocidades… o que acontece na turma Y, em contexto sala de aula, já é do conhecimento da maioria das turmas nos próximos 90 minutos, sendo que, no final do dia já todas as pessoas sabem, mesmo que a verdade já esteja bem deturpada.
Isto traz animação diária ao espaço escolar, mas traz também muita ansiedade, quando a notícia/novidade é o próprio aluno, que se sente desrespeitado e envergonhado… numa situação muito próxima do bullying, porque enquanto as novidades não forem outras aquele aluno será apontado e criticado.
Claro está que, entretanto novas situações aconteceram e o centro das atenções transforma-se rapidamente, mas é necessário que toda a comunidade escolar esteja atenta a tais situações, de forma a controlar e respeitar, o melhor possível, situações de descriminação ou bullying.
Em casa, também é importante explicar ao estudante a realidade destas situações, sendo que tudo tem os seus limites e o respeito deve imperar sempre… ‘porque o que aconteceu ao outro, pode acontecer contigo’!
Já se passaram várias semanas de aulas, no entanto, sente que o seu estudante não se adaptou à nova escola. Esta situação, acontece com alguma frequência, deixando toda a família em preocupação. Por vezes, os pais optam por deixar decorrer uns dias mais antes de procurem apoio.
Nem sempre esta é a melhor solução, se lhe parecer que já era tempo suficiente para o estudante se ter adaptado, então procure encontrar a origem do problema. Pode começar por uma consulta ao Pediatra, fazer o despiste de algum problema físico e procurar, também, orientações profissionais.
Para além disso, tome especiais atenções, para descobrir a origem do problema, pode ser uma zanga, um medo que, para a criança, justifique a situação! Converse com o estudante o tempo que for necessário para que ele se sinta confiante na conversa.
Procure a ajuda do professor ou do diretor de turma, de forma a realizarem um trabalho de apoio e parceria nesta evolução necessária e, se for necessário, procure outro(s) profissionais que aconselhem uma boa orientação nesta tarefa.
Ao longo dos anos testemunhei situações pontuais de desinteresse pela escola e momentos mais complexos de fobias escolares ou bullying… o que leva ao desespero de muitas famílias! Mantenha-se atento/a!
O mais importante numa situação de Bullying é demonstrar ao estudante que acredita nos relatos, que o está a apoiar incondicionalmente e que fará o mais correto para o proteger, assim o estudante sentir-se-á mais seguro e mais capaz de enfrentar a situação.
Contudo, por vezes, os estudantes procuram esconder que estão a ser vítimas e apenas um observar comportamental atento revela a má experiência por que estão a passar. Assim, aqui ficam alguns comportamentos que deve tomar atenção:
- procura de isolamento;
- alterações de comportamento;
- baixa de rendimento escolar;
- recusa em ir para a escola;
- tristeza;
- autoagressões;
- diminuição da autoestima;
- queixas físicas (dores de barriga/de cabeça);
Para além disso tome atenção no seguinte:
Na escola, o estudante, é alvo de brincadeiras de mau gosto;
Tem alcunhas pejorativas;
Desaparece material e dinheiro, sem justificação plausível;
Tem poucos ou nenhuns amigos;
Outros recusam brincar com ele;
Procura ficar na sala de aula, durante os intervalos;
Pretendo lembrar também que, o Bullying pode levar o estudante a desenvolver Fobia Escolar, tema que já desenvolvi em Post’s anteriores e para o qual cada encarregado de educação deve estar alerta, já que algumas escolas ainda apresentam grandes dificuldades em lidar e apoiar estas situações.
Em poucos anos a palavra tornou-se muito (re)conhecida, embora o seu conceito já existisse há longos anos, agora está a tornar-se mote de mais reflexão e sensibilização. A palavra Bullying significa agressões físicas ou verbais, realizadas de forma intencional e repetitiva, por um ou vários estudantes contra um ou vários colegas de escola.
Viver esta má experiência preocupa pais, educadores e estudantes, já que pode acarretar problemas físicos e/ou psicológicos difíceis de superar em qualquer criança ou jovem.
Devido às várias funções que desempenhei na área da Educação, contactei com estudantes e encarregados de educação em grande aflição e ansiedade por estarem a viver uma situação destas. Não quero, de forma alguma referir nenhum destes casos concretos, quero apenas alertar para esta realidade atual, deixando, por aqui, mais algumas informações e orientações sobre o tema.
Quando os encarregados de educação são confrontados com uma suspeita de Bullying deve atentar às seguintes situações:
Não desvalorize os acontecimentos e sentimentos do estudante;
Incentive-o a contar toda a vivência, sem medo nem vergonha;
Reforce a autoestima e explique-lhe que não tem culpa do que sucedeu;
Aconselhe-se com um psicólogo para possível acompanhamento do estudante, se necessário;
Desenvolva, com o estudante, atividades e conversas que lhe aumente a segurança, a confiança e a autoestima.
Se a situação exigir uma atitude mais direta e ativa, pode recorrer aos seguintes agentes educativos, de forma a que o ajudem a resolver esta situação:
- Diretor de turma, e/ou diretor da escola;
- Auxiliares de ação educativa;
- PSP: Escola Segura;
- Psicólogo;
- Família do agressor;
- Outros encarregados de educação.
Esta situação não deve ser escondida, pois possibilita ao agressor mais confiança nas suas atitudes e é isso que também deve incutir no estudante. Para além disso, deve informar todos os educadores que contatam com o estudante, vítima de Bullying, para que estes estejam atentos e auxiliem numa evolução positiva.
Muitas vezes as vitimas de Bulling escondem, de todos, o que está a acontecer, portanto, no Post seguinte irei referir algumas situações em que deve estar atento.