Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
O confronto natural com as realidades diárias, na escola, nas amizades, em casa, permitem a construção desta autonomia, contudo, alguns autores referem que, neste mundo globalizado e com tantas pressas, se estejam a desenvolver crianças menos autónomas… Portanto, para ajudar no desenvolvimento da autonomia, aqui ficam algumas sugestões para realizar em família:
Conversar de forma reflexiva sobre temas estruturantes e importantes para as crianças/jovens;
Oferecer uma mesada e incutir hábitos de gestão financeira;
Realizar atividades domésticas: levar lixo à rua, arrumar quartos e cozinha;
Cozinhar acompanhado ou sozinho;
Responsabilizar-se pelo cuidado de um animal doméstico: higiene, alimentação, carinho, etc;
Ir à rua realizar recados ou realizar compras simples, sendo um caminho próximo e com bons acessos;
Permitir algumas escolhas, como roupas que vai vestir ou comprar,
Escolher os amigos a convidar para uma festa ou visita e escolher presentes;
Estabelecimento de rotinas diárias e hábitos com responsabilidade e critérios de justiça…
Para concretizar estas atividades tenha sempre em consideração a idade do seu estudante e as suas capacidades específicas, com o passar dos anos poderá incluir novas atividades e responsabilidades.
A promoção de momentos que desenvolvem as capacidades emocionais de cada estudante pode estar no dia a dia. Coloco, aqui, algumas orientações para promover o desenvolvimento da Inteligência Emocional:
Construir sólidos vínculos afetivos: torna-se importante valorizar os sentimentos dos estudantes, dispensar momentos de conversa atenta e de empatia com os problemas, angústias e inseguranças demonstradas.
Promover a autoconfiança: através de palavras de incentivo, criação de compromissos na realização de tarefas e a felicitação sempre que estas são efetivamente cumpridas. Demonstrando, também, confiança nas capacidades do estudante.
Desenvolver o otimismo: mostrar que, embora nem sempre corra tudo da forma como pretendemos, devemos olha-las de forma positiva, aceitando as dificuldades da vida. Para tal ajuda a convivência em grupo, pois a interação com outros estudantes demonstram a clara necessidade de fazer cedências e recusas.
Não camuflar as frustrações: não receber o presente pedido porque não cumpriu o acordado, justificando-se esta negação… Perder alguns jogos ou concursos ajuda também os estudantes a aceitarem um ‘não’ como processos naturais da vida, aprendendo a lidar com tristezas e deceções quotidianas.
Aprender a esperar: ter noção de direitos e deveres é, principalmente, ter noção do Tempo, existem tempos para se brincar, tempos para estudar e tempos para esperar… assim, horários são para serem cumpridos e acordos temporais não podem ser quebrados.
Saber brincar: é através da diversão, só ou em grupo, que um estudante aprende a controlar as suas boas e más atitudes e a colocar-se no lugar do outro. As brincadeiras implicam aprender a obedecer a regras e a respeitar opiniões diferentes.