Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
A palavra para designar o conjunto de pessoas que vivem com o estudante foi muito refletida, antes de a usar aqui no blogue. Optei pela palavra: Família, em vez de utilizar a palavra: Pais. Porque, ao longo destes anos de experiência, percebi que o conceito de Família para uma criança/adolescente é muito mais do que os Pais… hoje em dia, os estudantes vivem em famílias monoparentais, vivem em famílias com madrasta/padrasto, vivem com avós, ou em casas de acolhimento… e isso não faz destes estudantes diferentes, muito menos inferiores.
A Família são aquelas pessoas que moram no coração de quem cresce, quem dá carinho, atenção, cuida, protege e, para mim só isso importa. Quem acolhe e constrói felicidade!
Portanto, quando encontrarem este conceito, aqui no Educa(Com)Vida, sintam todas as famílias incluídas, basta terem esses belos adjetivos… é para essas pessoas que escrevo, que dou dicas, orientações e propostas, para todas elas, sem exceções nem curtas definições...
Família é amor…ou então não é família, é parentesco!!!
Quem já apoiou um estudante na realização de exercícios (não tem de ter grande experiência) para perceber que eles esperam de quem ajuda respostas quase automáticas, que não os obrigue a pensar muito, ou a pesquisar nos manuais escolares.
Quem apoia, por vezes, cai nesta vontade de resolver já a questão, até porque é óbvio e porque assim o estudante memoriza a resposta correta. Considero que, embora pareça o caminho mais simples e rápido, não é o mais eficaz.
Inicialmente, quando se estuda a matéria, é bom conceder respostas mais direcionadas e explicativas, mas após um estudo mais aprofundado da matéria em aprendizagem é necessário permitir tempo de reflexão e de ligação dos conceitos, na memória.
Por tudo isto, quando o aluno estuda para um momento de avaliação deverá ser-lhe concedido um conjunto de perguntas (pode ser uma ficha) para que ele a execute, sem recorrer a qualquer ajuda e para que erre, quando assim tiver de ser… só no final devem ser corrigidos e analisados os erros, para definir o que, de facto, já está compreendido e memorizado e aquilo que ainda precisa de ser revisto e também: que dúvidas ainda restam.
Portanto: antes da ficha de avaliação, coloquem-nos à prova!
«Estudante: _ Fui pedir à professora para me dar um teste adaptado.
Eu: _ Porquê?
Estudante: _ Porque tenho um colega com teste adaptado e é só de cruzinhas, depois ele tira sempre Bom… eu também queria.
Eu: _ O que foi que a professora te disse?
Estudante: _ Que eu tinha capacidades, que não precisava… »
Esta mudança na legislação, no que refere ao apoio às necessidades educativas tem vindo a sofrer alterações, ao longo dos anos, cada vez mais com a intenção de tornar mais fácil a inclusão de alunos com diferentes necessidades e características. Portanto, facultar fichas de avaliação diferentes, em sala de aula, tem sido uma prática comum, entre alunos e professores.
Sobre este tema, muito se poderia discutir acerca destas implementações da legislação na prática e na reflexão sobre os seus resultados… mas isso daria para uma tese de mestrado ou doutoramento e não para um simples artigo de blogue.
Mais uma vez, venho apenas sensibilizar para a necessidade que existe em explicar a quem cresce que, estas formas diferentes de avaliação estão adaptadas a quem precisa de outros apoios e não tem como objetivo um simples ‘facilitismo’. Porque de facto, nem sempre as crianças entendem o que realmente define tais estratégias de integração, ou seja, podem sentir uma exclusão nesta diferença… ou porque têm uma ficha dita normal, ou porque não têm uma ficha adaptada…
Assim, sem me alongar neste debate, gostaria apenas de relembrar famílias e profissionais de educação, que devem esclarecer bem estes pontos, para que não surjam dúvidas relativas às diferentes formas de avaliação e, nesse sentido, que não existam estes sentimentos de injustiça!
Chegam os dias de férias escolares, ou fins de semana mais calmos e, as famílias até desejam realizar atividades diferentes, no entanto, nem sempre existe originalidade para lembrar de algo divertido para se fazer, outras vezes, as crianças não se mostram motivadas para realizar nada de diferente.
Assim, a minha proposta hoje é simples: deixem isso comigo!
Para já basta imprimirem o documento que deixo em anexo, recortarem pelos respetivos quadrados, dobrarem cada um dos quadrados e guardarem numa caixinha ou num saquinho.
Depois, quando desejarem realizar uma atividade diferente devem retira um desses papeis da caixa e têm de fazer o que é proposto, sem recusas ou cerimónias.
Começa o mês do Natal, Dezembro… principalmente as crianças gostam de viver esta Quadra de forma intensa e diária, para isso, os Calendários de Advento ajudam muito neste sentido!! Cada dia uma surpresa diferente!
Mas, se recorrermos às grandes superfícies comerciais, encontramos apenas calendários com guloseimas e pouco mais!
Esta minha proposta procura oferecer algo de diferente… convida todos a viverem o caminho até ao Natal com gestos, atitudes e sentimentos partilhados… sem presentes, sem chocolates, nem gastos desnecessários.
Para aqueles que têm mais jeito com os trabalhos manuais, o desafio é imprimirem ambas as folhas aqui partilhadas, para que se possa ir abrindo e lendo o que está na folha seguinte.
Para tal, façam janelas em cada dia na primeira folha e colem a segunda folha atrás da primeira… simples!
Os que pretenderem algo bem mais simples, imprimem apenas a segunda folha e vão seguindo a sugestão de cada dia!
Aos que não pretendem imprimir, basta seguirem as sugestões diárias…
A decisão fica ao gosto de cada um! Feliz caminho até ao Natal!