Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Os professores são seres humanos iguais a todos os outros, mas os alunos consideram-nos uns seres bastante diferentes, portanto, quando lhes detetam um qualquer erro ou gralha, sentem-se num completo 'mar de injustiça'.
Mas, de facto, é normal que os professores cometam um ou outro erro e depois o corrija com alguma normalidade que uma situação destas deve ter, no entanto, quando os professores se enganam a corrigir os testes, raramente há alunos que fiquem descontraído e aceitem tal situação com normalidade.
A maioria dos professores opta por corrigir as fichas de avaliação em aula, no dia da entrega destas, se os alunos estiverem atentos a tal correção, podem tirar dúvidas e analisar a sua ficha, mesmo detetando algum possível erro e pedindo a alteração desta situação, assim, o professor terá a oportunidade de reaver os cálculos e colocar a verdadeira nota, com o maior respeito pelo trabalho de ambos!
Eu propunha às famílias que, em casa, explicassem aos seus alunos que, os professores podem cometer um ou outro erro na correção das fichas de avaliação e que isto ao acontecer pode retirar pontuação como acrescer pontuação e que, devem sempre rever com o professor, é uma questão de manter a justiça da nota.
É importante que o estudante aprenda também a gerir tais situações e, em simultâneo, perceba que não existe diferenças entre pessoas… todas podem falhar!
Estudante: _ Já tenho o teste de História que vou fazer amanhã…
Eu: _ Como arranjaste?
Estudante: Um colega de outra turma fez o teste ontem e é igual de certeza, ele tirou fotos à escondidas e mandou-me…»
Esta forma que aqui apresento é das mais erradas de se fazerem, mas muitas são as formas de se conseguir um teste, antes de o fazer… porque os testes são iguais entre turmas e eles pedem emprestado, já corrigido… porque alguns ATL’s guardam cópias de testes de anos anteriores e facultam, como forma de estudo, ou porque o professor utiliza as fichas que estão disponíveis na internet e algum aluno encontrou o mesmo site…
Certo é que, na minha opinião, decorar uma ficha de avaliação não é, nem nunca será aprendizagem… tirar boas avaliações, sem estudo é realmente um talento, mas não é aprendizagem, nem conhecimento das matérias a estudar.
Para mim, utilizar fichas e outros testes após horas de estudo, de forma a pôr em prática o aprendido e a perceber quais as dúvidas, parece-me uma boa técnica. No entanto, quando se memoriza uma ficha, apenas para a realizar horas depois, é certo que não se aprendeu nada sobre a matéria e, portanto, não terá utilidade no futuro…nem no ano letivo seguinte!
Pelo que tenho pesquisado, existem várias ofertas e propostas sobre este tema, tanto para crianças, como para adultos. Se não sabe bem o que é o mindfulness, pode ler um pouco mais sobre o assunto no meu Post anterior, onde deixo uma breve contextualização.
Esta técnica, utilizada em crianças e jovens, pretende atingir os seguintes objetivos:
Melhorar a atenção e a aprendizagem;
Apoiar numa melhor concentração;
Ajudar a regular emoções e sentimentos;
Promover segurança e autocontrole;
Aumentar a introspeção e autoanálise;
Diminuir ansiedade e outros sentimentos negativos;
Desenvolver a inteligência emocional…
Para atingir tais objetivos é necessário o desenvolvimento de variadas práticas de forma quotidiana. Se pretender experimentar com as crianças, existem vários sites onde pode retirar ideias e exercícios simples, adaptados às idades, que não exigem grandes objetos ou espaços, apenas será necessário despender do seu tempo para o fazer com a/s criança/s.
Se tiver interesse em algo mais aprofundado, dentro deste conceito, pode contactar alguns centros e especialistas portugueses que, há vários anos, promovem estes ensinamentos por cá… assim poderá inteirar-se melhor do conceito, tirar dúvidas específicas e colocar esta teoria em prática.
Lembro-me que, há poucos anos atrás, precisar de explicar a muitos estudantes que, a internet não iria acabar…. Eles ouviram tantas informações nas redes sociais sobre o dito ‘artigo 31’…. A maioria das informações partilhadas pretendiam apenas ter milhões de visualizações, nem que para isso ‘se deturpasse um pouco a realidade’ … e a grande maioria dos estudantes não percebeu isso, considerava de forma convicta a hipótese de ‘a internet acabar’…
Esta (in)capacidade de saber distinguir informações verdadeiras de informações falsas, no mundo virtual é uma virtude pouco existente na realidade dos nossos adolescentes e jovens…
Dificilmente sabem distinguir quais as fontes de informação mais fidedignas, ou filtrar até onde acaba a realidade e começa a ficção, num mundo onde os objetivos são apena as visualizações, as partilhas e os likes.
Para ajudar as crianças e jovens a tornarem-se sensíveis e atentos a tudo isto é necessário:
Explicar tais conceitos e desmistificar as verdades da internet;
Ensinar a pensar e a refletir sobre o mundo que nos rodeia;
Educar para a autonomia e para o livre pensamento;
Exemplificar formas de pesquisa e investigação que trarão informação correta;
As escolas de 1º ciclo, são pequenas, facilmente todos se conhecem… mas as escolas de 2º, 3º ciclos e secundários são gigantes construções que albergam centenas de alunos e profissionais educativos.
No entanto, num espaço tão amplo e com tantas pessoas, as novidades e as notícias correm a grandes velocidades… o que acontece na turma Y, em contexto sala de aula, já é do conhecimento da maioria das turmas nos próximos 90 minutos, sendo que, no final do dia já todas as pessoas sabem, mesmo que a verdade já esteja bem deturpada.
Isto traz animação diária ao espaço escolar, mas traz também muita ansiedade, quando a notícia/novidade é o próprio aluno, que se sente desrespeitado e envergonhado… numa situação muito próxima do bullying, porque enquanto as novidades não forem outras aquele aluno será apontado e criticado.
Claro está que, entretanto novas situações aconteceram e o centro das atenções transforma-se rapidamente, mas é necessário que toda a comunidade escolar esteja atenta a tais situações, de forma a controlar e respeitar, o melhor possível, situações de descriminação ou bullying.
Em casa, também é importante explicar ao estudante a realidade destas situações, sendo que tudo tem os seus limites e o respeito deve imperar sempre… ‘porque o que aconteceu ao outro, pode acontecer contigo’!