Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com o tempo e o convívio, as crianças e jovens desenvolvem laços mais próximos com quem convivem, demonstrando mais confiança e segurança para expor dúvidas e inseguranças. Contudo, manterão sempre a sua privacidade e independência em algumas situações.
Por vezes, optam apenas para contar algumas situações aos amigos, às vezes, apenas aos pais, outras vezes a outros adultos de confiança… e é muito bom que assim aconteça, porque o estudante sente que tem um leque de pessoas que o apoiam e ouvem com atenção, podendo solicitar conselhos a origens diferentes e ouvir experiências particulares.
Por tudo isto, muitas vezes, tenho o papel de confidente e apresento-me sempre disponível para escutar dúvidas e anseios. Outras vezes, não existe vontade de partilhar e eu também respeito isso, da mesma forma!
Hoje venho escrever sobre um assunto mais específico, dentro deste tão vasto tema intitulado de Educação. Venho explicar, em traços muitos simples, de que se trata, quando ouvimos falar sobre as salas Snoezelen. Este conceito inclui duas palavras SNUFFELEN = cheirar, com DOEZELEN = relaxar, (vindas dos Países Baixos).
Na prática, trata-se de «uma sala equipada com material para estimulação sensorial. É um local feito de luz, sons, cores, texturas e aromas, onde os objetos são coloridos e disponibilizados para serem tocados e admirados. Os sentidos primários são estimulados, dando a sensação de prazer…» (Amcip: 2009).
Estas salas são construídas e direcionadas para um público muito específico, como pessoas idosas, pessoas portadoras de deficiências metais, crianças com necessidades educativas especiais, etc, que possam usufruir do espaço e assim receberem novos estímulos sensoriais muito importantes para desenvolver algumas competências e capacidades.
Assim, o Snoezelen é um complemento aos estímulos sensoriais que pode contribuir, de forma muito positiva para:
A promoção de relaxamento e bem estar;
A prevenção e alívio da dor;
Um facilitador da descoberta de reações e emoções;
Um acrescento de estímulos;
Múltiplos estímulos cerebrais;
Uma promoção de maior qualidade de vida…
O apresentar deste conceito, de forma tão simples, tem apenas como objetivo, lembrar a importâncias e a existência destas Salas, quem sabe existam pessoas interessadas em saber mais sobre o assunto, no sentido de apoiarem algum dos seus familiares concebendo esta opção nas suas terapias.
Quando as crianças entram para os primeiros anos de escola muito das suas rotinas mudam, num momento em que ela se desenvolve rapidamente, a nível físico e psicológico.
Como são alterações constantes, as famílias devem estar muito atentas a este crescimento, pois é nesta fase que algumas situações devem ser rastreadas e despistadas.
Por isso, hoje venho escrever sobre a importância dos rastreios nas crianças e jovens de idade escolar. Quando escrevo sobre isto, refiro-me a:
Rastreios visuais, muitas crianças precisam de utilizar óculos;
Rastreios auditivos, as otites são muito comuns em crianças, entre outras situações;
Rastreios dentários, visita anual ao dentista;
Rastreio da linguagem e fala, pode ser necessário terapia;
Rastreios psicológicos, sempre que se denote alguma especificidade em ações e comportamentos;
.....;
Não pode ser nenhum estigma, nem para as crianças, nem para as famílias, procurarem estas formas de apoio à saúde, até porque, quanto mais precoce for a intervenção, mais rapidamente se poderá ajudar a criança a se desenvolver da melhor forma e com o melhor acompanhamento possível.
Quanto maior e melhor for o apoio à criança que cresce e se desenvolve, mais feliz e concretizada ela estará, no presente e no futuro. Portanto, ignorar, ou esperar que as situações se resolvem com naturalidade, não será a melhor opção. Sempre que alguma dúvida surgir, não hesite em procurar apoio, mesmo que a resposta seja que ‘está tudo bem’, certamente a família ficará muito mais descansada…
Existem crianças e jovens com personalidades mais tímidas e com mais dificuldade em se adaptarem às novas rotinas escolares, alguns porque mudaram de escola e com isso apresentam mais dificuldades de integração, outros porque mudaram de turma e já não se sentem tão à vontade, mesmo estando no mesmo estabelecimentos… outros porque, mesmo sem grandes alterações, têm dificuldades nestes processos iniciais de rotina.
Estas questões são muito importantes, a capacidade de adaptação emocional é fundamental para que um estudante se sinta bem em contexto escolar , capaz de aprender e com motivação para adquirir novos conhecimentos.
Em casos mais dramáticos, os estudantes podem viver situações difíceis e complexas, como por exemplo: fobia escolar, depressão, bullying, ansiedade, etc. Portanto, mantenha-se atento, em especial nesta época de início de ano letivo.
Para ajudar à integração do estudante em contexto escolar, pode sempre:
Conversar abertamente sobre estas questões e orientar;
Convidar os colegas de escola para festinhas ou lanches;
Apresentar alunos de outras turmas, mas da mesma escola, conhecidos da família;
Proporcionar momentos de iteração entre estudantes da mesma idade, fora do contexto escolar;
Inscrever em atividades extra curriculares que proporcionem trabalho em grupo;
Reunir com o diretor de turma, sempre que seja necessário;
Conversar com algum colega de turma para perceber alguma realidade que suscite dúvidas, sempre com autorização do respetivo encarregado de educação;
Ajude e oriente nos trabalhos de grupo;
Solicitar apoio psicológico, sempre que se justifique;
Se na publicação anterior fiz referência a várias atitudes que não aconselho as famílias a fazerem, agora que as aulas iniciam, hoje, venho trazer o outro lado destes conselhos, ou seja, venho apresentar algumas propostas daquilo que poderão fazer para apoiar a integração dos estudantes nas novas rotinas de um novo ano escolar, que agora se inicia.
Assim, devem:
Conversar sobre as experiências e vivências do dia de aulas, em família, ao jantar ou num outro momento dedicado às conversas familiares;
Seja muito exigente na responsabilização por organização, tarefas e horários, é algo que tem de ser iniciado já, e só acabará no final do ano letivo;
Controle os horários em frente aos ecrãs, como jogos, chats, vídeos, etc., são hábitos que agora terão de ser muito mais regrados;
Defina horários diários de estudo, existam ou não testes, TPC’s, fichas, etc., é necessário estudar todos os dias;
Controle horários de sono, hábitos de higiene e cuidados alimentares, tudo isto tem uma influência enorme no quotidiano escolar e nas capacidades de aprendizagem;
Se existiu uma mudança de escola, conheça as novas instalações, os novos amigos e reúna com o diretor de turma, para reconhecer a nova realidade do estudante;
Supervisione os cadernos diários, a organização e os cuidados com os materiais escolares, esta responsabilização é primordial, ao longo de todo o ano.
Se considera que serão necessárias explicações ou apoio escolar, comece já, não deixe essas opções para depois dos resultados menos bons.
Seja benevolente, nos primeiros dias é normal os esquecimentos de materiais escolares, TPC’s e alguma desorganização.