Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
As novas tecnologias estão intrínsecas aos jovens, eles usam-nas a todo o momento e não vivem o dia a dia em pleno sem Internet, smarphones, etc… claramente que, tudo o que é utilizado em exagero é prejudicial. Por isso, eles terão de aprender a utilizá-las com as medidas certas e tempos limitados.
No entanto, também é importante que os estudantes consigam tirar partido destas novidades, tão quotidianas, para os seus estudos diários. O acesso rápido a estes equipamentos e a tanta informação podem trazer vários benefícios de que, por vezes, eles não se apercebem. Portanto, deixo aqui algumas sugestões com as respetivas contraindicações:
Podes fazer pesquisa para um trabalho escolar, desde que não copies tudo, deves sempre escrever pelas tuas palavras;
Podes tirar dúvidas de alguma matéria, desde que seja um site de confiança, com informações corretas;
Podes estudar por vídeo chamada, quando pretendes estudar com um colega de escola, desde que não percam tempo em outras conversas e assuntos;
Podes assistir a vídeo aulas, desde que não te percas a visualizar outros vídeos que nada importam para a escola;
Podes agendar datas e avaliações no telemóvel, desde que não estejas em simultâneo em redes sociais e afins;
Podes realizar fichas e testes, desde que tenham correção anexa, ou que consigas que alguém corrija depois;
Podes treinar para apresentações orais, filmando-te, desde que não te distraias com brincadeiras para a câmara de vídeo…
Todos sabemos que a participação nas aulas é fundamental, demonstra atenção na matéria lecionada e interesse, até mesmo tirar dúvidas durante a aula é importante e demonstra que o aluno está, de facto, preocupado em tentar entender e aprender.
Mas, para os alunos mais tímidos, participar e colocar questões perante toda a turma é muito constrangedor e raramente o fazem, mesmo sabendo que o silêncio pode ser mais prejudicial do que benéfico.
O mesmo acontece quando são os professores a interpelarem o aluno, de forma individual. A maioria dos alunos pensa que, ao colocar questões ou propor ir resolver exercícios ao quadro é forma de exposição negativa pois, ao falharem, demonstram as suas fraquezas perante todos os colegas. No entanto, estas são entendidas como estratégias positivas para os professores, pois podem perceber se realmente a aprendizagem está a acontecer e se está a ser contínua. E, também, ao orientarem o aluno na realização de exercícios torna-se mais fácil esclarecer dúvidas e apoiar na concretização de um novo saber fazer.
É, por isso, importante que converse com o seu estudante sobre este tema, esclarecendo que, o professor sempre que interpela um aluno está a tentar ajudar e a procurar uma avaliação positiva, não está com interesse em envergonhar ou em denegrir a imagem perante os colegas. Por esta razão é que alguns professores direcionam as suas questões para aqueles que apresentam mais dificuldades, até porque, sempre que o aluno está no quadro a resolver algo com o professor memoriza melhor cada passo e cada explicação. Retirem estes receios aos estudantes, certamente sentir-se-ão mais confortáveis em sala de aula!
As famílias querem muito ajudar as crianças e jovens na escola, no entanto, os métodos de ensino são diferentes e o afastamento das matérias estudadas já é grande, para muitos adultos, o que dificulta esta tarefa, por mais boa vontade que se tenha.
Mas não se sintam completamente inúteis, o facto de se demonstrarem preocupados e atentos às rotinas de estudo e avaliações, já oferece ao aluno uma grande segurança e confiança. Para além disso, se pretende intervir, um pouco mais, no estudo diário e na preparação para as avaliações, pode sempre:
Adquirir livros de preparação para testes, guardar as soluções e corrigir;
Fazer perguntas sobre a matéria, através do manual;
Procurar fichas da matéria na internet;
Pedir para que o seu filho lhe explique a matéria;
Copiar fichas já feitas para que as volte a realizar;
Estudante: _Já! Sabes… Eu tenho um colega que a mãe faz os trabalhos por ele… Ele não faz nada, mesmo… Isso está errado… Foi a mãe que lhe fez o trabalho todo!
Eu: _ Claro que está errado…»
Por vezes os estudantes têm muitos trabalhos de casa e acumulam com testes e outros trabalhos, fazendo com que os pais sintam que devem ajudar a resolver tudo isto, fazendo parte do trabalho destinado ao aluno. Não me parece que seja, de todo, a atitude mais correta… cada vez mais a criança vai crescendo e vai ter a necessidade de aprender a gerir o tempo as tarefas e a vida pessoal, com o tempo vão desenvolvendo tal competência.
Aos pais que pretendam ajudar podem:
Explicar alguma matéria em dúvida, quando sabem;
Corrigir os TPC’s sem ser necessário irem a grandes pormenores de correção;
Orientar para a melhor forma de estruturar um trabalho individual;
Pouco interferir em trabalhos de grupo, apenas verificar se todos participam de igual forma;
Fazer perguntas da matéria que sairá para o teste;
Lembrar as horas de estudo e a necessidade de gerir horários….
O apoio individualizado ao estudo, realizado por Explicadores/as, é cada vez mais procurado pelos encarregados de educação que procuram potenciar as qualidades e competências dos seus estudantes, proporcionando-lhes um estudo mais individualizado, personalizado, que apoie o ensino massificador da escola atual. Neste sentido, o papel do Explicador passa, de forma geral, por:
Ensinar métodos e técnicas de estudo;
Desenvolver responsabilidades no estudo;
Propor metas adaptadas a cada estudante;
Consolidar aprendizagens pouco estruturadas;
Adaptar o ensino às especificidades de cada estudante;
Desenvolver a capacidade reflexiva;
Construir exercícios adaptados e individualizados;
Esclarecer dúvidas das matérias a estudar…
Através da minha experiência, gostaria de associar a todos estas referencias os três fatores primordiais que os estudantes apresentam como alterações positivas no seu estudo diário, após um acompanhamento individual de um/a explicador/a, são eles: o aumento da segurança perante a(s) disciplina(s) e a avaliação, a melhoria de resultados escolares e maior empenho e dedicação ao estudo.