Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Começa o início da adolescência e, a maioria dos estudantes, muda bastante a sua personalidade, muda os gostos, as vontades, a forma de estar e de pensar… Muda tanto que as famílias sentem que estão a conviver com um desconhecido lá em casa.
A aparência é algo que os adolescentes começam por valorizar imenso, demoram muito tempo a escolher roupa (de acordo com modas e marcas), querem usar acessórios pelos quais antes não demonstravam interesse, querem mudar o estilo e o penteado e, muitas vezes, querem também usar brincos, piercings e tatuagens…
Tudo isto deixa as famílias inseguras, para além de influenciarem o orçamento familiar com estas roupas e objetos de marcas caras, também colocam questões estéticas e de saúde em confronto.
Na minha opinião, esta forma de afirmação parece-me saudável, um corte de cabelo diferente, umas roupas de estilo próprio (que não leve a família à falência) são formas de experimentar papeis e posições na sociedade próprio desta idade.
Quanto aos brincos e piercings depende muito das ideologias da família, que deve conversar em conjunto e definir que permissões… em alternativa, existem sempre brincos falsos (que não é necessário furar a orelha) que podem ser comprados em qualquer centro comercial. Até porque, nestas idades, não existem gostos permanentes e esta alternativa pode facilitar a mediação familiar…
Quanto às tatuagens, não me parece que as famílias devam autorizar antes dos 18 anos. Até porque, se falarem com tatuadores entendidos e sinceros irão explicar que, como o corpo está ainda em formação, a tatuagem vai ficar deformada com o crescimento do jovem e mesmo aos 18 anos é bem provável que tal aconteça. Logo, ficarão com um desenho deformado na pele que não dá para retirar de forma simples. Para além disso, como eu já escrevi, os gostos mudam e seguem muito as modas… as modas são efémeras, portanto, não devem deixar marcas eternas.
Chega o mês de dezembro e as crianças e adolescentes começam em contagem decrescente para o Natal, para férias, convívios e presentes!
Se quer aproveitar toda essa motivação com eles, imprima este Calendário de Advento e procurem, juntos, responder aos desafios diários, assim fazem um caminho diferente, ao longo de todo o mês de dezembro, sem que falte animação e imaginação para um Natal e uma Passagem de Ano, fantásticos!
«Eu: _O teu caderno está a acabar, será que chega ao final do ano?
Estudante: _Pois… Já tomei uma decisão para o próximo ano… Não vou comprar cadernos, quero comprar uma capa e, com separadores, ponho lá todas as disciplinas!!»
Para este assunto, não tenho opinião formada sobre qual das duas hipóteses se torna mais vantajosa. Quando os estudantes são organizados e responsáveis, qualquer um dos métodos funciona na perfeição.
No 1º ciclo, por norma, estas decisões ficam a cargo dos professores que, no início do ano, fazem uma lista com os materiais a adquirir. A partir do 2º ciclo, a maioria dos professores deixa essa opção à escolha dos estudantes, desde que, apresentem sempre os apontamentos e sumários organizados e cuidados.
A minha proposta passa pelo experimentar, se existir curiosidade por parte do estudante em utilizar um método diferente, na tentativa de melhor se organizar.
Acrescento que a decisão não devem mudar a meio do ano, ou implica que tenha de passar toda a matéria de novo e mais investimento financeiro… a experiência terá de ser por um ano letivo!
Relembro que, muitos professores avaliam o caderno diário no final dos Períodos/Semestres, ao longo das aulas, ou no final do ano letivo, aproveitem bem esses ‘valores extra’!
Como não tenho opinião definida, deixo aqui uma tabela com os prós e contras do uso de cadernos ou capas:
Estudante: Só tenho duas… uma oficial e outra para os ‘friends’…há quem tenha mais!
Eu: _Para que precisas de duas contas?
Estudante: _Há coisas que só quero partilhar com os amigos»
Com o passar dos anos e pelas conversas que tenho com estudantes, tenho percebido que os gostos pelas redes sociais são enormes, mas que não são iguais às dos adultos eles, por exemplo, não gostam de facebook e utilizam bem mais o instagram, o que mais gostam de partilhar são fotos individuais ou com amigos e estão horas em conversas, através destas redes.
Como eles partilham muitas coisas que consideram privadas, tanto em comentários com em conversas, acabam por criar uma ou mais contas, para além das que são conhecidas pelos pais e demais familiares.
Nós sabemos que todos os pais vão às contas dos filhos, muitas vezes até têm as passwords, estão atentos às publicações e às amizades, é claro que, eles também sabem… por mais que isso seja feito de forma muito discreta! Então, criam uma nova conta, onde selecionam muito bem as amizades e onde partilham coisas que consideram mais privadas, como amizades, namoros, situações que acontecem na escola, ou no grupo de amigos.
Nesta(s) outra(s) conta(s) não precisam de apagar conversas, nem comentários, como fazem nas contas ditas ‘oficiais’, e tornam-na um ‘quase diário sagrado’ onde só chega quem querem.
Esta situação não me parece alarmante, no entanto, as famílias devem estar atentas às redes sociais ‘ditas oficiais’ e devem também estar alerta para estas práticas comuns… sempre com grande descrição e com respeito pela privacidade, pela qual eles tanto lutam!
Vivemos num mundo ligado em rede, uma rede informática que nos tornou dependentes, em tão poucos anos. Se alguns dos adultos ainda estão reticentes e controlam o seu acesso a este meio de comunicação, com peso e medida… os adolescentes e jovens de hoje, estão completamente rendidos a este espaço paralelo e pouco real.
As novas tecnologias, os jogos, os vídeos e as redes sociais dominam, de tal forma, a vida quotidiana desta gente que cresce que, não conseguem passar um dia, que seja, sem um destes ecrãs. A televisão, está até, um pouco ultrapassada!
Se tudo isto os motiva, a escola desmotiva… nos intervalos é vê-los de telemóvel na mão… usam-no enquanto conversam, como se fosse objeto fundamental… assumem facilmente a sua dependência… e algumas famílias parecem partilhar tal vício… basta sentarmo-nos numa mesa de café e olharmos em volta!
É verdade que torna-se difícil reduzir este consumo de internet, pelos nossos estudantes, mas também é verdade que toda a sociedade precisaria de ponderar e refletir sobre estes seus hábitos, também… a educação faz-se com o exemplo!
Então, o que motiva estes adolescentes e jovens, de hoje?