Eram os Morangos com Açúcar, agora são os Vampiros – o uso da TV
Diálogo entre mim e um/a estudante de segundo ciclo:
Estudante: «Vê a série: The Vampire Diaries?
Eu: _ Não, também só tenho quatro canais de televisão…
Estudante: _ A sério, só quatro canais? Como é que consegue viver?
Eu: _ Não vejo muita televisão!
Estudante: _ Como é que é possível?! Aquilo é tão fixe….»
Quanto já lemos e ouvimos sobre os malefícios que, o assistir a muita televisão, pode causar às nossas crianças e jovens. Este objeto que padece de tremenda evolução em tão curto espaço de tempo, fascina os mais novos nos seus sentidos principais (visão e audição), com canais e programas dedicados às faixas etárias mais baixas prende-os sub-repticiamente ao sofá, durante horas.
Lembrando os problemas que esta pode causar, afirmo que estudos revelam que as crianças que mais televisão viram mais provam ser carentes nos testes psicológicos, podem desenvolver mais facilmente um deficit de atenção, têm mais possibilidades de serem vítimas de bullying por parte dos colegas e têm mais propensão em terem excesso de peso.
Contudo, se até nós adultos, valorizamos este meio de comunicação que nos atualiza, alerta e entretém, também podemos perceber algumas vantagens deste conceito nos nossos estudantes, pois alguns programas educacionais podem funcionar como complemento de uma aprendizagem escolar, cultural e social, desde que esteja limitada em espaço e tempo e não prejudique o convívio e a experiência direta com o mundo real.
Neste sentido, a American Academy of Pediatrics (Academia Americana de Pediatria) recomenda que as crianças não assistam a mais de 2 horas de televisão por dia após os dois anos de idade, e nem um único minuto antes daquela idade. Deve ter-se também em linha de conta que, os jogos de consolas e computadores não podem ser complemento à ausência da TV.