Ensino à distância… a minha (pouca) experiência…
Em tempos de confinamento social, o meu afastamento dos alunos está a ser apenas físico, porque as explicações online permanecem e, como sempre o fiz, são de forma individual, portanto não denoto grandes diferenças… confesso que sinto mais falta das aventuras relatadas em tempos de escola, que agora não existem e que tanto motivava quem cresce.
Ao manter esta proximidade, continuo a receber o feedback de toda esta nova forma de estudo, das dificuldades e dos anseios, tanto dos estudantes como das famílias.
Com esta pequena experiência de algumas semanas de aulas em casa, percebo que a motivação não é muita e perde-se a cada dia que passa. Os alunos não sentem tanta motivação pela aprendizagem, tendem a desleixar-se na realização dos trabalhos e nas tarefas. Para além disso, têm muitas dificuldades em aprender novas matérias, principalmente, nas línguas e na matemática.
No entanto, não existem apenas situações menos boas, a grande maioria dos alunos procura assistir a todas as aulas, sejam elas a telescola sejam as vídeo aulas e fazem todos os trabalhos recomendados, mesmo que algumas escolas tenham optado por não confirmar a realização dos mesmos.
Os alunos continuam a criar estratégias para manterem-se em contato social com os amigos e colegas, através das redes sociais e dos jogos online e procuram estar ocupados. Os mais velhos procuram também manter uma atividade física regular, o que demonstra uma enorme procura de adaptação à situação atual.
Como ajuda, a grande maioria das outras atividades extra curriculares também se mantém à distância, através das plataformas que permitem reunião de grupos, o que incentiva ao desenvolvimentos de outras competências.
Desejo que esta minha experiência de ensino-aprendizagem à distância não se prolongue por muito mais tempo e que, em setembro, as crianças e jovens voltem a invadir as escolas, com os sorrisos de sempre e com as aventuras pessoais e sociais que muito as fazem crescer!