Educação financeira: recebes mesada?
– PARTE I
Diálogo entre mim e estudante de 2º ciclo:
«Estudante: _Acho que estraguei a máquina de calcular!
Eu: _Já, ainda a compraste este ano!?
Estudante: _ Foram só 12 euros…
Eu: _ Não me digas que achas pouco? Sabes quanto tempo os teus pais têm de trabalhar para receber esses 12 euros?»
A escola procura formar indivíduos, no entanto, não os consegue formar em todas as suas vertentes, que são imensas. Portanto, cabe às famílias e à sociedade oferecer momentos e situações de vida que permitam, a quem cresce, obter muitas outras formas de educação e formação.
Uma deles, muito importante é a educação e financeira e económica. As crianças devem aprender muito sobre a importância do dinheiro, aprender a gerir e a poupar. Para tal, devem aprender muitos conceitos económicos e devem poder praticar também alguns desses conceitos. Para isso, é muito importante que os estudantes recebam mesada, semanada, ou mesmo, outra estratégia familiar, que lhes permitam aprender competências relacionadas com a gestão do dinheiro.
Em casa, também é importante perceberem a gestão do orçamento familiar, as despesas que acontecem mensalmente, o peso das despesas pessoais, as estratégias financeiras, assim como, o conceito de trabalho e de salário.
Um exemplo muito claro de que, nem sempre os estudantes têm a noção dos valores implicados é a questão dos telemóveis, muitos jovens têm telemóveis que custam mais do que um salário mínimo nacional e tratam o objeto com pouco cuidado, como se estivessem a utilizar algo de pouco valor, sendo que, por vezes, as famílias fazem um esforço financeiro enorme para comprar tal equipamento, que dura menos de dois anos.
Estas situações podem ser muito graves, pois se uma criança ou jovem não consegue aprender muito sobre economia e finanças, em adultos terão imensas dificuldades em gerir o seu próprio salário, em fazer as suas próprias poupanças e economias.