Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Quando o professor te pede para escreveres uma composição, deves ter em consideração tudo aquilo que já referi nas publicações anteriores, ou seja, que Tipo de Texto que te é solicitado e qual o tema que deves desenvolver. Depois, para o escreveres segue os seguintes passos gerais:
Vamos imaginar que a proposta é para um texto de 100 a 150 palavras. Então, considera, no geral que: cada linha contém, em média, 10 palavras.
Escreve um parágrafo de 3 a 4 linhas, onde fazes a introdução ao tema que irás desenvolver, para que, quem esteja a ler compreenda de que se irá tratar.
(40 palavras)
Escreve dois ou três parágrafos, com o desenvolvimentos da tua intenção de escrita, aqui podes desenrolar o tema ou a história com muita imaginação e criatividade, utiliza recursos expressivos, adjetivos e enriquece com ideias e contextos. Podes desenvolver o tema, conforme o limite de palavras que te for imposto.
(70/80 palavras)
Escreve um parágrafo de 3 a 4 linhas, onde realizes uma conclusão final sobre o que escreveste, por exemplo, acaba a história que contaste, conclui a tua opinião final, ou despede-te caso estejas a escrever uma carta.
«Eu: _ Se tirares negativa os teus pais podem deixar-te de castigo?
Estudante: _Sim… tiram-me tudo… Não há nada pior que se possa fazer a uma criança do que lhe tirar tudo…»
Algumas famílias propõem determinadas exigências aos mais pequenos, que nem sempre conseguem ver concretizadas, isto leva a que seja necessário tomar medidas, entre elas surgem os castigos, é-lhes retirado objetos, tempos em frente aos ecrãs, etc., por norma, estes castigos acabam por surtir o efeito desejado e as crianças, ou jovens, moderam ou alteram as suas atitudes, pois perceberam que não estão a ser corretos e com isso recebem estímulos nada agradáveis.
No entanto, existem famílias que referem que esta forma de castigar não funciona com o seu estudante, pois ele não demonstra grande preocupação em ficar privado de momentos que aprecia, logo, os castigos não se apresentam práticos ou punitivos.
Nesta situação, antes que as família desesperem, posso sugerir dois simples conselhos, com o objetivo de surtir o mesmo efeito, ou seja, a mudança de atitude:
Apelar aos estímulos emocionais e de responsabilização, sempre que o criança ou jovem não tem a atitude mais correta e existe a necessidade de esclarecer e orientar, demonstre que o estudante o/a desapontou, que está muito triste, com grande desilusão e torne-se emocionalmente mais distante… algumas crianças e jovens responsabilizam-se mais rapidamente interpretando estes sinais emocionais e desenvolvem empatia por sentimentos e emoções, tornando-os mais capazes de perceber e se responsabilizarem pelas próprias ações e atitudes.
Exigir uma contribuição maior em tarefas diárias para ajudar a família, como por exemplo, fazer algumas limpezas extra, ou atribuir-lhe algumas funções pouco desejadas pelas crianças/jovens que, por hábito, não são da sua responsabilidade. Para que tal traga o efeito desejado, nunca poderá ser benevolente ou permitir que a tarefa não seja executada na totalidade!
As famílias, melhor do que ninguém, conseguem perceber a melhor forma de orientar, premiar, castigar, e educar os seus… Sem violência ou exageros, mas com muita assertividade nas decisões! Crianças com famílias assertivas tornam-se muito mais seguras e tranquilas!
Haverá tema mais controverso sobre educação e escola do que refletir sobre retenções escolares? Na minha opinião, poucos temas são, de facto, tão controversos como este.
Existe quem defenda que os estudantes não devem ficar retidos em nenhum ano escolar, pois cada aluno tem o seu ritmo e não aprendem todos ao mesmo ritmo nem no mesmo momento, não podemos ensinar de forma igual, pessoas diferentes… a ritmos iguais.. crianças com ritmos diferentes…
Existe quem defenda que, as aprendizagens de cada ano letivo devem ficar bem consolidadas, pois estão encadeadas e, perdendo as etapas de ensino, torna-se cada vez mais difícil entender a complexidade crescente das matérias escolares lecionadas, para isso surge a retenção!
Hoje, venho centrar esta reflexão no contexto de 1º ciclo (entre o 1º e o 4º ano de escolaridade). Estes primeiros anos de aprendizagem são, para mim essenciais, aprender a ler, escrever, contar… tornam-se a base e sustento de todos os outros conhecimentos que serão adquiridos em anos posteriores.
Portanto, neste sentido, nem sempre poderá ser produtivo que uma criança siga para o ano letivo seguinte se apresenta muitas dificuldades na aquisição de conhecimentos básicos, que exigem níveis de abstração para os quais ela ainda não tem capacidade.
Na minha opinião, atrasar um ano letivo, não prejudica em nada o desenvolvimento da criança, permite-lhe apenas que os tempos e as aprendizagens sejam adaptadas e apropriadas ao seu ritmo cognitivo e de desenvolvimento, respeitando-se o crescimento de cada ser, de forma individual. Em anos seguintes o estudante poderá já manter o mesmo ritmo de aprendizagem dos colegas e esta situação poderá nunca mais se repetir… ficar retido um ano letivo não deve, de todo, trazer estigma para o estudante, nem para a família, nem para a comunidade escolar!
E enquadro este assunto da retenção escolar, com a mesma naturalidade e lógica das crianças – sobredotadas - que são inseridas em anos superiores à sua idade, para melhor adaptarem o seu nível de desenvolvimento.
Como escrevi anteriormente, assumo que este é um tema controverso e sensível, pelo que aceito opiniões e ideias diferentes das que aqui partilho! Terei todo o gosto em ler o que quiserem partilhar, de forma pertinente, nos comentários sobre este assunto.
Quando as crianças são pequenas os medos surgem de forma natural e são comuns em algumas etapas da vida, fazem parte do crescimento e da responsabilidade. No entanto, alguns medos podem ser mais persistentes e trazer muitos incómodos para toda a família.
Para tentar resolver estas situações as famílias procuram várias técnicas e estratégias que vão experimentando até que algo funcione, ou até que a situação se resolva naturalmente.
Como forma de ajudar, aqui ficam algumas sugestões de apoio:
O Spray do medo: reutilize um spray, embelezando-o com monstros ou fantasmas, escreva ‘anti monstros’ ou algo que se adapte ao medo da criança, coloque água com um cheirinho agradável para a criança, polvorize sempre que existir a necessidade de afastar algum medo momentâneo (: medo do escuro);
O brinquedo da paz: defina com a criança um brinquedo, novo ou antigo, como o eleito para dar segurança, proteção e coragem à criança. Assim, ela poderá fazer-se acompanhar dele em casos específicos, para se sentir mais confortável e segura (ex.: iniciar a pré-escola/escola);
A história com final feliz: procure ou crie uma história que contenha o medo da criança e que finalize de forma alegre e feliz, conte-a sempre que necessário para acalmar e alegrar;
Prender o medo: em algumas crianças, usar o desenho como forma de expressão e de transmissão de sentimentos funciona muito bem, pode pedir-lhe que desenhe o seu medo e que o coloque dentro de uma prisão;
O cofre dos medos: esta atividade foi publicada neste blogue, nos Jogos Pedagógicos, em conjunto com outros jogos que promovem o ensino das emoções e da criatividade. Para perceber como é feito, pode visitar aqui.
Atenção que, em algumas situações mais particulares o medo pode transformar-se numa fobia difícil de controlar, nessa situação será necessário o apoio de um profissional. Não hesite em procurar apoio, sempre que sentir essa necessidade.
Muitas vezes converso com os estudantes sobre outros assuntos que transcendem as aprendizagens normais ensinadas em sala de aula.
Não apenas porque segue o contexto da matéria, mas porque considero que existe muita aprendizagem que não se aprende com os livros que eles têm para estudar, mas que são assuntos fundamentais para viver uma vida consciente, reflexiva e crítica.
Outras vezes, porque a pergunta é tão direta e específica que compreendo a urgência de a ver respondida e debatida!
É muito importante que o estudante esteja sensível para questões do mundo atual, que exigem consciência e tomada de posição ética e moral, que o faça refletir nos seus valores pessoais e sociais e que o torne um adulto informado e sensibilizado para tantas outras questões, que não estão nos manuais escolares, mas que irão ser de grande importância no futuro.
As famílias também deveriam ter esse cuidado, dialogar e explicar as várias questões éticas do mundo (passado, presente e futuro) procurando desenvolver uma consciência crítica e clara do mundo.