Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Sendo a dislexia uma dificuldade de aprendizagem, trará, ao estudante, dificuldade em manter boas avaliações. Por vezes estes baixam os resultados escolares em várias disciplinas devido aos erros ortográficos e demonstram mais dificuldades em compreender questões e interpretar problemas.
Tal como já referi, torna-se imprescindível que a comunidade escolar se apresente cada vez mais disponível e sensível para este tema.
Para além disto, aos educadores/pais/explicadores cabe oferecer um apoio maior e individualizado a estes estudantes, que deverá passar por:
Conversar com o estudante sobre o tema e desmistificar receios;
Corrigir todos os erros ortográficos de todo o caderno diário e de todos os escritos produzidos pelo estudante;
Promover momentos de treino da escrita, constantemente;
Incentivar à leitura e interpretação de textos e obras literárias;
Reler perguntas e problemas em alta voz para apoiar a compreensão destas;
Dedicar momentos especiais ao estudo ortográfico;
Utilização de métodos multissensoriais;
Incentivos positivos;
Para além de todas estas particularidades, não nos podemos esquecer que, um estudante disléxico necessita de um maior esforço para estudar e melhorar a sua escrita, portanto é desejável o incentivo e a constante motivação para tal.
Estudante: _ Podia ser melhor se não fosse esta coisa chamada dislexia.»
Eu: _ Achas que esse problema interfere muito com o estudo?
Estudante: _ Pois?…»
Já aqui falei, em publicações anteriores, de Necessidades Educativas Especiais e a dislexia insere-se neste contexto, pois interfere com a capacidade de aprendizagem, dos estudantes ao longo de toda a vida.
A dislexia define-se como «(…) uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caraterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica (…) que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais» (Associação Internacional de Dislexia).
Ao longo do meu percurso apoiei alguns estudantes com este diagnóstico, contudo nem sempre senti o apoio necessário, por parte das suas escolas, na sensibilização de uma avaliação adaptada a esta situação, esta inquietação também é refletida pela Especialista em Dislexia Drª Paula Teles que afirma: «no nosso país o Decreto-lei 3/2008, aplica-se às crianças com necessidades educativas especiais, mas não faz qualquer referência em relação à metodologia reeducativa a adotar. Na grande maioria dos casos os alunos dependem da “benevolência” dos professores, desculpando a falta de correção, a fluência leitora, a limitação vocabular, os erros ortográficos...» (In Revista Portuguesa de Clínica Geral: 2004). Fica portanto, aqui, um alerta a toda a comunidade escolar para se pensar em novos métodos de apoio e intervenção.
Por toda esta complexidade, pretendo dar continuidade a este tema, nos próximos artigos…
Alguns estudantes, alguns meses ou anos, após o início da aprendizagem escolar, da Língua Inglesa, começam a assumir uma aversão à disciplina e ao estudo desta, referem ser difícil de aprender e portanto apresentam avaliações mais baixas ou mesmo negativas.
Na minha opinião, na maioria destes casos, esta aversão reflete a perda de um fio condutor de aprendizagem, no decorrer da aprendizagem inicial já que, o estudante, não consegue acompanhar o grau de complexidade crescente que o estudo de uma Língua requer. No primeiro ano de estudo da Língua Inglesa são ensinados grandes pilares que sustentam o entendimento e funcionamento da língua, seja através da quantidade de vocabulário seja na estruturação gramatical que, se não ficar bem assimilada, não poderá apoiar outras aprendizagens futuras.
O meu conselho para colmatar tais lacunas de aprendizagem passa por um estudo acompanhado (explicador/pais) que identifique, explique e desenvolva práticas de consolidação de aprendizagens, de acordo com as dificuldades de cada estudante, devendo, este apoio, ser sempre individualizado e adaptado.
O apoio individualizado ao estudo, realizado por Explicadores/as, é cada vez mais procurado pelos encarregados de educação que procuram potenciar as qualidades e competências dos seus estudantes, proporcionando-lhes um estudo mais individualizado, personalizado, que apoie o ensino massificador da escola atual. Neste sentido, o papel do Explicador passa, de forma geral, por:
Ensinar métodos e técnicas de estudo;
Desenvolver responsabilidades no estudo;
Propor metas adaptadas a cada estudante;
Consolidar aprendizagens pouco estruturadas;
Adaptar o ensino às especificidades de cada estudante;
Desenvolver a capacidade reflexiva;
Construir exercícios adaptados e individualizados;
Esclarecer dúvidas das matérias a estudar…
Através da minha experiência, gostaria de associar a todos estas referencias os três fatores primordiais que os estudantes apresentam como alterações positivas no seu estudo diário, após um acompanhamento individual de um/a explicador/a, são eles: o aumento da segurança perante a(s) disciplina(s) e a avaliação, a melhoria de resultados escolares e maior empenho e dedicação ao estudo.
Estudante: _ Parti a minha caneca preferida… era mesmo a minha caneca preferida!!!
Eu: _Devemo-nos importar com as pessoas, não com os objetos!
Estudante: _ Mas era a minha caneca preferida porque me fazia lembrar a minha avó.
Eu: _ Ficas com essa memória na mesma… só que os objetos não duram para sempre…
Estudante: _Pois não… é pena!»
Pretendo refletir sobre a Inteligência Emocional, pois não sendo ainda um assunto muito considerado em contextos formais de educação, deve ser tido em conta como conceito fundamental no desenvolvimento humano. Portanto, a Inteligência Emocional (QE) é tão importante como o Coeficiente de Inteligência (QI), ambos sustentarão um estudante capaz de aprender e de crescer.
Contudo, uma criança emocionalmente inteligente não é uma criança que não chora, não faz birras ou não demonstra frustração, é sim uma criança capaz de lidar e compreender tais emoções, conseguindo interpreta-las e explica-las, melhorando estas capacidades ao longo da vida.
Neste sentido, assume-se que o desenvolvimento destas capacidades influenciam diretamente a aprendizagem em contexto escolar, pois, tanto melhor será o rendimento escolar quanto melhor estiver a autoconfiança do estudante, a sua motivação para aprender e a sua boa capacidade de comunicar com os outros (pares/professores/educadores).
Em termos gerais, a Inteligência Emocional promove no estudante:
Confiança em si e na sua conduta;
Mantém a curiosidade como sensação positiva;
Detém uma intenção de se superar;
Controla as suas ações perante si e perante os outros;
Aumenta a capacidade de cooperar com outros;
Apresenta maior motivação para comunicar e se exprimir.
Inteligência Emocional também se ensina????? Veja no próximo Post!!!!