Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
As novas tecnologias estão intrínsecas aos jovens, eles usam-nas a todo o momento e não vivem o dia a dia em pleno sem Internet, smarphones, etc… claramente que, tudo o que é utilizado em exagero é prejudicial. Por isso, eles terão de aprender a utilizá-las com as medidas certas e tempos limitados.
No entanto, também é importante que os estudantes consigam tirar partido destas novidades, tão quotidianas, para os seus estudos diários. O acesso rápido a estes equipamentos e a tanta informação podem trazer vários benefícios de que, por vezes, eles não se apercebem. Portanto, deixo aqui algumas sugestões com as respetivas contraindicações:
Podes fazer pesquisa para um trabalho escolar, desde que não copies tudo, deves sempre escrever pelas tuas palavras;
Podes tirar dúvidas de alguma matéria, desde que seja um site de confiança, com informações corretas;
Podes estudar por vídeo chamada, quando pretendes estudar com um colega de escola, desde que não percam tempo em outras conversas e assuntos;
Podes assistir a vídeo aulas, desde que não te percas a visualizar outros vídeos que nada importam para a escola;
Podes agendar datas e avaliações no telemóvel, desde que não estejas em simultâneo em redes sociais e afins;
Podes realizar fichas e testes, desde que tenham correção anexa, ou que consigas que alguém corrija depois;
Podes treinar para apresentações orais, filmando-te, desde que não te distraias com brincadeiras para a câmara de vídeo…
Muitas crianças e jovens não demonstram motivação para a leitura, referem que é aborrecido, que não gostam de ler e que, os livros propostos pela escola não são do seu interesse. Assim, torna-se difícil demonstrar o contrário, que a leitura pode ser forma de liberdade e de imaginação, pode envolver e motivar o leitor, em qualquer idade. Mas, como já escrevi várias vezes, é muito importante que o leitor consiga perceber quais os seus gostos e que género de leitura o entusiasma.
Por vezes, os adultos complicam ainda mais esta situação porque, quando uma criança ou adolescente, refere que gosta de um género de leitura, o adulto interpreta essa leitura como de menor interesse e direciona novas propostas de leitura.
Na minha opinião, não vejo nenhum problema em que o estudante selecione livros para ler que não façam parte do Plano Nacional de Leitura, ou que pareçam menos enriquecedores intelectualmente. Para mim, o importante é ler e desenvolver essa motivação pela leitura… assim, mais tarde, poderá desenvolver-se a vontade de explorar outras leituras e os gostos vão-se alterando, refinando, abrindo… Penso que o importante é mesmo ler, e considero que as famílias devem adquirir, para quem cresce, os livros que verdadeiramente interessam aos leitores lá de casa, com algum cuidado relativamente às faixas etárias, mas sem estigmas!
Para além disto, acrescento algumas sugestões:
Seja exemplo, se a família tem por hábito momentos de leitura, as crianças interiorizam-no mais facilmente;
Leve-os à biblioteca com regularidade, sem grandes custos financeiros têm muito para explorar e ler;
Conversem sobre as leituras e recontem histórias já lidas, demonstrando entusiasmo e alegria pelas histórias;
Leiam um conto antes de dormir, primeiro leem os pais para os filhos depois podem ser eles a lerem sozinhos, ou para os pais;
Incluam livros como presentes, seja pelo aniversário ou em épocas festivas;
Encenem histórias lidas como uma peça de teatro, partilhada em família, torna-se divertido ‘dar vida’ às personagens...
Bem verdade, nem sempre são os mais velhos a ensinarem os mais novos… muitas vezes, os mais novos têm muito para ensinar e relembrar aos mais crescidos, muito embora nem sempre o queiram assumir.
Existe uma lista imensa de aprendizagens que realizamos com os mais pequenos…sim, eu assumo que aprendo imenso com os estudantes, aliás, penso que é por isso que gosto tanto do que faço, porque considero que aprendo muito enquanto ensino.
Para não alongar muito esta publicação faço, apenas, uma breve lista de tudo aquilo que os mais velhos podem aprender com as crianças e jovens, por vezes de forma consciente, outras vezes sem nos apercebermos:
As novas tecnologias: os mais velhos demonstram dificuldades na sua utilização, enquanto os mais novos já nasceram a saber usá-la com toda uma prática constante…
Cuidados ambientais e de sustentabilidade: os mais velhos souberam, mas já esqueceram ou desvalorizam, até chegarem os mais novos e voltarem a lembrar o quanto é importante separar o lixo, poupar o ambiente, poluir menos…
Exercício físico: tantas vezes as famílias são motivadas pelos membros mais novos para as brincadeiras ao ar livro, os passeios, as bicicletas e tantas diversões que nos colocam em boa forma física, sem nos apercebermos…
Os cálculos e a gramática: quando a criança entra para os primeiros anos escolares, lá estão todos os pais, de novo, agarrados aos livros a relembrarem as matérias já esquecidas, para conseguirem ajudar os filhos nos trabalhos escolares e no estudo…
Sensibilidade emocional: tantas emoções que os adultos guardam, quando deveriam partilhar e, repentinamente os mais pequenos demonstram de forma tão simples e profunda, voltando a lembrar o valor dos sentimentos e das emoções…
A gestão do tempo: nada mais profundo do que o nascimento de uma criança para que toda a gestão do tempo familiar se altere, reaprende-se a gerir horas e minutos e tudo de reorganiza em função do mais pequenino ser que chegou…
Muitas vezes, os estudantes demonstram grande dificuldade de organização em momentos de estudo, não sabem bem gerir tempos e definir tarefas de estudo, principalmente quando acontecem várias formas de avaliação e várias fichas em datas muito próximas.
Para se organizar é necessário:
definir quais as disciplinas de estudo e que horas serão disponibilizadas para o estudo.
Saber os conteúdos/objetivos a serem avaliados;
Identificar quais as páginas do manual e os exercícios a serem estudados e realizados;
Fazer os resumos e apontamentos necessários;
Anotar dúvidas e procurar informação extra que seja necessária;
Rever a matéria antes das provas.
Para ajudar nesta organização, em anexo, deixo uma tabela simples, basta imprimir e preencher com os dados necessários, ela poderá orientar e ajudar a organizar melhor o estudo.