Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Quando as crianças são pequenas os medos surgem de forma natural e são comuns em algumas etapas da vida, fazem parte do crescimento e da responsabilidade. No entanto, alguns medos podem ser mais persistentes e trazer muitos incómodos para toda a família.
Para tentar resolver estas situações as famílias procuram várias técnicas e estratégias que vão experimentando até que algo funcione, ou até que a situação se resolva naturalmente.
Como forma de ajudar, aqui ficam algumas sugestões de apoio:
O Spray do medo: reutilize um spray, embelezando-o com monstros ou fantasmas, escreva ‘anti monstros’ ou algo que se adapte ao medo da criança, coloque água com um cheirinho agradável para a criança, polvorize sempre que existir a necessidade de afastar algum medo momentâneo (: medo do escuro);
O brinquedo da paz: defina com a criança um brinquedo, novo ou antigo, como o eleito para dar segurança, proteção e coragem à criança. Assim, ela poderá fazer-se acompanhar dele em casos específicos, para se sentir mais confortável e segura (ex.: iniciar a pré-escola/escola);
A história com final feliz: procure ou crie uma história que contenha o medo da criança e que finalize de forma alegre e feliz, conte-a sempre que necessário para acalmar e alegrar;
Prender o medo: em algumas crianças, usar o desenho como forma de expressão e de transmissão de sentimentos funciona muito bem, pode pedir-lhe que desenhe o seu medo e que o coloque dentro de uma prisão;
O cofre dos medos: esta atividade foi publicada neste blogue, nos Jogos Pedagógicos, em conjunto com outros jogos que promovem o ensino das emoções e da criatividade. Para perceber como é feito, pode visitar aqui.
Atenção que, em algumas situações mais particulares o medo pode transformar-se numa fobia difícil de controlar, nessa situação será necessário o apoio de um profissional. Não hesite em procurar apoio, sempre que sentir essa necessidade.
Estas e outras questões muito parecidas, são colocadas pelos estudantes, várias vezes, ao longo do seu percurso escolar. Se algumas matérias e disciplinas lhes parece obvia a sua aprendizagem, outras há que, não percebem onde serão colocadas em prática, quando tiverem uma profissão.
Quando se abordam tais assuntos estamos a refletir sobre os Sentidos que os estudantes associam à escola, só uma formação que desperte vários sentidos trará a motivação e concentração, a quem estuda.
O(s) sentido(s) de:
Ter uma boa profissão
Ter um bom salário
Ter estatuto
Ser reconhecido
Ser conhecedor de uma área específica
Ter um bom futuro
Ser capaz
Reconhecer o Eu e o Outro
Compreender direitos e deveres
….
De facto, na sociedade atual a escola e a formação é um excelente caminho para um futuro de mérito e sucesso. Para além disso, pode oferecer uma quantidade de ferramentas e competências imprescindíveis a uma vida com qualidade e consciência.
São estes os sentidos que devemos incutir às crianças que crescem… seja na escola ou fora dela… É fundamental possuirmos esta liberdade que só o conhecimento pode oferecer. Não permitam que os vossos filhos percam o(s) Sentido(s) da Escola, do Saber e da Educação! Mesmo que algumas matérias sejam estranhas… todo o conhecimento é poder!
Só esclarecendo e mostrando os múltiplos caminhos do processo de ensino/aprendizagem e o quanto ele pode contribuir para o desenvolvimento de um indivíduo feliz e consciente é que conseguiremos despertar a vontade por estudar e por ser estudante!
Estudante2: _ Claro, estou a estudar uma hora, todos os dias… a matemática tenho mesmo de subir a nota!»
Quantas vezes os estudantes só tomam decisões, mais claras quanto ao estudo, após o confronto direto com avaliações baixas ou negativas? Muitas vezes a motivação para o estudo fica no limiar entre aquilo que eles próprios consideram bons ou maus resultados…
Existem os estudantes que, a partir da avaliação positiva (3 ou 10) já assumem o esforço compensado e suficiente para resultados desejados, mantendo esse mesmo esforço e dedicação, até que os resultados baixem…
E, existem os estudantes que, definem como boas avaliações apenas aquelas que se aproximam da nota máxima (5 ou 20) realizando um esforço constante na conquista destes resultados, frustrando-se quando obtêm valores mais baixos do que esses, mesmo que, por vezes, mantenham notas positivas….
Até na formação, o conceito de ambição e satisfação pessoal é diferente de pessoa para pessoa, de aluno para aluno… esta posição na vida faz parte de uma personalidade individual, pode manter-se assim ao longo da vida, ou pode alterar-se radicalmente, se algo espoletar tal mudança. O que significa um sossego para muitas famílias e um desespero para tantas outras…
Para tal, o(s) Sentido(s) da Escola pode contribuir em muito para tal mudança… irei escrever sobre isso na próxima publicação!