Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Com um olhar pluridimensional, pretendo orientar educadores e estudantes neste caminho vivido tão intensamente... um caminho onde se ensina e se aprende em cada momento de vida...este é um convite para conversar sobre educação.
Existem, em Portugal e noutros países, encarregados de educação que optam por concretizar um ensino individualizado à sua criança, optando por realizar o ensino escolar em casa, ou seja, na modalidade de Ensino Doméstico salvaguardado, nos termos da alínea a) do nº 4 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 553/80, de 21 de Novembro, que aprova o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo – “aquele que é lecionado no domicílio do aluno, por um familiar ou por pessoa que com ele habite”.
«Os encarregados de educação que manifestam a intenção de integrar os seus filhos na modalidade de Ensino Doméstico estão a proceder de acordo com os direitos que lhe são conferidos, nomeadamente o da escolha de uma modalidade de ensino.» (in: educacaolivre.pt). Para tal, deve realizar todos os procedimentos legais exigidos e orientar todo o processo de ensino tendo como referência os programas nacionais e as Metas Curriculares de cada área curricular disciplinar e não disciplinar.
No final de cada ano letivo, o encarregado de educação deve ter em linha de conta que, os estudantes em regime de Ensino Doméstico estão sujeitos a avaliação no final de cada ciclo (de acordo com a legislação em vigor).
Sobre este tema surge-me apenas referir uma ressalva pessoal, lembrando que, é muito importante para quem cresce a interação contínua com crianças e jovens da mesma idade, promovendo-se assim um desenvolvimento emocional e social imprescindível a um crescimento saudável. Portanto, quando o estudante se encontra em regime de ensino doméstico, estas situações devem ser promovidas e geridas com especial cuidado.
Todos nós temos algumas horas do dia, ou da noite, em que nos sentimos mais cansados e pouco produtivos e outras horas em que sentimos maior capacidade de concentração e produtividade. Quando estamos perante a necessidade de estudar, de memorizar e aprender, torna-se importante reconhecermos qual a melhor hora para realizarmos um estudo autónomo, para tal é necessário conhecermos bem como funciona o nosso ‘relógio biológico’.
Assim, poderá encaixar-se num destes três conceitos:
Indivíduo Matutino: Prefere dormir cedo (entre as 21/22 horas) para acordarem cedo, (pelas 6/7horas), sem dificuldades. Apresentam um bom desempenho físico e mental pela manhã.
Indivíduo Vespertino: Prefere dormir e acordar tarde (deitar-se pela 1 hora da manhã e acordar pelas 10 horas). Apresentam melhor disposição no período da tarde e início da noite.
Indiferentes: Têm maior flexibilidade, de adaptação ao horário e optam por escolher horários intermédios, de acordo com as necessidades de adaptação às suas outras rotina.
Para reconhecer em qual destes tipos se aproxima deve reconhecer qual o momento em que está com mais energia e mais desperto, perante essa primeira avaliação e com a experiência, rapidamente perceberá quais as melhores horas de estudo. Contudo, seja qual for o horário de estudo escolhido, nunca se esqueça de, dormir pelo menos 8 horas, manter os horários de alimentação e realizar pausas de 15 minutos a cada duas horas.
Hoje muito se rotulam as crianças e jovens de mais ou menos inteligentes. Contudo, pensarmos no conceito de inteligência é pensarmos em muitas variantes e variadas formas de avaliação.
Hoje trago-vos uma a Teoria das Sete Inteligências, defendida pelo psicólogo Howard Gardner e que auxiliaram a reflexão sobre este assunto:
Inteligência Linguística: É a inteligência das palavras. Esta inteligência oferece maior capacidade de uma boa articulação oral, grande facilidade em aprender línguas, bom desenvolvimento da retórica e uma facilidade na compreensão gramatical. Inclusive em MNEMÔNICA.
Inteligência Lógico-Matemática: É a inteligência dos números. Esta inteligência oferece facilidades para o processamento de contas, classificação, padrões e resolução de problemas. Boa memorização de números e cálculos.
Inteligência Espacial Visual: É a inteligência da forma. Esta inteligência facilita a perceção do mundo exterior e tendo-se a facilidade em transformar essa informação, em arte, ou arquitetura. Tem grande sensibilidade para a cor, linhas e formas. Além disso, conseguem ótimas representações espaciais.
Inteligência corporal sinestésica: É a inteligência do movimento. Esta inteligência é caracterizada pela capacidade de conseguir expressar ideias e sentimentos através do corpo, como um ator ou acrobata. Facilita também a capacidade de trabalhos manuais.
Inteligência Musical Auditiva: É a inteligência da Música. Esta inteligência está ligada à capacidade musical, facilitando a perceção, e expressão nas mais variadas formas musicais. Possui grande sensibilidade ao ritmo, tom, melodia e timbre. Existe grande sensibilidade para reconstruir arranjos melódicos com facilidade.
Inteligência Interpessoal: É a inteligência social. Esta inteligência facilita uma boa capacidade para reconhecer, gestos, expressões faciais, tom de voz e ainda conseguir responder a esses sinais de forma a influenciar pessoas. É a inteligência da sociedade, pois permite que indivíduos com essa capacidade tenham maior facilidade em interagir com os outros.
Inteligência Intrapessoal: É a inteligência interna. Esta inteligência facilita desenvolvimento da inteligência pessoal, conhecendo-se a si mesmos, analisando os seus erros e caminhos com grande facilidade.
Ao ler estas várias inteligências, facilmente se reconheceu, ou reconheceu várias delas no seu educando, sendo que umas complementam as outras. Assim sendo, através desta Teoria é difícil assumir que somos menos inteligentes que os outros, mas sim, que cada pessoas é detentor de capacidades diferentes, sendo mais perspicaz em algumas situações e ações.
Esta perspetiva deve ser explicada às crianças, de forma a que não se sintam inferiores ou superiores aos colegas, apenas diferentes!
O mais importante numa situação de Bullying é demonstrar ao estudante que acredita nos relatos, que o está a apoiar incondicionalmente e que fará o mais correto para o proteger, assim o estudante sentir-se-á mais seguro e mais capaz de enfrentar a situação.
Contudo, por vezes, os estudantes procuram esconder que estão a ser vítimas e apenas um observar comportamental atento revela a má experiência por que estão a passar. Assim, aqui ficam alguns comportamentos que deve tomar atenção:
- procura de isolamento;
- alterações de comportamento;
- baixa de rendimento escolar;
- recusa em ir para a escola;
- tristeza;
- autoagressões;
- diminuição da autoestima;
- queixas físicas (dores de barriga/de cabeça);
Para além disso tome atenção no seguinte:
Na escola, o estudante, é alvo de brincadeiras de mau gosto;
Tem alcunhas pejorativas;
Desaparece material e dinheiro, sem justificação plausível;
Tem poucos ou nenhuns amigos;
Outros recusam brincar com ele;
Procura ficar na sala de aula, durante os intervalos;
Pretendo lembrar também que, o Bullying pode levar o estudante a desenvolver Fobia Escolar, tema que já desenvolvi em Post’s anteriores e para o qual cada encarregado de educação deve estar alerta, já que algumas escolas ainda apresentam grandes dificuldades em lidar e apoiar estas situações.